SÃO PEDRO DO SUL
- Castro de Baiões ou Castro de Nª Srª da Guia – fica no monte do mesmo nome de Nª Srª da Guia, sobre o rio Vouga. É um castro que terá sido edificado durante a Idade do Bronze, no séc. VII a. C. Só na década de 70 do século passado este castro foi objeto de escavação por um arqueólogo – Monsenhor Celso Tavares da Silva – de entre os elementos recolhidos, podem referir-se objetos em pedra, fragmentos cerâmicos e objetos de bronze, entre os quais pontas de lança. As casas eram circulares e dispunha de uma única linha de muralhas
- Igreja de Nª Srª da Guia – foi construída entre os séc. XI e XII, para cumprimentos de promessa feita à Virgem, pelas tropas cristãs, durante a reconquista. Foi construída com pedras retiradas do chamado Castelo dos Mouros ou de Baiões. Foi reconstruída em meados do séc. XVII. O exterior não tem nada digno de nota, no entanto, podemos destacar, no interior, os retábulos de talha branca e dourada, sendo o mais notável o que está na capela -mor, com uma imagem de Nª Srª da Guia, do séc. XV.
- Termas – conhecidas por “Banho” ou Caldas de Lafões”, em plenas Termas de S. Pedro do Sul, cujas nascentes brotam na margem esquerda do rio Vouga. O complexo termal foi inicialmente construído pelos romanos, que souberam bem aproveitar não só o manancial da nascente, mas também as suas características terapêuticas. A designação que passou a ser-lhe dada, deveu-se ao facto de D. Afonso Henriques ter frequentado as termas e feito tratamentos com as suas águas, para sanar uma perna fraturada na Batalha de Badajoz. Outros soberanos lhe seguiram o exemplo, para curar as suas maleitas, mas foi a Rainha D. Amélia a que mais marcou a vida das Termas, no séc. XIX – motivou mesmo a construção de um novo balneário, destinado às senhoras.

Termas Romanas
- Convento dos Franciscanos – S. José –este edifício está hoje, e desde a extinção das Ordens religiosas, por decreto de 1834, ocupado pelos Paços do Concelho de S. Pedro do Sul. Dele merecem especial atenção a Igreja propriamente dita, a sacristia e o claustro. Foi construído com a finalidade de servir como uma espécie de hospício para os religiosos da Ordem Terceira de S. Francisco, de modo a que pudessem usar as águas termais de S. Pedro do Sul, para aliviar as suas maleitas. À igreja acede-se por uma grande escadaria. No interior podem encontrar-se nichos com as imagens de S. Francisco e S. Pedro de Alcântara. Na sacristia, existe um arcaz (arca grande), com espaldas de talha dourada e azul, com pinturas que representam a vida de S. Francisco. O claustro é de dois andares, delimitado por arcadas assentes em colunas com decorações diferentes em cada um dos dois andares.

Convento dos Franciscanos - Paços do Concelho
- Quinta da Comenda – é um conjunto arquitetónico, com data de fundação anterior à da nacionalidade. Pertenceu a D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques. Para além de toda a grande parte habitacional, dispõe de uma belíssima capela. Na porta de entrada do edifício tem uma cruz de Malta.

Quinta da Comenda-Cruz de Malta Quinta da Comenda - Capela
Foi recentemente recuperada e, para além de proporcionar visitas a grupos, funciona como turismo de habitação e desenvolve grande atividade agrícola, com a produção de fruta, hortícolas, ervas aromáticas, frutos secos, vinho branco, tinto, rosé e também espumante

Qtª da Comenda - Casa Agrícola e Turismo de Habitação
- Solares dos Viscondes de S. Pedro do Sul (com brasão numa esquina), do Barão de Palme e dos Condes da Lapa

Brasão

Solar do Barão de Palme

Solar dos Condes da Lapa
Freguesia de Bordonhos
- Igreja Matriz - caraterística, com brasão, numa das capela e relógio suis generis, na torre sineira.

Igreja Matriz de Bordonhos - brasão e relógio da Torre
- Casa do Paço – ou Casa de Fidalgos da Casa Real, antigo morgado de Bordonhos, cujo título foi atribuído no séc. XIV. Os lavradores das terras que faziam também parte do Morgado, pagavam o foro, em géneros – alqueires de milho, almudes de vinho, carros de lenha, arráteis de carne (presunto), galinhas e meadas de linho.

