Faro
- Igreja e Casa da Misericórdia – fundadas em 1583, foram reestruturadas no Séc. XVII. O Terramoto de 1755 destruiu quase tudo, mas o pórtico é ainda o primitivo tendo, no cimo, uma pedra brasonada e a imagem da Virgem.
- Arco da Vila – MN – foi mandado construir por D. Francisco Gomes, de acordo com o desenho do arquitecto italiano Fabri. É em cantaria e tem um nicho onde está a estátua de S. Tomás de Aquino, em mármore branco de Itália.

- Sé – com vestígios góticos na porta principal e capelas laterais. No interior, o estilo é renascença, quinhentista, com três naves divididas por colunas dóricas e com tectos de madeira. Nas paredes, belos azulejos policromados.

- Igreja de Stº António do Alto – capela, no cimo de um monte, praticamente no centro de Faro, de cuja Torre se tem um belo e vasto panorama. Ela foi adoçada a uma torre medieval, provavelmente do Séc. XV.

- Igreja de S. Pedro - data do Séc. XVI e escapou à já referida invasão dos ingleses, no tempo dos Filipes. Mas foi praticamente devastado por um furacão, em 1757. O interior é do mesmo estilo e tem um rodapé de azulejos policromos, que se encontra também no baptistério. Na sacristia é guardado um conjunto de paramentos do Séc. XVI.

- Museu Arqueológico do Algarve – foi criado no Séc. XIX, pelo cónego Joaquim Maria Pereira Boto, que o instalou na antiga Igreja de Stº António dos Capuchos e nele reuniu várias peças arqueológicas encontradas em toda a província e, especialmente, nas ruínas de Milreu. Para além destas peças arqueológicas, são conservados os painéis de azulejos da própria igreja, contanto a vida de Stº António e da Paixão de Cristo. Em 1937 todo o espólio foi transferido para o Convento de Nª Srª da Assunção.
- Claustro arruinado do Convento de Nª Srª da Assunção – mandado construir pela rainha D. Leonor, 3ª mulher de D. Manuel I, a partir de 1518.

- Castelo – com as muralhas, o castelo era o último reduto da fortificação. A restauração feita em finais do Séc. XVI introduziu grandes modificações, com o propósito da introdução de peças de artilharia. Muito mais tarde, a construção de uma fábrica adulterou os torreões e os panos de muralha – foi inclusive aberta a Rua do Castelo.

- Convento de S. Francisco – data do Séc. XVI e foi reedificado no Séc. XVIII, após os estragos causados pelo Terramoto de 1755. Tem um belo claustro. Recentemente foi adquirido pela Escola de Hotelaria e Turismo de Faro estando em curso a sua recuperação.

- Convento dos Capuchos - data do Séc. XVII e foi ocupado, ao longo dos tempos, por várias instituições, uma das quais a GNR, introduziu muitas modificações. Nele esteve também instalado o Museu Arqueológico do Algarve. Hoje resta a Igreja do Convento dos Capuchos.

- Igreja do Carmo – localizada no Largo do Carmo, foi fundada em 1713, pelo Bispo António Pereira da Silva. No Séc. XVIII foi acrescentado o corpo da Igreja, tendo a fachada sido reformulada. Teve outras obras, como acrescentar um último piso e uma torre, até ao Séc. XIX. Foi decorada com talha, realizada por um dos melhores escultores da região – Manuel Martins. São ainda de notar a ornamentação da sacristia, o conjunto de imagens da Procissão do Triunfo e a Capela dos Ossos.

- Muralhas de Faro – foram muito danificadas pelas tropas inglesas, no Séc. XVI, tal como o Castelo e mais ainda pelo terramoto de 1755, que danificou também torres e baluartes.

