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6 coisas novas nos carros que afinal já são antigas

| Revista ACP

Algumas das inovações que as marcas anunciam para os novos modelos já têm décadas na indústria automóvel.

farois

Faróis direcionais, suspensões adaptativas ou Start&Stop. Estas são algumas das novidades anunciadas pelos fabricantes como sendo o último grito tecnológico, mas muitas delas já existiam há décadas.

O Ford T é um SUV com mais de 100 anos

Há dez anos eram poucas as marcas que contavam com um SUV entre os seus modelos. Hoje estão na moda e representam um papel importante nas estratégias de crescimento dos fabricantes.

Mas em 1909 foi lançado o Ford T que se portava como um autêntico SUV ao superar o mau estado das estradas e seguir por caminhos mais ou menos tortuosos. Tudo graças à robustez dos seus pneus e a uma suspensão que hoje se chama adaptativa.

Conceito “microhíbrido” vem dos anos 30

Nas décadas de 30 e 40 do século XX já existiam alguns modelos, sobretudo franceses, que incluíam um componente mecânico que assocava duas funções: motor de arranque e dínamo, alternadamente. O sistema ficou conhecido como Dynastart e foi depois amplamente utilizado nos automóveis dos anos 50, como o Isetta.

Stop&Start

Parece que este sistema foi criado recentemente pela necessidade de reduzir as emissões a nível global, o que não é verdade. É certo que tem vindo a ser aperfeiçoado ao longo do tempo, mas nos anos 80 a Fiat lançou uma versão do Regata denominada Citymatic com esta função.

Faróis direcionais já existiam há 70 anos

Iluminar a direção que queremos tomar de forma inteligente já era evidente na década de 40 quando Tucker decidiu ligar mecanicamente o farol central do seu modelo Torpedo à barra da direção, ou seja, os faróis direcionais já existiam há mais de 70 anos, embora agora tenham renascido como uma ideia revolucionária.

Sistema de navegação

Os navegadores são a solução para hoje não nos perdermos, mas o acessório Iter Avto já fazia a mesma coisa nos anos 30. O sistema constava de vários cartuxos cilíndricos nos quais se enrolava um mapa. Esses cilindros montavam-se num dispositivo que sincronizado com o velocímetro do carro de forma mecânica ia desenrolando o mapa e enrolando-o noutro cilindro, mostrando entre ambos o sítio do mapa em que nesse momento se encontrava o condutor. Em 1955 a equipa da Mercedes-Benz em Mille Miglia montou um dispositivo similar chamado Prayer Book no carro de Jenks. O primeiro navegador mais parecido com o que hoje conhecemos foi o Etak, lançado nos EUA na década de 1980.

Portas “suicidas” são agora originais

Os primeiros carros abriam as portas no sentido contrário ao da marcha porque na altura se considerou ser essa a forma mais confortável de entrar e sair do carro. E havia ainda uma questão social ligada a isso. É que nesses tempos a maioria dos automóveis eram conduzidos por motoristas e estes ao abrirem a porta para o ocupante sair, seguravam-na atrás da pessoa. Dessa forma evitavam olhares diretos que na época podia ser considerada uma atitude arrogante por parte do motorista.

Mais tarde este sistema de abertura das portas – as portas “suicidas” como ficaram conhecidas - revelou-se pouco seguro e foi banido nos anos 60, mas regressou em alguns modelos devido à sua “originalidade” e conforto.

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