Casa do Paço
Freguesia de Carvalhais
- Castro de Cárcoda – é um é um povoado fortificado, em forma praticamente triangular, que ocupa cerca de 15 hectares. Em alguns locais são visíveis troços da muralha, com uma espessura superior a 6 metros. De acordo com o que foi tornado visível das fundações das habitações, este castro deverá datar da Idade do Ferro, embora algumas já da época romana.

Castro de Cárcoda
- Museu Rural de Carvalhais – tem expostas coleções de arqueologia, com elementos retoirados do Castro de Cárcoda), de tradições e usos populares, loiça preta, em barro de Molelos, mostra o ciclo do linho e do pão, e ainda faianças portuguesas, alfaias agrícola e elementos de algumas profissões, como carpinteiro.
- Igreja Matriz de Carvalhais – esta igreja tem, na parede virada a poente, uma inscrição com a data de 1721, que deve referir-se ao ano em que foi reconstruída a velha e arruinada, que ali existia anteriormente.

Igreja Matriz de Carvalhais
- Capelas de N.ª Sr.ª do Resgate (em Roçadas), de N.ª Sr.ª da Conceição (em Favarrel), de N.ª Sr.ª de Fátima (em Ribas) e de N.ª Sr.ª das Chãs (em Sá)

Capela de Nª Srª das Chãs
- Parque do Pisão e Moinhos de Água – espaço e parque arranjados e renovados para permitir que as pessoas deles desfrutem.
Freguesia de Fermontelos
- Capela de Nossa Senhora das Necessidades – é a segunda mais antiga da freguesia e a mais bem decorada

Capela de Nª Srª das Necessidades
Freguesia de Figueiredo de Alva
- Igreja de Figueiredo de Alva
- Vários Cruzeiros e Alminhas
- Calçada Romana de Ladreda, prova da ocupação romana da localidade
Freguesia de Manhouce
Há longos anos que o grupo de cantares de Manhouce é ouvido, nos meios de comunicação. Era um dos grupos mais referidos, em determinada altura. Com o passar dos anos a sua mais destacada cantora, Isabel Silvestre, passou a fazer parte do panorama musical português, tendo interpretado canções lindíssimas, em parceria com grupo em voga, mantendo embora aquele cunho de interpretação caraterística de um grupo de cantares populares.

Isabel Silvestre, com o seu traje negro
Manhouce serviu de cenário ao álbum “Cânticos da terra e da vida", editado pela cantora Isabel Silvestre, em que cada canção tinha por cenário um aspeto da vida da terra – lavrar, pastorear as cabras, lavar a roupa no rio -.junto a um monumento ou cenário encantador. Um álbum feito sobretudo de revisitações da música tradicional portuguesa, parte do repertório da artista, natural de Manhouce, São Pedro do Sul.
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Grupo de Cantares de Manhouce - "Cânticos da Terra e da Vida"
- Ponte de Manhouce – é uma ponte sobre o rio Manhouce, em plena vila. Foi construída em finais do séc. XVII, aproveitando a anteriormente existente, romana. Esta ponte romana terá sido construída entre os séc. II a. C e I d. C., como parte da Estrada Imperial que ligava Braga (Bracara Augusta) a Mérida (Emerita), passando por Viseu. A atual é em granito, de um único arco.

Ponte de Manhouce
- Igreja Matriz de Manhouce – é o monumento mais importante da vila, depois da Ponte Romana. Junto à igreja o Grupo Etnográfico de Manhouce, com a sua figura principal – Isabel Silvestre

Igreja Matriz de Manhouce
- Espigueiros em Manhouce – vistos em dia de simulação dos vários trabalhos agrícolas, com lavrar a terra, com animais, pastorear um rebanho de cabras, ver as lavadeiras à beira rio, a lavar roupa. No entretanto o Grupo Etnográfico de Cantares de Manhouce ia cantando as suas canções populares.
Espigueiros de Manhouce

Pastoreio das cabras
- Ponte da Barreira – fica na Ribeira de Vessa, nas proximidades de Manhouce. Foi construída em finais do séc. XVII, aproveitando a anteriormente existente, romana, tal como a ponte que fica na Vila de Manhouce. Tal como a ponte existente na vila, a inicial ponte romana terá feito parte das estradas que os romanos estenderam pelo território nacional.

