Foram cinco os carros a conseguir a avaliação máxima neste último teste de segurança da Euro NCAP este ano: Audi A3 Sportback, Seat Leon, Isuzu D-Max, Kia Sorento e Land Rover Defender. Já o Honda e ficou-se pelas quatro estrelas e o Hyundai i10 pelas três.
Com plataforma comum ao Volkswagen Golf do ano passado (VIII), a plataforma MQB-II, o Audi A3 Sportback e o Seat Leon apresentaram como melhoria de segurança a introdução do airbag central para melhorar os resultados em situações de embate lateral.
Em termos de segurança, estas duas propostas do Grupo VW não ficam em nada a dever ao famoso Golf, se bem que o Leon, graças a um desenho frontal mais compatível, destaca-se com uma muito positiva avaliação de 92% no que toca à Proteção de Ocupantes Adultos.
A Isuzu D-Max, que foi testada no início do ano pelo parceiro australo-asiático da NCAP, foi agora alvo de uma avaliação por parte do Euro NCAP para confirmar a validação dos resultados para o mercado do Velho Continente.
Competindo num segmento que não é famoso no que toca à segurança, a cabina da D-Max está muito bem equipada, com equipamentos de retenção standard, AEB e o novo airbag central. Contudo, o teste à barreira de deformação móvel progressiva mostrou que o peso e a estrutura frontal tornam a pick-up agressiva para outros veículos numa colisão.
O mesmo se aplica ao Land Rover Defender. Maior e mais pesado que os modelos anteriores, o novo Defender está equipado com modernos sistemas de ajuda à condução para prevenir e mitigar, o máximo possível, colisões com outros utilizadores da via.
Outro peso-pesado, o Kia Sorento, foi testado na sua quarta geração. Equipado com novas atualizações de segurança, incluindo o primeiro airbag central da KIA e o avançado sistema de chamada de emergência e-Call, o SUV conseguiu por isso a classificação máxima, isto apesar da fraca prestação apresentada no teste de colisão frontal descentrada.
Já o novo elétrico da Honda, o Honda e, pode representar o que há de mais avançado em termos de condução ecológica, mas ficam ainda a faltar-lhe algumas funcionalidade de segurança avançadas presentes, por exemplo, no Honda Jazz. Contudo, esta nova proposta da marca nipónica conseguiu uma respeitável avaliação de quatro estrelas.
O mais convencional Hyundai i10 foi o que recebeu a pior avaliação neste ensaio. Na colisão frontal, a pélvis do condutor escorregou por baixo do cinto de segurança, um fenómeno conhecido como “submarining”. A isto junta-se também o facto do Hyundai i10 oferecer uma funcionalidade de AEB mais limitada que outros pequenos carros. Resultado final: três estrelas.
“A fraca compatibilidade de colisão entre veículos tem sido um problema há vários anos. Agora, em 2020, temos um teste de colisão frontal que avalia como é que um veículo se comporta nesta matéria e permite penalizar os carros que apresentam fraca prestação. Trata-se de uma estreia no que toca à avaliação de segurança e deve levar a designs melhores e mais compatíveis no futuro,” afirmou Michiel van Ratingen, Secretário Geral do Euro NCAP.