Anda, circula, voa... Não, não é o Super Homem, é o TIGER, o mais recente e inovador protótipo da Hyundai feito a pensar no transporte de carga de e para qualquer local, não importa o quão remoto, ou inacessível, e sem necessidade de tripulação.
Trata-se do segundo Veículo de Mobilidade Extrema, ou UMV (do inglês Ultimate Mobility Vehicle), projetado pelo construtor sul-coreano e que promete revolucionar a forma como o transporte de carga é feito em todo o mundo.
Mais do que um carro, ou um objeto voador, o TIGER (do inglês Transforming Intelligent Ground Excursion Robot) é um robô capaz de passar, literalmente, por cima de toda a folha. Desenvolvido nos estúdios New Horizons da Hyundai na Califórnia, Estados Unidos, este protótipo assemelha-se mais aos rovers usados pela NASA na exploração de Marte. Ou seja, uma verdadeira plataforma móvel de exploração científica para utilização em locais remotos e extremos.
Há um obstáculo no caminho que impede a circulação normal de um com rodas? Não há problema, o TIGER “estica as pernas” para aumentar a distância ao solo e anda! Mesmo assim não é o suficiente? Também não é problema. O TIGER une-se a um veículo aéreo não tripulado e ultrapassar o obstáculo a voar para chegar ao destino.
“Veículos como o TIGER, e as tecnologias que os tornam possíveis, dão-nos uma oportunidade de puxar pela imaginação. Estamos constantemente à procura de formas de repensar o desenho e desenvolvimento de veículos e de redefinir o futuro da mobilidade e transporte,” disse John Suh, desponsável do New Horizons Studios.
Tudo isto é possível graças a uma arquitetura de base modular, que inclui um sofisticado sistema de locomoção por pernas e rodas, com controlo direcional de 360 graus e um vasto leque de sensores que, não só permitem a deslocação, como possibilitam também a observação remota.
Contudo, nem tudo no TIGER é uma novidade absoluta para a Hyundai, que já tinha apresentado o Elevate em 2019, outro veículo também dotado de pernas e rodas, capaz de caminhar e de circular. A grande diferença entre ambos, é que o primeiro transporta pessoas, enquanto este está pensado apenas para carga. Seja como for, uma proposta que traz para o presente aquilo que há poucos anos era apenas produto de algumas produções de ficção científica mais arrojadas de Hollywood.