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Público em suspenso no Grande Prémio de Portugal

| Revista ACP

Calamidade põe em causa os 38 mil espectadores previstos no Algarve a uma semana do evento. Decisão deve ser anunciada em breve.

Faltam oito dias para o Grande Prémio de Portugal, os hotéis da região de Portimão estão com lotação esgotada ou próxima disso e já foram vendidos cerca de 30 mil bilhetes dos 38 mil previstos, mas a verdade é que ainda ninguém sabe se a prova de Fórmula 1 vai mesmo poder contar com público nas bancadas. A decisão, a cargo da Direção Geral de Saúde (DGS), ainda não foi divulgada (prevista para breve), mas a entrada do País em estado de calamidade esta quinta-feira veio acentuar ainda mais as dúvidas sobre um evento com um enorme impacto na economia do Algarve.

Na resolução do Conselho de Ministros a decretar o estado de calamidade, divulgada esta quinta-feira, ficou decidido mais uma vez que não há público em eventos desportivos. Mas há exceções. O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, explicou ao Autoclube que "por defeito, o decreto proíbe a presença de público através do artigo 22º, mas também está previsto que alguns eventos podem ser autorizados a receber público, desde que por despacho conjunto dos ministérios da Saúde e da Administração Interna". O artigo 13º, alínea 6, da Resolução do Conselho de Ministros n.º 88-A/2020 é explícito: "Em situações devidamente justificadas, os membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e da saúde podem, conjuntamente, autorizar a realização de outras celebrações ou eventos, definindo os respetivos termos."

Isto significa que se trata de uma decisão política, em que o equilíbrio entre saúde pública e atividade económica terá de ser avaliado. Segundo fonte do gabinete do Primeiro-Ministro, António Costa, a decisão cabe à DGS. 

Quanto ao regresso do público aos eventos desportivos, como a Fórmula 1 e o Moto GP, no Algarve, Graça Freitas diz que “ambas as questões estão a ser equacionadas conforme a situação na região do país”.

“Sabemos que a situação não é favorável, é preocupante”, adianta ainda Graça Freitas, respondendo que a presença de público nos eventos desportivos “está a ser equacionada”, e a DGS está ainda a definir quais eventos se realizam e com que lotação. “Estamos a ser muito cautelosos.”

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