No primeiro episódio desta série de podcast ACP dedicada a recordar o melhor dos anos 80, o convidado é José Vieira Mendes, jornalista, crítico de cinema, realizador de documentários e fotógrafo autodidata, que nos guia numa viagem pela Lisboa de há quatro décadas.
Fotógrafo, colecionador e apaixonado pela cidade, José Vieira Mendes construiu um valioso registo visual de Lisboa, captado entre passeios despreocupados e uma vontade quase instintiva de fotografar tudo o que via.
"Às vezes é uma sensação quase obsessiva", confessa. "Passo num sítio, olho para alguma coisa... e tenho de fotografar."
A conversa percorre os bastidores da exposição "Lisboa Anos 80", que nasceu durante a pandemia a partir do seu vasto arquivo analógico.
As imagens, resgatadas do tempo, revelam uma cidade cinzenta, desigual e crua, bem longe da Lisboa turística e vibrante que conhecemos hoje.
Captadas de forma furtiva, as fotografias surgiram da curiosidade, não da intenção de documentar a História.
José Vieira Mendes afirma: “Eu não me sentia repórter, era apenas um rapaz de 21 ou 22 anos a fotografar o que via.”
Para compreender o espírito da Lisboa dos anos 80, José recomenda dois filmes icónicos da época: “Kilas, O Mau da Fita” e “Crónica dos Bons Malandros”.
Ambos, segundo ele, retratam bem a energia da cidade, marcada por mudanças políticas, sociais e culturais.
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Além da cidade, José fala das suas viagens, muitas por motivos profissionais, como festivais de cinema em Cannes, Berlim ou Veneza, onde fotografa atores e ambientes.
A paixão pela imagem estende-se também ao seu gosto por veículos antigos, sobretudo motas. Possui uma Vespa clássica, uma Triumph Bonneville e uma scooter moderna, que considera o transporte ideal para se deslocar com agilidade e levar o equipamento fotográfico pela cidade.
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