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Estacionar 10 minutos em Haia vai custar 50€

| Revista ACP

Projeto-piloto daquela cidade da Costa Norte visa desincentivar uso do automóvel nas distâncias curtas, privilegiando meios suaves. 

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Seja por 10 minutos ou por um dia inteiro, o estacionamento em determinadas ruas de Haia, incluindo as estradas nas imediações da popular praia de Scheveningen, custa agora uma taxa fixa de 50 euros.

O projecto-piloto na cidade holandesa da costa do Mar do Norte, que terá a duração de um ano, tem por objetivo desencorajar os turistas e os visitantes de bloquearem com automóveis o centro histórico e as artérias à beira-mar, especialmente nos dias de sol.

Há anos que os habitantes se queixam de que não conseguem encontrar um lugar de estacionamento no centro da cidade e em Scheveningen. Para tentar alterar esta situação, a cidade está a aumentar os preços do estacionamento, tanto no caso de uma paragem rápida quanto no de um dia inteiro.

Jurriaan Esser, porta-voz da Câmara Municipal, disse que o projecto-piloto estava a começar numa selecção de ruas para que os "danos colaterais" pudessem ser medidos antes de se considerar o seu alargamento. Os residentes e as empresas com licenças de estacionamento terão, de facto, prioridade nas ruas maioritariamente residenciais.

"Queremos que o principal meio de transporte sejam as pernas, depois a bicicleta, os transportes públicos e, por último, os automóveis", afirmou. "Isso não significa que não permitimos carros na nossa cidade: significa que se tivermos de percorrer uma distância curta, o nosso principal meio de transporte deve ser as pernas. Isto beneficia não só o ambiente, mas também os tempos de deslocação".

Não é claro se a política - inspirada em iniciativas de cidades holandesas mais pequenas, como Leiden - também beneficiará o orçamento da cidade. Haia tenciona bloquear e, se necessário, rebocar os carros que não tenham pago a taxa de 50 euros, que é dez vezes superior à taxa típica anterior.

Mas as críticas não se fizeram esperar. Fleur Kruyt, proprietária da destilaria Van Kleef, disse ao canal de televisão Omroep West que não estava interessada no projecto. "Isto não vai facilitar o negócio", disse. "Muitos edifícios aqui estão vazios e, se se impõe um mínimo de 50 euros para chegar a uma loja, então não percebo o alcance da medida".

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