Nascido para celebrar meio século de história da marca, o Ferrari F50 deu-se a conhecer ao mundo em 1995 e foi o primeiro supercarro do construtor italiano a ser desenvolvido sem a supervisão direta de Enzo Ferrari. Com tecnologia herdada diretamente da Fórmula 1 e equipado com um motor V12 de 4,7 litros que debitava 520 cv de potência, o F50 não desiludiu os engenheiros da marca na concretização deste projeto.

Capaz de exibir uma velocidade estratosférica a rondar os 325 km/h, graças ao seu bloco que girava a impressionantes 10.000 rotações por minuto (rpm), este puro-sangue, foi construído inteiramente em fibra de carbono a que se somaram muitas soluções aerodinâmicas baseadas na experiência da Ferrari nas competições, tornando-o num verdeiro carro de Fórmula 1 para a estrada.

O design exterior contou com assinatura de Pietro Camardella em colaboração com Lorenzo Ramaciotti, ambos da Pininfarina. Foi um dos desportivos mais caros da sua época, disponível em várias cores, tendo saído da minha de produção 349 unidades. Curiosamente, nunca entrou em competição – ao contrário do seu antecessor F40 -, embora tenha sido desenvolvida uma versão de corrida: o Ferrari F50GT, que produzia 750 cv de potência a 10.500 rpm e uma velocidade máxima anunciada que chegava aos 376 km/h. Deste protótipo foram replicadas apenas três exemplares. Decorridos 35 anos, o F50 ainda é considerado pelos puristas o melhor Ferrari da história e o último a preservar a essência do prazer ao volante sem ajuda da tecnologia de hoje e dos auxílios à condução.