Uma das dúvidas mais comuns ao enveredar por carros elétricos prende-se com os custos de manutenção. São superiores aos dos carros convencionais? Ao fazer a transição, a resposta é animadora: a manutenção de um automóvel 100% elétrico é mais barata do que a de um automóvel a combustão.
Ainda assim, diversos fatores podem interferir no preço a pagar na oficina:
- Componentes envolvidos e o seu custo
- Desgaste desses componentes.
- Estado das estradas percorridas
- Preço da mão de obra nas reparações
- Modo de utilização da bateria
De seguida analisamos alguns dos aspetos a equacionar na contabilização dos custos de manutenção dos carros elétricos (puros) comparativamente com os de um carro movido por motor de combustão (gasóleo ou gasolina).
Motor mais simples (e não só)
O principal motivo para a redução dos custos de manutenção dos carros elétricos reside no motor. Este é bem mais simples e incorpora menos componentes do que um veículos convencional. Assim, a probabilidade de surgirem problemas ou de haver necessidade de reparação/substituição de peças é inferior.
Para ter uma ideia, um veículo elétrico tem cerca de 1% do número de peças móveis, quando comparado com os convencionais. Estes veículos não têm velas de ignição do motor, filtros de óleo ou de combustíveis, óleo do motor e correias de distribuição.
De igual forma, a ausência de sistema de escape pode fazer diferença. Este fator anula os custos relacionados com os aditivos de tratamento de gases de escape (AdBlue), com regras cada vez mais exigentes (e dispendiosas) no âmbito europeu. Além disso, também se subtraem os gastos elevados com a substituição de catalisadores e de filtros de partículas.
Outro elemento que sofre menos deterioração — e que tem um peso menor na fatura a pagar — é o sistema de travagem. Com o mecanismo de travagem regenerativa, estes automóveis convertem a inércia em eletricidade. Por conseguinte, a resistência criada permite a diminuição da velocidade assim que se retira o pé do acelerador. Desse modo, a utilização dos travões tende a ser necessária somente em situações de paragem repentina ou de urgência.
Baterias: o falso "bicho-papão"
Este é um dos assuntos mais inquietantes, quando se fala em custos de manutenção dos carros elétricos. Importa perceber que uma grande parte desses receios não têm fundamento.
A substituição da bateria de um veículo elétrico pode ser bastante cara. Porém, é raro, especialmente se forem cumpridos os cuidados básicos no seu uso e manutenção. Por outro lado, mesmo quando há anomalias, nem sempre é necessário proceder à substituição total. O problema pode resolver-se com a alteração de apenas um dos módulos.
Em média, a durabilidade destas baterias chega aos 15/20 anos. Este componente central dos veículos elétricos está protegido pela garantia, que geralmente chega aos 8 anos ou aos 160 mil quilómetros. Ao optar por alugar a bateria ao fabricante, os custos relacionados com a sua manutenção não recaem sobre o proprietário.
Afinal, que custos de manutenção têm os carros elétricos?
É difícil indicar números concretos, tendo em conta a multiplicidade de parâmetros. Contudo, em média é possível poupar bastante nas revisões periódicas das viaturas elétricas, em comparação com as revisões dos carros a combustão. Tenha em conta que o custo irá variar de marca para marca e que estes veículos têm uma tecnologia mais avançada, logo carecem de atualizações. Por último, também há que ter em conta que o preço da mão de obra diferenciada pode ser mais elevado.
Nos primeiros 5 anos, é mesmo possível que as poupanças sejam bastante elevadas. De acordo com os números de referência apresentados por algumas marcas, neste período inicial, os custos de manutenção dos carros elétricos rondam os 50 a 70 euros anuais. Por sua vez, a revisão de um carro a gasóleo ou a gasolina pode chegar aos 200 ou 250 euros.
Pode poupar ainda mais
Não entram no capítulo dos custos de manutenção dos carros elétricos, mas importa considerar fatores adicionais, com consequências na hora de fazer as contas:
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