Vila Real
- Casa de Diogo Cão – terá sido construída no séc. XV esta casa onde terá nascido Diogo Cão, navegador que foi mandado em viagens de exploração na África ocidental e que chegou à foz do Rio Zaire, no séc. XV. Ali chegado, pensou que tinha dobrado o Cabo das Tormentas ou da Boa Esperança.
Estabeleceu as primeiras relações com o Reino do Congo, chegou ao Cabo da Cruz (hoje Namíbia), em 1485 e foi ele que tomou a iniciativa de substituir as cruzes, de madeira, com que se assinalava os locais onde os portugueses chegavam, por marcos de pedra

- Casa dos Marqueses de Vila Real – é a casa onde habitaram os Marqueses de Vila Real, motivados por quem muitos nobres construíram as suas mansões no concelho e que caíram em desgraça quando tomaram parte na conjura contra D. João IV, em 1641. Na fachada podem ver-se ainda as ameias e a janela geminada, em estilo manuelino.

- Capela da Misericórdia – foi construída em 1532, por D. Pedro de Castro. Mantém a aparência exterior, mantendo-se, na fachada, o pórtico em arco de volta perfeita, ladeado por colunelos que se pensa serem já do séc. XVII. No interior tem quatro retábulos de talha barroca, nas paredes laterais – pensa-se que dois deles tapam outros, anteriores, de granito dourado, valiosos devido à origem maneirista, que é rara naquela região.

- Igreja de S. Pedro – foi construída em 1528 e é dos mais importantes edifícios religiosos do estilo barroco, na cidade, pelas alterações que foram introduzidas no séc. XVIII. A destacar há os azulejos da capela-mor, os painéis do teto e a própria fachada, com duas imponentes torres sineiras.

- Igreja de S. Paulo ou Capela Nova – fica no centro histórico de Vila Real e foi mandada construir pela irmandade de S. Paulo, em 1639, tendo como arquiteto, pensa-se, Nicolau Nasoni. É tipicamente barroca, com frontaria muito trabalhada e, no interior o altar mor e capelas laterais com talha dourada e azulejos, estes representando a vida de S. Pedro e S. Paulo.

- Igreja do Senhor do Calvário – foi construído em 1680, pela Ordem Terceira de S. Francisco. Foi posteriormente modificado, com o acréscimo, no séc. XIX, da sacristia e da Torre sineira. No mesmo século ou início do séc. XX, a frontaria foi forrada com azulejos, outra das modificações.
Todos os anos, em Julho, tem lugar a procissão do Sr. do Calvário, expoente da Fé dos vilarealenses. Do adro da Igreja pode beneficiar-se de uma paisagem deslumbrante.

- Casa dos Brocas – é uma casa senhorial construída pelo avô de Camilo Castelo Branco, com uma lápide, na fachada, que evoca o escritor, um dos mais notáveis romancistas portugueses.

- Casa de Carvalho Araújo – a casa fica na Rua Camilo Castelo Branco – aqui viveu este heróico marinheiro, morto ao por o seu navio entre um submarino alemão e o vapor S. Miguel, que seguia repleto de passageiros.

- Capela de S. Brás – foi construída no séc. XIII, eventualmente a primeira sede paroquial da cidade. Nela estão as sepulturas de ilustres de Vila Real – João Teixeira de Macedo, fidalgo da Casa Real e Lourenço Viegas, “O Espadeirto”, companheiro de D. Afonso Henriques. A Capela é românica e Monumento Nacional.
Nos dias 2 e 3 de fevereiro, todos os anos, realiza-se a festa de S. Brás em que, tradicionalmente, os rapazes oferecem às raparigas a “gancha” – doce tradicional que é somente um rebuçado em forma de báculo.

- Igreja de S. Dinis – é originalmente de linhas simples, sem grande ornamentação, estilo românico. No entanto sofreu consideráveis alterações, ao longo dos tempos.
Esta Igreja de S. Dinis era já referenciada, no ano de 1297, altura em que havia uma outra capela, acoplada a esta, embora pertencente a outra paróquia. No interior existe uma imagem de Nª Srª a Branca, que encimava o pórtico da muralha da vila primitiva.

- Igreja do Convento de S. Domingos e Sé de Vila Real – foi mandada construir como parte do Convento do mesmo nome, no séc. XV, por ordem dos frades de S. Domingos, de Guimarães. O estilo predominante é o românico, embora existam elementos góticos. Na fachada tem as imagens de S. Domingos e S. Francisco de Assis. A Torre foi acrescentada no séc. XVIII e, no séc. XIX, um incêndio fez perder todo o património que existia no interior da igreja. A última intervenção na igreja foi feita entre os anos de 2001 e 2005, altura em que foram colocados os vitrais.