Ponte da Barreira - próxima de Manhouce
Freguesia de Pinho
- Igreja Matriz de Pinho

Igreja Matriz de Pinho
- Castro da Mata de Pinho – data do período proto-histórico, com vestígios de muralhas. Nela foram encontradas lápides epigrafadas.
- Penas – é um local, na estrada entre Pinho e Pindelo dos Milagres, onde pode ser vista vegetação diferente da caraterística da zona e que é rodeada por grandes rochedos com formas estranhas, talhadas pela erosão. De notar a rocha chamada “Bolo de Noiva”, por ela ser em camadas, como um bolo de noiva. Outas há, como a “Varanda dos Ujos (corujas) por elas ali terem o seu habitat, mesmo agora e ainda a “Catedral da Moira” e o “Penedo da Mina”
Lugar de Penas

Varanda dos Ujos (Corujas)
- Fonte dos Abades – fonte com mais de dois séculos e que fica junto à casa paroquial

Fonte dos Abades
- Lagar de Azeite – com mais de dois séculos, está completamente modernizado e a funcionar
Freguesia de Santa Cruz da Trapa e S. Cristóvão de Lafões
- Solar dos Malafaias – é também conhecido como solar da Gralheira. Foi construído no séc. XVIII, de planta retangular e o seu último dono, resolveu mudar-se para outra freguesia, pelo facto de ser construída uma estrada mesmo junto ao solar. O solar está em ruínas, há dezenas de anos

Palácio Malafaia - Stª Cruz da Trapa
- Aqueduto das Águas Reais – este aqueduto, construído no séc. XVIII, fornecia água para o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões. Está ainda intacta uma parte considerável da estrutura.

Aqueduto das Águas Reais
- Mosteiro de S. Cristovão de Lafões – o mosteiro foi fundado logo no início da nacionalidade, por carta de couto de D. Afonso Henriques, em 1153 sendo, muito provavelmente, a primeira abadia cisterciense em Portugal. Foi reconstruído no séc. XVII, no reinado de D. João V, de cuja proteção beneficiou, tendo chegado a ser designado por Real Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões. Aquando da extinção das ordens religiosas, em 1834, o mosteiro foi vendido em hasta pública, como aconteceu a muitos outros. Em 1984 foi adquirido pelos atuais donos e transformado em unidade hoteleira, tendo mantido a traça inicial.

Palácio de S. Cristóvão de Lafões
Freguesia de Serrazes
- Castro do Banho ou de Beirós – as escavações puseram a descoberto mais de trinta habitações circulares, tal como é habitual na maioria dos castros. Pensa-se que teria mais de 100 habitações. Do que foi recolhido, nas escavações - pesos de tear, mós manuais, fragmentos de cerâmica – o mais significativo foi um pedaço de terra sigilata hispânica, decorado com círculos concêntricos e datável do séc. II d. C. Este fragmento de uma cerâmica que não seria produzida localmente mostra que havia trocas comerciais entre os povos da Península.
- Igreja Matriz de Serrazes – com algum interesse arquitetónico
- Pedra Escrita de Serrazes – é, de facto, um penedo cortado na vertical, com a face plana virada a nascente e praticamente toda coberta de gravuras, à exceção de dois pedaços, em que a camada superficial da pedra se desagregou e, como tal, desapareceu tudo o que lá estava gravado. Os petróglifos (gravuras rupestres) são de três tipos diferentes – circunferências simples e concêntricas, sinais quadrangulares em xadrez e covinhas. Perto deste penedo, existe uma mamoa, designada de Arieiro e perto, numa elevação, pensa-se ter existido um castro.

Pedra Escrita de Serrazes
- Solar dos Malafayas – era também conhecido por Casa das Quintãs. Foi construído em meados do séc. XVIII, pelo facto de o dono do Solar, ter desistido do que já tinha, em Stª Cruiz da Trapa, com o mesmo nome, pelo facto de ter sido construída uma estrada junto ao mesmo. Tem uma capela e, na fachada, um brasão com a coroa real

Palácio dos Malafaias, em Serrazes
Freguesia de Sul
Mamoas – existentes em várias localidades da freguesia, como Belgão, próximo da Serra de S. Macário e Monte Redondo, onde existem três. Sul foi sede de concelho, antes de S. Pedro do Sul
Freguesia Termas de S. Pedro do Sul, Várzea e Baiões
- Balneário da Rainha D. Amélia – é no edifício que assim é designado, onde a Rainha D. Amélia chegou a fazer tratamentos termais, que hoje, cada vez mais se pode beneficiar dos poderes das águas de S. Pedro do Sul para tratar, não só maleitas física, mas também minimizar situações de stress e estéticas. Hoje as termas oferecem já um conjunto de produtos estéticos que, mesmo fora das termas, poderão oferecer algum benefício.

