Alguns meses depois de o ACP ter noticiado o aumento das burlas relacionadas com falsos acidentes, a PSP decidiu reforçar o alerta para um tipo de burla cada vez mais praticado em Portugal.
Neste esquema os burlões exigem pagamentos por danos causados por um alegado acidente que, na realidade, não ocorreu.
Este tipo de crime está a aumentar, e os números da PSP não deixam margem para dúvidas: enquanto ao longo de 2024 foram registados cerca de 190 crimes deste género, só no primeiro trimestre de 2025 registaram-se 110 queixas.
Segundo a PSP, o período do dia em que este tipo de crime mais ocorre é entre as 10h00 e as 16h00. Já os locais onde os burlões mais atuam são os parques de estacionamento de superfícies comerciais ou vias com pouco fluxo de trânsito.
Na prática este tipo de burla é muito simples e consiste na simulação de um acidente. Muitas vezes os burlões danificam a própria viatura para parecer credível e agem como se a vítima lhes tivesse batido no carro.
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Normalmente a abordagem acontece quando a vítima está ainda dentro do carro, porém há casos em que os criminosos perseguem a vítima.
Nestas situações a PSP aconselha a que a vítima não pare a viatura e que tente deslocar-se para uma zona com mais movimento onde possa pedir auxílio.
Há também casos em que não há sequer o envolvimento direto de outra viatura, com os burlões a alegarem um atropelamento em que os danos são físicos ou materiais (telemóvel, óculos, etc).
Quanto ao que fazer nestas situações, as autoridades deixam vários conselhos. O primeiro passa por manter a calma e não ceder à pressão caso de deparem com uma tentativa de burla. Já o segundo é que chamem as autoridades policiais.
Por fim, para quem já foi vítima, o conselho passa por proceder à denúncia e dar o máximo de informações possíveis (descrição do burlão e características da viatura) por forma a facilitar a investigação.