O aumento das portagens, a mais recente novidade no que toca aos bolsos dos automobilistas em 2017, mostra bem como este ano vai ser pesado para o setor. Fazer a A1, que liga o Porto a Lisboa, este ano fica 35 cêntimos mais caro (classe1), passando a custar 21,60€, sendo o maior dos aumentos anunciados pelo Executivo, seguido dos 25 cêntimos que se vai pagar a mais para percorrer a A2, que liga Lisboa ao Algarve, que passa a custar 20,45€. Com uma subida de 15 cêntimos no preço final, a A22, conhecida por Via do Infante (Algarve) é a terceira estrutura rodoviária que mais sobe o seu preço, passando a custar 8,70€.
Para se percorrer autoestradas é preciso ter carro e, se este ano estiver a pensar comprar um, fique a saber que estão, em média, 3% mais caros por via Imposto sobre Veículos (ISV). Uma subida que afeta os ligeiros de passageiros, os ligeiros de mercadorias e as motos. Sejam mais ou menos poluentes, todos vão pagar mais.
Comprada a viatura, é preciso pagar o Imposto Único de Circulação (IUC), que volta a sofrer um aumento de 0,8% e traz uma taxa adicional nova, caso a viatura emitir mais de 180 gr de dióxido de carbono por km. Quer isto dizer, por exemplo, que algumas versões do BMW série 1 ou do Audi A4 Stronic pagam mais 38,08 euros. E se a emissão ultrapassar os 250g, por exemplo, uma versão do Opel Insignia Aut, paga mais 65,24 euros, tal como um Porshe 911 ou um Ferrari F12 Berlinetta.
Embora o caminho do futuro seja a mobilidade elétrica, o Governo baixou os incentivos na compra deste tipo de veículos. Aliás, uma das novidades neste Orçamento de Estado é precisamente o fim do incentivo à compra de elétricos, embora esses incentivos estivessem prometidos no orçamento anterior até 31 de dezembro de 2017. Há, isso sim, um desconto de contornos burocráticos para os que adquiram um híbrido plug-in: 562,5€ a abater na fatura do ISV, através de pedido para o efeito junto da Autoridade Tributária Aduaneira.