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Como prevenir o Coronavírus nas viagens do dia a dia

| Revista ACP

A mobilidade é um dos maiores aliados das pandemias, mas não é preciso entrar em pânico. Saiba que cuidados deve ter no carro e nos transportes públicos.   

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Estudos referem que o ser humano leva em média as mãos à cara cerca de duas mil vezes por dia e há estudos que também afirmam que o COVID-19 aguenta entre duas horas a nove dias numa superfície, consoante as condições.

É por estas razões que os transportes, públicos e mesmo os privados, são considerados dos locais mais favoráveis à propagação de vírus. Mas não é preciso ter medo, basta ter alguns cuidados e evitar viagens desnecessárias.

Mais informação, menos pânico

Os cuidados a ter no uso diário do seu automóvel, caso seja usado apenas por si e pela sua família, devem passar, sempre que possível, pela lavagem frequente das mãos (antes e depois de usar a viatura), pelo uso frequente de desinfetantes em peças como volante, seletor da caixa de velocidades e pegas de abertura das portas.

Mesmo no seu carro, também deve seguir as indicações da Organização Mundial de Saúde, espirrando para um lenço ou para o braço. Caso utilize um carro de serviço e faça viagens com diversos passageiros, deverá redobrar estes cuidados.

Risco 6 vezes mais elevado nos transportes públicos

As redes de transportes públicos são amplamente consideradas como locais de infeção, com taxas de transmissão de vírus até seis vezes mais altas para os passageiros, segundo um estudo de 2011.

Aviões, comboios, metros e autocarros (e as estações intermodais e aeroportos pelos quais muitos passageiros têm de passar) são, em muitos aspetos, o ambiente perfeito para o crescimento de doenças transmitidas por gotículas, como o coronavírus (Covid-19).

Metro e comboio

O Metro de Lisboa transportou 173 milhões de passageiros em 2019. No Metro do Porto foram 70 milhões. Quanto aos comboios suburbanos, estima-se que foram transportadas mais de 156 milhões de pessoas.

Os que correm maior risco são os passageiros que fazem as viagens suburbanas mais longas e os que usam estações intermodais mais movimentadas, por entrarem em contato com múltiplas superfícies.

Viajar nas horas de menor movimento é das melhores maneiras de atenuar o risco de infeção respiratória no metro ou comboio. Mas, mesmo assim, é possível ser contaminado por gotículas de doenças respiratórias em superfícies como assentos, corrimões de escadas rolantes e barras de apoio.

Para reduzir o risco, lave as mãos ou use um desinfetante para as mãos depois de sair da estação e não toque no rosto nem roa as unhas durante a viagem.

Cuidados no aeroporto

São os aeroportos que atualmente transformam as epidemias em pandemias. Em 2019, o Aeroporto de Lisboa teve mais de 31 milhões de passageiros e o do Porto mais de 13 milhões (sendo um dos 5 aeroportos que mais cresceu em passageiros no ano passado em toda Europa).

Num estudo publicado poucos dias antes de o coronavírus mortal da China ser identificado pela primeira vez, citado pelo jornal The Telegraph, os cientistas descobriram que aumentar o número de vezes que se lavam as mãos em dez dos aeroportos mais "influentes" do mundo poderia reduzir a propagação de uma pandemia respiratória em 37%.

Os dados, publicados no Risk Analysis Journal no final de dezembro, permitem concluir que, se a regra de lavar as mãos frequentemente fosse aplicada em todos os aeroportos do mundo, o risco de propagação diminuía em 69%.

Nos aeroportos, os locais de maior possibilidade de contágio são os tabuleiros para colocar objetos pessoais antes da verificação de segurança, o scan de impressões digitais do passaporte e ainda a recolha da bagagem após a viagem.

As verificações de segurança são mesmo consideradas as áreas de maior risco nos aeroportos. Um estudo publicado pela Universidade de Nottingham e Instituto Nacional Finlandês de Saúde e Bem-Estar constatou que 50% dos tabuleiros para objetos pessoais nas verificações de segurança continham pelo menos uma doença respiratória, como a constipação ou a gripe.

Esses tabuleiros, que são partilhados milhares de vezes ao dia, mas raramente lavados, apanham todo o género de detritos dos bolsos e pertences das pessoas, tendo já sido detetados tabuleiros desses com mais germes do que uma casa de banho de aeroporto.

Autocarros e elétricos

Há menos estudos sobre os níveis de transmissibilidade de vírus nestes dois meios de transporte urbanos, mas o bom senso recomenda os mesmos cuidados genéricos aplicáveis aos restantes transportes: tente sentar-se nas zonas mais tranquilas, esteja atento às superfícies e corrimões onde toca e, claro, tente lavar ou desinfetar as mãos no fim da viagem, assim como deve evitar levar as mãos à cara.

Táxis e TVDE

Os táxis e os TVDE são relativamente seguros quando comparados aos restantes transportes, em caso de pandemia, mas não deixam de ser espaços fechados. Especialistas em segurança sempre recomendaram que o melhor lugar para se sentar é exatamente atrás do motorista. Mas agora, com o Coronavírus, há mais uma razão para o fazer: se o motorista espirrar é menos provável que seja atingido por algum vírus sentado nesse local. De resto, basta seguir as mesmas recomendações: lavar bem as mãos e evitar tocar nas superfícies mais usadas por todos os passageiros.