Símbolo do Balneário Rainha D. Amélia Cosméticos feitos com a água termal

Edifício chamado - Balneário da Rainha D. Amélia
É no largo fronteiro a este edifício que, na época balnear por escelência, as Termas organizam vários concertos e bailes.
A nascente das águas termais fica muito próxima do edifício designado como Balneário D. Amélia, destinado a senhoras. A água termal brota a uma temperatura de 68,7ºC e, é depois "arrefecida", mediante os excelentes recursos técnicos e humanos de que a estância termal dispõe, de modo a ter uma temperatuda adequada. Tem um caudal de 10 litros por segundo.

A nascente - bastante quentinha...
- Balneário D. Afonso Henriques – um pouco mais afastado, está este balneário, destinado a homens, mas que oferece o mesmo tipo de tratamentos. O balneário foi inaugurado recentemente, é moderno não tendo nada a ver com o aspeto caraterístico que assemelhava as instalações termais a hospitalares. Como é óbvio, oferece os mesmos serviços que o das senhoras.

Símbolo do Balneário D. Afonso Henriques
- Antigas Termas Romanas – junto ao balneário de D. Afonso Henriques funcionaram, no tempo dos romanos, as primitivas termas – os romanos tinham já descoberto o valor das águas de S. Pedro do Sul.

As antigas Termas Romanas
- Capela de S. Martinho – junto à antigas Termas romanas, foi mandada construir por D. Afonso Henriques.

Capela de S. Martinho - fachada e interior
RIO VOUGA – seguindo pela estrada romana, ao longo do rio, podem registar-se paisagens magníficas, da conjugação rio / vegetação

Duas imagens extraordinários das margens refletidas no rio
- Estrada romana – junto ao rio Vouga, acompanhando-o durante um bom bocado

- Marco na Estrada Romana – eventualmente do tempo em que D. Afonso Henriques frequentava as Termas

- Palácio do Marquês de Reriz – este palácio está diretamente ligado à visita e permanência da Rainha D. Amélia nas Termas de S. Pedro do Sul, no final do séc. XIX. Foi onde a Rainha e toda a Corte se hospedaram, durante a estadia nas Termas. O Palácio tinha sido construído antes, no início do séc. XVIII, por iniciativa de um dos fundadores da Real Companhia dos Vinhos do Alto Douro, D. Digo Francisco de Almeida e Vasconcelos. É barroco. A fachada principal tem janelas de sacada, rematadas por frontões de volutas interrompidos – no centro vê-se o portal, também de volutas, com o brasão de armas dos Almeida. Na altura da visita e estadia da Rainha D. Amélia, sofreu várias alterações e era designado por Paço Real de S. Pedro do Sul. O dono do Palácio foi distinguido com o título de Marquês, em 1895.
No andar superior, a que se acede por bela escadaria, as divisões têm tetos apainelados de madeira. A permanência da Rainha D. Amélia neste palácio fez com que, interiormente, ele fosse sendo enriquecido com cerâmica, pintura, mobiliário.

Palácio do Marquês de Reriz
ALTO DE S. MACÁRIO

Serra de S. Macário - serra de urze e carqueja
O Monte de S. Macário tem 1052 m. alt. e é, de há muitos anos a esta parte um local de culto religioso, dedicado a S. Macário - diz a lenda que Macário, cuja profissão o obrigava a ausentar-se muitas vezes de casa. Uma vez, regressou mais cedo do que era esperado e encontrou um homem a dormir na sua cama. Cego pelo ciúme, matou o homem, que dormia. Imediatamente a seguir, verificou que tinha acabado de matar o próprio pai, que a esposa tinha acolhido em casa, enquanto ele estava fora. Para se penalizar, Macário fez-se eremita e foi viver para uma gruta, onde passou o resto dos seus dias, em jejuns e oração.
Diz ainda a lenda que S. Macário terá matado uma serpente que aterrorizava os habitantes da Pena e de Covas do Rio – ela ficava numa cova bem funda, saindo só para espalhar o terror naquela região. Agradecidos e aliviados com a morte da serpente, os habitantes daquela região construíram uma capela, no alto do monte – como eremita Macário viveu na cova da serpente e, mais tarde, então na capelinha.

