Os sintomas e o que fazer em caso de AVC

A prevenção e a importância de reconhecer os sinais

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e de morbilidade em Portugal. A sua ocorrência significa uma emergência médica que implica uma chamada para o Número Europeu de Emergência (112). Saiba em que consiste e quais os sinais que ajudam a detetar o AVC.

O que é o AVC?

Na generalidade, ocorre devido a uma interrupção súbita da circulação sanguínea para o cérebro.

Tal pode ocorrer por duas causas:

  • Bloqueio de uma artéria cerebral (AVC isquémico), em resultado de um coágulo numa artéria cerebral ou embolia (coágulo transportado pela corrente sanguínea);
  • Derrame com origem num rompimento de uma artéria (AVC hemorrágico), causa que representa cerca de 15% dos AVC.

Em qualquer dos casos, o cérebro vê-se impedido de receber nutrientes e oxigénio, entrando as suas células em necrose ou morte do tecido cerebral.

No caso do AVC isquémico, existem tratamentos que podem ser eficazes se administrados até quatro horas e meia após o aparecimento dos sintomas.

Por outro lado, em caso de AVC hemorrágico, pode ser necessário proceder a uma intervenção cirúrgica urgente. Existe, por isso, uma pequena janela de oportunidade para chamar o 112 e, quem sabe, ajudar a salvar uma vida. Para tal, é importante conhecer os sinais de AVC e atuar rapidamente.

Sintomas e sinais de AVC

Existem suspeitas de AVC se observar alguns sinais. Os três mais comuns são:

  • Perda de força num braço ou perna;
  • Desvio na cara, boca ao lado ou paralisia facial;
  • Perturbação súbita da fala, falta de compreensão das palavras e confusão.

Existem ainda outros sinais e sintomas que convém observar, sobretudo se surgirem em conjunto com outros:

  • Alteração da visão;
  • Dificuldade em andar, tonturas ou perda de equilíbrio;
  • Dor de cabeça de grande intensidade e sem causa aparente;
  • Sensação de náusea e vómitos durante alguns minutos ou horas;
  • Breve período de ausência, desmaios, convulsão ou coma.

Como agir?

O mais importante é manter-se calmo, recordar os sinais e sintomas referidos e agir. Em caso de dúvida ou suspeita de AVC, deve ligar de imediato o 112.

Existem ações que ajudam a despistar se está na presença de um AVC:

  • Peça à pessoa para sorrir. Se notar assimetria da face, ou seja, se o sorriso for só de um lado, pode ser sinal de que o outro lado da cara está paralisado;
  • Peça para levantar os braços. Se tiver sofrido um AVC a pessoa poderá só conseguir levantar um dos membros;
  • Fale com a pessoa. Observe se fala com clareza. Pode, inclusivamente, pedir-lhe para repetir uma frase. Se a pessoa tiver dificuldade em falar ou se as respostas forem incoerentes pode ter tido um AVC. Este é um dos sinais mais comuns.

Se verificar algum dos sinais acima descritos, registe a hora e contacte imediatamente o 112. Mantenha-se calmo para responder da forma mais assertiva possível a todas as questões dos profissionais de saúde.

Prevenir o AVC

Passa, sobretudo, por evitar comportamentos de risco modificáveis. A idade, pertencer ao século masculino, ter um historial prévio de AVC ou acidente isquémico transitório cerebral (AIT) são fatores de risco não modificáveis. 

Assim, é essencial:

  • Deixar de fumar;
  • Não consumir bebidas alcoólicas em excesso;
  • Evitar o excesso de peso e obesidade;
  • Evitar o sedentarismo praticando atividade física regular;
  • Controlar a hipertensão arterial;
  • Ter uma alimentação saudável, reduzindo o consumo de sal, gorduras e açúcar, de modo a evitar o colesterol elevado ou diabetes tipo 2.

A sobreposição de fatores de risco constitui uma probabilidade acrescida de um AVC ocorrer.  

Por isso, marque uma consulta através do seu Plano ACP Saúde e mantenha a sua saúde em dia e sob controlo.

PROTEJA A SUA SAÚDE

O conteúdo deste artigo tem caráter informativo e não dispensa a consulta do seu médico.
Fontes:
Lusíadas Saúde
DGS - Direção Geral da Saúde
INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica
SNS - Serviço Nacional de Saúde
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