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Os gémeos de Laetizia

| Revista ACP

Fui desafiada para experimentar dois modelos novos que os especialistas em automóveis consideram mecanicamente gémeos: o VW Tiguan e o Seat Ateca. A tecnologia até pode ser siamesa, mas a estética, essa ditadora de tendências, é bem diferente. Mais ainda quando a moda do mercado é a suvmania. Ao fim de dois dias de experiência, sentia-me como a rainha espanhola – ora vestia Boss, ora trocava o modelito para Mango.

Laetizia, a “it” Rainha de Espanha alimenta as edições da imprensa cor de rosa com um desfile de modelos que marcam as tendências da moda das nossas vizinhas. Quase sempre intercala as páginas das revistas com as coleções de Hugo Boss e modelos da Mango (salvo as ocasiões especiais reservadas para Varela).

Fui desafiada para experimentar dois modelos novos que os especialistas em automóveis consideram mecanicamente gémeos: o VW Tiguan e o Seat Ateca. A tecnologia até pode ser siamesa, mas a estética, essa ditadora de tendências, é bem diferente. Mais ainda quando a moda do mercado é a suvmania. Ao fim de dois dias de experiência, sentia-me como a rainha espanhola – ora vestia Boss, ora trocava o modelito para Mango. As linhas do Tiguan não têm nada a ver com a versão anterior (que alívio!) e apresenta-se com uma ‘patine’ muito boa para quem quer um SUV e não chega aos de gama superior. Tem o plus do retorno comercial, ser robusto e respirar segurança.

Já o salero espanhol do Seat Ateca dispara direto para os neurónios do consumo: equipamento, equipamento, equipamento. E a publicidade desta vez não engana (se tivermos presente que as versões base raramente são referidas…). Carregador de telemóvel sem fios, sim porque não há nada mais inestético do que andar ligada à central, tipo camião de entregas…; a maravilhosa invenção da abertura da bagageira com os pés; um Jarbas privado em forma de assistente de condução 360º que dá para ver tudinho, mesmo aqueles pilaretes irritantes que nascem como cogumelos.

O gémeo alemão, mais conservador no marketing e na estética, tem praticamente tudo isto. Verdade que o espaço para o telemóvel não é feliz e fica mesmo por cima do botão da ignição. Mas tudo isto é compensado pela maravilha que é o painel de instrumentos. Absolutamente bem conseguido. O interior e os seus acabamentos, são mais requintados e cuidados que o outro gémeo. Ambos exibem com orgulho os bancos forrados a alcantara, esse material nobre que evita danças nas curvas e que geralmente está resevado a marcas premium. Uma nota para as bagageiras, ambas elétricas, com vantagem para a capacidade do Tiguan.

Estes modelos deitaram por terra o meu preconceito com as caixas de velocidade automáticas. Conduzem-se sem qualquer tipo de stress nem travagens abruptas. E nem é preciso recuar o pé esquerdo. Novamente um crédito para os especialistas que afirmam que a tecnologia DSG (exclusiva das marcas Audi, VW, Seat e Skoda) é mesmo diferente. As dimensões são ideais para cidade: os gémeos passaram com distinção a prova do parque de estacionamento do El Corte Inglés.

A avaliação dos especialistas diz que o Ateca tem mais motor por menos dinheiro. Verdade. E até as eventuais multas por excesso de velocidade se podem pagar com gosto porque este SUV tem aquele nervo que faz a diferença. Deixei para o fim o mais importante. Ambos os modelos têm o selo de garantia 5 estrelas do Euro Ncap, aqueles senhores que atestam a segurança dos automóveis. Mas aqui também o Tiguan, como a Boss, tem acabamentos e prestações melhores que o Ateca, tal como a Mango.

*Esta opinião é apenas focada na estética e no “neuromarketing”. As caraterísticas técnicas ficam para os especialistas.


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