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Como o calor afeta a autonomia dos elétricos?

| Revista ACP

Se o frio intenso é danoso para as expetativas dos condutores de elétricos, também o calor prejudica as contas entre carregamentos.

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Com a chegada do verão, as temperaturas elevadas voltam a ser o centro das atenções no nosso país. E como é sabido, as baterias em geral não se dão bem com temperaturas extremas, como o calor, pelo que os carros elétricos não são exceção.

Embora sejam bastante conhecidos os efeitos do frio nas baterias durante o inverno, chegando mesmo a reduzir a autonomia deste tipo de veículos em 30%, há muitos utilizadores que ainda desconhecem como o calor também influencia o desempenho das baterias. Um estudo da Recurrent Auto, uma empresa de Washington no segmento dos elétricos usados, analisou os dados das baterias de 7.500 automóveis elétricos.

As conclusões mais extremas referem que os automóveis elétricos podem perder até 31% da sua autonomia anunciada em alturas de calor extremo. Isto tendo em conta apenas a temperatura ambiente e a forma como esta afecta a bateria, ou seja, sem ter em conta outros factores como o estilo de condução, o terreno ou a temperatura do habitáculo.

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Naturalmente, este valor está no extremo da equação e dependerá da temperatura ambiente. Normalmente considera-se uma temperatura ideal quando o intervalo é de cerca de 20-25°C, o que está de acordo com os dados obtidos pela Recurrent Auto no seu estudo.

Estes são os resultados de como a autonomia de um automóvel elétrico é afetada pela temperatura ambiente durante o verão devido ao calor:

Com 27 °C: perda de 2,8% da autonomia

Com 29 °C: perda de 3,5%

Com 32 °C: perda de 5%

Com 35 °C: perda de 15%

Com 38 °C: perda de 31%

A partir dos 32 °C há salto drástico nas perdas de autonomia, um facto a ter em conta em países como Portugal, onde é muito fácil ultrapassar estas temperaturas durante o verão.

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