Seja qual for o meio em que se desloca, há uma recomendação que deve imperar: o bom senso é a melhor forma de enfrentar o problema.

 

Estudos referem que o ser humano leva em média a mão à cara cerca de duas mil vezes por dia e há estudos que também afirmam que o COVID-19 aguenta entre duas horas a nove dias numa superfície, consoante as condições. 

É por estas razões que os transportes, públicos e mesmo os privados, são considerados dos locais mais favoráveis à progação de vírus. Mas não é preciso ter medo, basta ter alguns cuidados e evitar viagens desnecessárias. 

Mais informação, menos pânico 

Os cuidados a ter no uso diário do seu automóvel, caso seja usado apenas por si e pela sua família, devem passar, sempre que possível, pela lavagem frequente das mãos (antes e depois de usar a viatura), pelo uso frequente de desinfetantes em peças como volante, seletor da caixa de velocidades e pegas de abertura das portas.

Mesmo no seu carro, também deve seguir as indicações da Organização Mundial de Saúde, espirrando para um lenço ou para o braço. Caso utilize um carro de serviço e faça viagens com diversos passageiros, deverá redobrar estes cuidados. 

Risco 6 vezes mais elevado nos tranportes públicos 

As redes de transportes públicos são amplamente consideradas como locais de infecção, com taxas de transmissão de vírus até seis vezes mais altas para os passageiros, segundo um estudo de 2011.

Aviões, comboios, metros e autocarros (e as estações intermodais e aeroportos pelos quais muitos passageiros têm de passar) são, em muitos aspectos, o ambiente perfeito para o crescimento de doenças causadas por gotículas, como o coronavírus (Covid-19).

Metro e comboio 

O Metro de Lisboa transportou 173 milhões de passageiros em 2019. No Metro do Porto foram 70 milhões. Quanto aos comboios suburbanos, estima-se que foram transportadas mais de 156 milhões de pessoas. 

Os que correm maior risco são os passageiros que fazem as viagens suburbanas mais longas e os que usam estações intermodais mais movimentadas, por entrarem em contato com múltiplas superfícies.  

Viajar nas horas de menor movimento é das melhores maneiras de atenuar o risco de infecção respiratória no metro ou comboio. Mas, mesmo assim, é possível ser contaminado por gotículas de doenças respiratórias em superfícies como assentos, corrimões de escadas rolantes e barras de apoio.

Para reduzir o risco, lave as mãos ou use um desinfetante para as mãos depois de sair da estação e não toque no rosto nem roa as unhas durante a viagem.

Cuidados no aeroporto 

São os aeroportos que atualmente transformam as epidemias em pandemias. Em 2019, o Aeroporto de Lisboa teve mais de 31 milhões de passageiros e o do Porto mais de 13 milhões (sendo um dos 5 aeroportos que mais cresceu em passageiros no ano passado em toda Europa)  

Num estudo publicado poucos dias antes de o coronavírus mortal da China ser identificado pela primeira vez, citado pelo jornal The Telegraph, os cientistas descobriram que aumentar o número de vezes que se lavam as mãos em dez dos aeroportos mais "influentes" do mundo poderia reduzir a propagação de uma pandemia respiratória em 37%.

Os dados, publicados no Risk Analysis Journal no final de dezembro, permitem concluir que, se a regra de lavar as mãos frequentemente fosse aplicada em todos os aeroportos do mundo, o risco de propagação diminuia em 69%.

Nos aeroportos, os locais de maior possibilidade de contágio são os tabuleiros para colocar objetos pessoais antes da verificação de segurança, o scan de impressões digitais do passaporte e ainda a recolha da bagagem após a viagem. 

As verificações de segurança são mesmo consideradas as áreas de maior risco nos aeroportos. Um estudo publicado pela Universidade de Nottingham e Instituto Nacional Finlandês de Saúde e Bem-Estar constatou que 50% dos tabuleiros para objetos pessoais nas verificações de segurança continham pelo menos uma doença respiratória, como a constipação ou a gripe.

Esses tabuleiros, que são partilhadas milhares de vezes ao dia, mas raramente lavados, apanham todo o género de detritos dos bolsos e pertences das pessoas, tendo já sido detetados tabuleiros desses com mais germes do que uma casa de banho de aeroporto.

Autocarros e elétricos 

Há menos estudos sobre os níveis de transmissibilidade de vírus nestes dois meios de transporte urbanos, mas o bom senso recomenda os mesmos cuidados genéricos aplicáveis aos restantes transportes: tente sentar-se nas zonas mais tranquilas, esteja atento às superfícies e corrimões onde toca e, claro, tente lavar ou desinfetar as mãos no fim da viagem, assim como deve evitar levar as mãos à cara. 

Taxis e TVDE 

Os táxis e os TVDE são relativamente seguros quando comparados aos restantes transportes, em caso de pandemia, mas nao deixam de ser espaços fechados. Especialistas em segurança sempre recomendaram que o melhor lugar para se sentar é exatamente atrás do motorista. Mas agora, com o Coronavírus, há mais uma razão para o fazer: se o motorista espirrar é menos provável que seja atingido por algum vírus sentado nesse local. De resto, basta seguir as mesmas recomendações: lavar bem as mãos e evitar tocar nas superfícies mais usadas por todos os passageiros. 

Seja qual for o meio em que se desloca, há uma recomendação que deve imperar: o bom senso é a melhor forma de enfrentar o problema. 

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