Conceição – esta localidade passou a freguesia ainda na Idade Média, tendo conhecido um grande desenvolvimento em finais do Séc. XIX, inícios do Séc. XX, com a aparição e crescimento das propriedades agrícolas de grande dimensão e importância, de que ficaram as noras, ainda visíveis na região.
- Igreja de Nª Srª da Conceição – Séc. XVI, de nave única e capela-mor – esta é o único vestígio da primitiva ermida seiscentista e tem abóbada com elementos manuelinos e arco triunfal. O portal, muito mais recente, é renascença. O interior foi descaracterizado por obras recentes. No retábulo da capela-mor, existe uma imagem de Nª Srª da Conceição, do Séc. XVIII.

Estói – é uma freguesia do Concelho de Faro, uma linda aldeia, edificada num monte que domina a conhecida várzea de Faro, que se espraia por aquela baixa, ponteada de aldeias e casas solitárias por entre a vegetação rasteira, mediterrânica, as amendoeiras e as laranjeiras.
- A Igreja de S. Martinho ou Matriz de Estói - do Séc. XVII, reedificada no Séc. XIX merece uma visita.

- Palácio do Visconde de Estói, hoje pertença das Pousadas de Portugal e a funcionar como tal – antigo Palácio dos Condes de Carvalhal, setecentista, com magnífico panorama sobre a várzea de Faro e rodeado por belos jardins, dispostos em terraços sobrepostos e ligados por escadarias, de elegantes balaústres. Foram, infelizmente deixados um pouco ao abandono há algum tempo, tendo sido recuperados há pouco. Ainda no jardim vêem-se áreas decoradas com mosaicos romanos, provenientes das ruínas de Milreu.

- Milreu – Mon. Nacional – nas imediações de Estói ficam as ruínas romanas de Milreu, um complexo edificado do Séc. III, composto de uma casa grande, um balneário, (com 51 compartimentos) e um templo. Estas “villae”, pensa-se, pertenceriam aos donos dos grandes conjuntos de salga de peixe existentes no Algarve, peixe esse que era depois distribuído por todo o Império. Foi o Arqueólogo Estácio da Veiga que explorou, por sua conta e risco, este complexo, tendo encontrado para além do já referido, inúmeras piscinas de várias formas, todas decoradas com mosaicos romanos, casa de habitação, oficinas, arruamentos, canalizações, estátuas de imperadores, que decoravam sempre este tipo de “villae”. Foi também referenciado um santuário, do período romano tardio, edifício em tijolos, com abside circular. Para além disso, há uma rua , pedaços de mármore, fustes e bases de colunas, tijolos de diferentes feitios, pias. Na parte superior das termas via-se um poço fundo, antigo.

Hoje, em Milreu há poucos elementos visíveis – as paredes do templo, colunas de mármore, piscinas com mosaicos policromos, de formas e tamanhos diferentes, a que se acede por escadas forradas por mosaicos.
- Montenegro – é a freguesia de Faro onde está inserido o Aeroporto Internacional. O seu nome deriva da vista que se desfrutava de Faro – um monte coberto de denso arvoredo, onde se fixaram, no início do Séc. XX agricultores e pescadores, que em Faro vendiam os produtos da sua faina. Ficando também próxima da Ria Formosa, alguns dos habitantes dedicavam-se à extracção de sal, que depois era distribuído por Faro, seu Distrito e outras regiões do País. Hoje é uma freguesia muito desenvolvida, devido à proximidade da Universidade do Algarve e do natural movimento de estudantes e docentes. Próxima fica a Ilha de Faro, cujo acesso atravessa esta freguesia.
- Santa Bárbara de Nexe – freguesia rural, onde podemos ver a
- Igreja Matriz de Stª Bárbara de Nexe - Séc. XV/XVIII, gótica, de três naves, com cinco vãos de arcos ogivais e paredes revestidas de um silhar de azulejos. A Capela-mor abre por um arco ogival ricamente lavrado. Encima este precioso arco um revestimento de azulejos entre os quais a representação da padroeira. É também digno de nota o artesoado da abóbada da capela-mor, com cordas torcidas e florões. Na Sacristia existem duas tábuas quinhentistas, representando S. Luis e S. Brás.
