Na semana da Segurança Rodoviária das Nações Unidas, o Observatório ACP publicou um estudo sobre o que está por fazer em Portugal. Um retrato negro que, se não for urgentemente revertido, vai provocar um novo aumento da sinistralidade rodoviária. Através da avaliação da evolução da sinistralidade nos últimos 10 anos, o estudo aponta projeções para 2020 e as suas consequências.
O Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária foi aprovado há dois anos e até hoje nenhuma medida parece ter saído do papel. O trabalho do Observatório ACP estima que 520 pessoas vão morrer em 2020 vítimas de acidentes rodoviários, quando o documento estratégico apontava uma previsão de 399 mortes para 2020.
De acordo com o estudo do Observatório ACP, a situação pode ser ainda revertida caso essas medidas sejam executadas de imediato. Governo, Parlamento e sistema de justiça devem implementar , avaliar e acompanhar desde já o Plano Estratégico de Segurança Rodoviária, bem como criar uma estrutura especializada em crimes rodoviários no Ministério Público.
Com Portugal acima da média da União Europeia em número de mortos, feridos e acidentes rodoviários, a iniciativa do Observatório ACP aponta as medidas urgentes a tomar para reduzir a sinistralidade...
Cruzamento e partilha de informação entre as várias autoridades, maior fiscalização dos condutores e dos veículos, mais radares, inibidores de álcool e a efetivação da avaliação da segurança das estradas por estrelas, de acordo com a metodologia Eurorap, destacam-se entre as medidas defendidas pelo Observatório ACP.
Nos últimos 10 anos, a sinistralidade rodoviária em Portugal teve um impacto económico e social superior a 24 mil milhões de euros.
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