Capela inicial e gruta, onde S. Macário viveu inicialmente
Capelinha essa, que era disputada por duas freguesias – S. Martinho das Moitas e Sul – que reclamavam para si as esmolas deixadas pelos crentes, na capela. Para obviar a esta disputa, foi construída uma outra capela, um pouco maior, no ponto mais alto da serra, em zona pertencente à outra freguesia e abrigada do vento por um muro de pedra.

Segunda Capela
ALDEIA DA PENA
Perto do Alto de S. Macário, protegida dos ventos pela mesma serra e, também por isso, com poucas horas de sol por dia, fica a Aldeia da Pena, uma das aldeias de xisto da Serra de S. Macário.
Fica no fundo de um vale, num enquadramento paisagístico de rara beleza, com poucos acessos rodoviários, merece uma visita demorada – os seus estreitos caminhos, muitos por entre espigueiros e habitações de xisto e de lousa. A pequena capela merece também uma visita.
Hoje em dia, há um casal que se dedica a reproduzir, em miniatura, réplicas das habitações de xisto, que vendem na sua pequena loja de artesanato. Sendo da própria aldeia e tendo vivido na cidade, resolveram voltar e dar uma certa vida à aldeia, não só com o artesanato, mas também fornecendo refeições, com os produtos genuínos da terra.
Também esta aldeia tem uma lenda, que assenta na dificuldade de acessos que outrora houve – os mortos tinham de ser levados em caixão, carregados por homens, por carreiros estreitos. Um dia, um dos homens que transportava o esquife escorregou, caiu e, com tanta pouca sorte que o caixão lhe caiu em cima e o matou. Daí a lenda ou estória do morto que matou um vivo

Aldeia da Pena e o vale onde está inserida
ALDEIA TÍPICA DO FUJACO
Fica, numa encosta da Serra da Arada, disposta como que “em socalcos”. A origem do nome da aldeia assenta numa lenda – há muitos, muitos anos, ali se travou uma batalha. Um homem desertou da frente de batalha e foi esconder-se debaixo de uma fraga. Ele era um “fujão”, e daí o nome de Fujaco. Como a Pena, esta aldeia tem casas em xisto e lousa e a subida até ao ponto mais alto da aldeia torna-se um pouco difícil. Em baixo, no vale, o Ribeiro Fujaco corre veloz, alimentando os moinhos

Aldeia de Fujaco
ALDEIA DE COVAS DO MONTE
Esta aldeia, parte da antiga freguesia de Covas do Rio, hoje parte de uma União de Freguesias, fica também num vale da Serra de S. Macário, a 450 m. de altitude, rodeada de xisto, mato e áreas cobertas de pinheiros e eucaliptos. Os campos em volta são também férteis.
S. Sebastião era o santo padroeiro da terra mas, de acordo com a tradição, houve, em tempos, uma tremenda trovoada, que provocou muitos estragos – a partir daí passou a venerar-se Santa Bárbara, a Santa da trovoada.
Os acessos eram muito maus, tendo sido aberta uma estrada de terra batida, só nos anos oitenta do século passado – bem mais tarde ela foi alcatroada.
Também nesta aldeia as casas são de xisto, tendo normalmente um piso térreo, onde ficam os animais e as alfaias agrícolas e um primeiro andar para habitação propriamente dita. A principal fonte de rendimento é a pastorícia – os milhares de cabas existentes sobrem, diariamente, as várias encostas e os respetivos donos organizam-se, e revezam-se, na guarda do gado.

A Aldeia de Covas do Monte e a imensa quantidade de cabras
A parte da zona envolvente, fértil, que é cultivada, dispõe de bastante água, que escorre da serra, pelos vários ribeiros, que também fazem mover os vários moinhos, onde é moído o cereal. Existia também vários lagares, embora um único tenha permitido a recuperação. Para além da sua beleza natural e de tudo o já referido, a aldeia tem uma bela capela e um cruzeiro.
PERCURSOS PEDESTRES
A Câmara Municipal promove muitos percursos pedestres, fazendo a visita destas aldeias e de outros pontos do concelho.

Caminhadas, com belas paisagens e vegetação frondosa
Muitos dessas caminhadas são também parte de um programa patrocinado pela Termas, que dispõem de pessoas conhecedoras dos percursos e formados na área da educação física, para acompanhar os que se habilitam a empreender estas caminhadas.

As caminhadas, parte do programa de entretenimento das Termas