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Renault, Nissan e Mitsubishi reestruturam Aliança

| Revista ACP

Mais sinergias e menos duplicações para reduzir 40% dos custos com novos modelos. Há fábricas que vão fechar.  

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A rota para renovar a aliança criada pelas três marcas em 1999 passa por mais sinergias e menos duplicações para reduzir 40% o custo com os novos modelos. Esta estratégia passa também pelo encerramento de algumas unidades de produção, como a fábrica da Nissan em Barcelona.

Arranca assim a reconstrução da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que adota um novo modelo de cooperação na procura e soluções competitivas e inovadoras. Cada um dos parceiros vai aproveitar as enormes sinergias do grupo, onde o acesso às tecnologias, produção e comercialização será privilégio dos três membros da Aliança, que continua com um poder considerável na indústria automóvel mundial. Uma estratégia de crescimento e volume pretende levar o grupo ao encontro de resultados marcantes, embora neste momento o programa da Mitsubishi na europa esteja ainda em fase de estudo.

A estratégia da Aliança é identificar os problemas e propor soluções para o futuro, reforçando a eficácia e definindo territórios específicos para cada um dos seus membros. Dentro de cada um dos segmentos do mercado, será eleito um modelo que será replicado pelas três marcas, ou seja, um carro de referência para cada segmento, assente numa plataforma comum e características técnicas idênticas.

A Renault irá aprofundar o mercado dos utilitários, continuando a liderar o segmento B e B SUV, devido ao sucesso dos modelos Clio e Captur, com a Nissan a apontar para o desenvolvimento do segmento C SUV, com o Qashqai a continuar como referência. A Aliança pretende desenvolver 7 a 8 plataformas num futuro próximo, onde os veículos elétricos e uma nova geração de baterias terão também um papel fundamental. Saber onde desenvolver cada um dos modelos, e assegurar a sua competitividade, é um dos principais objetivos.

A Renault fará seguramente fortes apostas nos mercados da Europa, Rússia, América do Sul e África Norte, enquanto a maior aposta da Nissan se deverá verificar na América do Norte, China e Japão. A posição da Mitsubishi é ainda um pouco evasiva, embora, em conjunto com a Nissan deva continuar a aposta no mercado das pick-up’s, com os modelos L 200 e Navara. As apostas do futuro vão girar em volta das fortes presenças das marcas da Aliança, e onde existam presenças fracas, não compensaráinvestir.

Os três membros irão tirar o máximo partido das vantagens da Aliança em áreas como as compras comuns, as posições de liderança e a implantação geográfica, para apoiar o desenvolvimento dos parceiros. Cada uma das empresas torna-se a referência nas respetivas regiões. As sinergias irão aumentar para maximizar o potencial de partilha de custos fixos, bem como para alavancar os ativos de cada empresa. O esquema “leader-follower” vai estender-se das plataformas e motores a todas as tecnologias chave, com a liderança de cada área assegurada como a seguir se enuncia: Condução autónoma: Nissan; Tecnologias para automóveis conectados: Renault para a plataforma Android e Nissan na China; E-body - sistema principal da arquitetura elétrica e eletrónica: Renault; Motor e-PowerTrain (ePT): CMF-A/B ePT: Renault; CMF-EV ePT: Nissan; PHEV para os segmentos C/D: Mitsubishi. Este novo modelo de cooperação permitirá aos parceiros da Aliança tirar o melhor partido do seu know-how e das suas competências, para reforçar a Aliança no seu conjunto, num contexto de um sector automóvel em plena mutação.

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