Apagão. Guia para circular em eventos críticos

| Revista ACP

Situações extremas como o apagão de 28 de abril exigem também exigem cuidados redobrados com o automóvel e a segurança.

Av-liberdade

Durante o apagão, sobretudo nos grandes meios urbanos como Lisboa e Porto, assistiu-se a um grande congestionamento do tráfego rodoviário, devido ao desligamento dos semáforos, e a um elevado número de pedidos de assistência por avaria de veículos. O essencial é saber como reagir em emergências.

Manutenção do carro é indispensável

A manutenção dos veículos é a chave para uma condução segura. Para evitar contratempos, sobretudo em situações críticas, qualquer condutor deve ter em conta que os veículos numa situação de para-arranca estão mais sujeitos a situações de sobreaquecimento. É, por isso, importante assegurar a refrigeração da viatura.

A falta de combustível pode ser outro obstáculo. Antes de pegar num veículo, os condutores devem ter atenção ao nível de combustível e saber exatamente se estão em condições de cumprir a viagem sem ter de parar numa gasolineira, que em situações críticas só ficam disponíveis para casos prioritários (abastecimento de geradores de hospitais, por exemplo). 

Os automóveis elétricos foram as grandes vítimas do caos nas ruas de Lisboa e Porto. Por muito boa que seja a bateria não há autonomia que resista a horas de para-arranca. E aqui, sim, acresce o fator de risco para este tipo de veículos, que também podem sobreaquecer.

Elétrico ou não, é importante fazer, além da inspeção anual, check-ups periódicos, verificar o nível do óleo, o estado do limpa-para-brisas, o estado dos pneus, as luzes e se o ar condicionado está a funcionar corretamente.

 

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Como atuar na estrada em casos de emergência?

Os condutores devem respeitar sempre as orientações das autoridades no terreno, evitar deslocações desnecessárias, e a circulação rodoviária deve ocorrer a velocidades reduzidas e com atenção redobrada.

Caso esteja em trânsito o primeiro entrave à segurança rodoviária é, habitualmente, a ausência da sinalização luminosa (semáforos). Foi o que aconteceu durante o apagão de 28 de abril.

Como reagir? Seguindo o que diz o código da estrada. Pode haver outro meio de sinalização (sinais de cedência de passagem ou sinais STOP) junto ao semáforo desligado e esses sinais são para cumprir à risca. Caso não exista, os condutores devem respeitar as regras gerais de prioridade (por exemplo: nos cruzamentos e entroncamentos, sem sinalização, o condutor deve sempre ceder a passagem aos veículos que se lhe apresentem pela direita).

Perante a circulação de veículos em marcha de emergência (ambulâncias, polícia e bombeiros, por exemplo), os condutores devem facilitar a passagem, sendo que estas viaturas em marcha de urgência podem não cumprir com as regras e os sinais da estrada, embora não possam colocar os outros em perigo – sendo mesmo possível conduzir em sentido contrário, se for inevitável. Mas, atenção, estes casos são excecionais e devem ser enfrentados com a maior precaução possível.

Por exemplo, os carros da polícia e dos bombeiros em marcha urgente de socorro podem legalmente incumprir as regras da estrada, mas fazem-no de forma a não colocar em risco a circulação de outros veículos.

O ponto aqui é manter a calma ao volante sempre que esteja perante eventos críticos, nem que o ideal seja interromper a deslocação em curso e aguardar por um ambiente mais descongestionado.

Já agora, sabe criar corredores de emergência? Um corredor de emergência é um canal formado pelos condutores em caso de congestionamento de trânsito para os veículos de emergência poderem passar. A título de exemplo, os condutores da faixa da esquerda devem desviar-se o mais para a esquerda e os condutores da faixa da direita o mais possível para a direita. Sempre garantindo a sua segurança e a dos outros. Contudo, esta situação não constitui regra e, por isso, deve por isso deve imperar o bom senso.

Já no caso das autoestradas, os condutores devem sempre deixar a berma desimpedida por forma a facilitar a circulação dos veículos em marcha urgente.

Em caso de ser inevitável fazer deslocações, procure circular em horas mais de menor afluência nas estradas.

Kit para emergências

Caso um incidente crítico o “apanhe” no trânsito, o Automóvel Club de Portugal tem detalhado o que deve conter um kit de emergência em mobilidade (com jerricã vazio, cabos de ligação, powerbanks e roupa por exemplo).

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