Falta de componentes eletrónicos preocupa indústria automóvel

| Revista ACP

A escassez global de semicondutores está a afetar as cadeias de produção de várias marcas.

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Com o novo período de confinamento em vários países do mundo, são muitos os consumidores que se vêem obrigados a permanecer mais tempo em casa. Situação que está a provocar o aumento da procura de equipamentos informáticos, e o lançamento de consolas, como a Playstation no final de 2020, levando os produtores de processadores a atingir a sua capacidade limite de produção,afetando a produção de semicondutores – pequenos “cérebros” electrónicos tão essenciais ao setor automóvel.

E já são vários os construtores que estão a enfrentar essa crise com reflexos na cadeias de produção. É o caso de marcas como a Toyota, Nissan, Honda, Subaru, Mazda ou a Volkswagen obrigadas a um abrandamento na sua produção, justamente numa altura em que algumas delas tinham anunciado uma recuperação mais rápida do que o esperado.

James Hong, analista da Macquarie Capital, disse à Reuters que “a escassez de semicondutores parece ter um maior impacto nos mercados japonês e europeu porque os cortes vêm principalmente dos maiores fornecedores destes mercados, a NXP Semiconductors e a Infineon” enquanto os fabricantes sul-coreanos contam com cadeias de fornecimento locais. Do mesmo modo, os fabricantes de semicondutores para o setor automóvel dão muitas vezes prioridade à produção de outros componentes eletrónicos, que representam a maior fatia da sua faturação.

Esta crise de falta de processadores e componentes semicondutores ainda sem fim à vista, afeta seriamente a indústria automóvel se pensarmos que hoje em dia cada veículo comporta mais de 100 componentes semicondutores, bastando a falta de um para parar toda a produção de um modelo.

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