- Arquivo Municipal de Vila Real

- Biblioteca Municipal, onde funciona também o Grémio Literário

- Museu de Arqueologia e Numismática

- Museu do Som e da Imagem

- Museu da Vila Velha

- Teatro de Vila Real

- Jardim da Carreira – foi criado no séc. XVIII, como um espaço público de lazer, na altura arborizado com árvores trazidas do Gerês. Já no séc. XIX foi acrescentados a taça e o coreto e plantadas novas árvores que formaram a “avenida das tílias”. É uma área muito querida dos vilarealenses

- Parque do Corgo – fica nas margens do rio Corgo, tem uma área considerável, onde estão instalados equipamentos desportivos e de entretenimento

Freguesia de Arroios
- Quinta do Sobreiro - é uma das que mais interesse tem no conjunto arquitetónico, de que constam também as casas da Quinta Grande, da Quinta de Vilalva e da Quinta do Paço
Freguesia de Folhadela
- Igreja Matriz de Folhadela – foi construída no séc. XV. Mantém ainda, da construção primitiva, a cachorrada dos beirais quase completa, a capela-mor, a pia batismal e a torre sineira

- Casa de Folhadela
- Quinta de Prados – está ocupada hoje pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
- Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – tem uma das coleções vivas mais importantes de Portugal, de cerca de 1000 espécies, num variado conjunto paisagista devidamente arquitetado, no interior do campus universitário

- Igreja de Stº Jacobo – no lugar de Vila Nova, foi doada por D. Afonso Henriques a Fernando Garcia, quando tinha ainda o nome de Igreja de Santiago de Vila Nova.
Freguesia de Guiães
- Casa dos Silveiras - D. Sancho I, que lhe deu foral em 1202 mandou povoar esta freguesia, onde várias famílias possuíam as suas casas e propriedade. Esses solares, como a Casa dos Silveiras , enriquecem o património da freguesia.
União das Freguesias de Constantim e Vale de Nogueira
- Santuário de Panóias – é o mais antigo santuário rupestre da Península Ibérica. É também único no Mundo porque as pedras têm inscritas todos os elementos relativos à sua construção – quem construiu, as divindades honradas e quais os rituais que lá tinham lugar. Data de finais do séc. II-início do séc. III d.C. e é constituído por três grandes fragas em que foram abertas cavidades de tamanhos diferentes, onde eram feitos os sacrifícios de animais – numa cavidade eram mortos os animas, na outra ficava o sangue e na outra eram queimadas as vísceras. O Santuário foi consagrado ao deus Serapis, o mais importante dos deuses do inferno e também aos deuses Lapitae, comunidade local, na época.

Freguesia de Mateus
- Palácio de Mateus – foi construído no séc. XVIII, pelo arquiteto Nicolau Nasoni, sendo um dos mais representativos do estilo barroco na região. No interior, numa área especial, rodeada por jardins, são guardadas peças valiosas, de diferentes épocas e tipos – mobiliário, de decoração. Paramentos, documentos, a biblioteca, com uma edição especial d’Os Lusíadas, do séc. XIX.
Do conjunto arquitetónico faz ainda parte a Capela em honra de Nª Srª dos Prazeres e o “espelho de água” à entrada

Freguesia de Parada de Cunhos
- Igreja de S. Cristóvão
- Capelas de S. João, Nª Srª da Ajuda e de Nª Srª da Luz
União das Freguesias de Pena, Quintã e Vila Cova
- Necrópole de S. Miguel da Pena - é um conjunto de quatro sepulturas antropomórficas, escavadas num afloramento rochoso

União das Freguesias de S. Tomé do Castelo e Justes
- Igreja de S. Tomé do Castelo
Freguesia de Torgueda
- várias casas solarengas como a Casa de Tuizendes e a Casa da Granja – a freguesia era já referida no séc. XII, pelas famílias que a habitavam
União das Freguesias de Adoufe e Vilarinho da Samardã
- Adoufe era também já referida no séc. XIII e habitada por famílias importantes, na altura. Vilarinho de Samardã, também referenciada na mesma altura, foi onde Camilo Castelo Branco passou dois felizes anos da sua vida.
Freguesia de Vila Marim
- Torre de Quintela – esta Torre pertenceu ao Conde de Vimioso, tal como consta de documento de finais do séc. XVII, em que são registados os foros e prazos recebidos pelo senhor da Torre, tal como dizia também a restante composição da propriedade, em construções e terreno. Das construções faziam parte uma capela em honra de Stª Maria Madalena. No início do séc. XX foi considerada a sua destruição o que não aconteceu por ser muito caro desmontar todas as pedras, para que fossem aproveitadas. Foi depois, em 1910, classificada como Monumento Nacional e posteriormente restaurada. Há que referir que a Torre de Quintela era referida nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258.

PARQUE NATURAL DO ALVÃO - é uma área protegida possuidora de “vasto património natural e cultural, que resulta na existência de imensos locais de grande interesse, para quem gosta do contacto direto com a natureza”.
Os pontos de interesse, na parte inserida no concelho de Vila Real são:
- Lamas de Ôlo - povoação com algumas casas cobertas de colmo, e com o seu moinho e tosco aqueduto, sobranceiros à aldeia;
- barragens Cimeira e Fundeira, de onde se avista os cumes do Alvão e do Marão;
- o caos granítico das Muas/Arnal, zona de beleza áspera e serrana;
- percurso entre Agarez/Arnal, com vista spara a cidade de Vila Real, a serra do Marão e o planalto transmontano, para este
- Ribeira de Arnal, com queda de água e um formoso moinho, na estrada Agarez - Galegos da Serra.
- Miradouros de Lamas de Ôlo, de Arnal e da Fervença
