Há novas opções a surgir no panorama da mobilidade elétrica e uma delas começa agora a despertar maior interesse: os veículos elétricos com extensor de autonomia, conhecidos como EREV (do inglês “Extended Range Electric Vehicle”).
Embora não sejam propriamente uma novidade, continuam a ser praticamente desconhecidos do grande público. Estes automóveis são 100% elétricos, mas incluem um pequeno motor a combustão que não serve para mover diretamente as rodas.
O seu único propósito é gerar eletricidade para recarregar a bateria, funcionando como um gerador interno.
Desta forma, permite-se aumentar significativamente a autonomia do veículo, evitando a chamada "ansiedade da autonomia", preocupação comum entre condutores face à limitação da rede de carregamento.
Ao contrário dos híbridos plug-in, em que o motor a combustão também serve para tração, nos EREV o motor térmico atua exclusivamente como fonte de energia para a bateria.
Isso traduz-se numa maior eficiência, já que o carro percorre grande parte das distâncias em modo 100% elétrico.
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Apesar de pouco comum este conceito não é novo. O Opel Ampera, lançado em 2010, foi um dos pioneiros.
Outro modelo que recorreu a esta tecnologia foi o BMW i3 REx em 2014, que chegou a ser classificado como híbrido plug-in em alguns mercados por questões legais e fiscais.
Para quem pondera adquirir um veículo elétrico, mas receia as limitações de autonomia, esta pode ser uma solução intermédia e eficaz.
No entanto, o futuro destes modelos na Europa dependerá fortemente da sua classificação fiscal. Atualmente, os principais incentivos estão reservados a veículos 100% elétricos com zero emissões diretas.
Resta saber se os EREV poderão beneficiar das mesmas condições ou serão equiparados aos híbridos, o que poderá comprometer a sua competitividade no mercado.