Håkan Samuelsson, atual CEO da Volvo, reconheceu que a marca sueca vai prolongar a presença dos motores de combustão por mais tempo do que estava inicialmente previsto.
Há alguns anos, o próprio Samuelsson tinha apontado 2030 como o marco para a eletrificação completa da Volvo.
No entanto, esse plano já não será seguido à risca. Em entrevista à Automotive News Europe, o dirigente afirmou: “precisamos de uma nova geração de híbridos plug-in que nos acompanhe até ao final da década de 2030”.
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A razão principal está na procura dos consumidores: “cabe aos clientes decidir quando se sentem prontos para adotar totalmente os elétricos; não podemos forçar essa transição”, explicou.
Este é o segundo período de Samuelsson à frente da Volvo. Em 2021, ele próprio tinha estabelecido a meta de tornar toda a gama elétrica até 2030.
O seu sucessor, Jim Rowan, acabou por rever essa estratégia, propondo um objetivo mais flexível, cerca de 90% das vendas até 2030 deverão ser de veículos eletrificados, entre elétricos e híbridos.
Agora, de regresso à liderança, Samuelsson mostra-se ainda mais prudente. O dirigente sublinha que a aceitação dos automóveis elétricos varia bastante entre diferentes mercados, o que justifica uma abordagem mais gradual.