No mais recente episódio do podcast “Viajar é para Todos”, a convidada Inês Inácio partilha a sua inspiradora experiência de vida, marcada por duas doenças crónicas, diabetes tipo 1 e doença celíaca.
Apesar deste diagnóstivo, Inês afirma que nunca se sentiu impedida de seguir a sua paixão por explorar o mundo e liderar grupos em viagens de aventura.
A conversa começa com a recordação da sua primeira experiência de Erasmus, que não correu como esperado, mas acabou por ser o ponto de partida para descobrir o quanto viajar a fazia sentir-se viva.
Foi também através de um encontro decisivo que Inês deu os primeiros passos no turismo de aventura, área onde hoje se destaca pela sua energia, dedicação e capacidade de adaptação.
Ao longo do episódio, Inês explica como gere a sua saúde em viagem, desde o planeamento rigoroso da alimentação, com marmitas, cereais e quiches caseiras, até às soluções criativas para conservar a insulina em locais com pouca infraestrutura, como em São Tomé e Príncipe.
Partilha ainda episódios inesperados, como o momento em que ficou sem insulina em Bali e teve de procurar uma farmácia local.
Fê-lo com tranquilidade, sublinhando que estas situações, embora desafiantes, fazem parte da realidade de quem vive com doenças crónicas.
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Com naturalidade e honestidade, fala também sobre a importância de reconhecer os próprios limites sem abdicar dos sonhos.
Destaca a necessidade crescente de tornar as viagens mais inclusivas, não só para si mas também para os viajantes que acompanha, muitos dos quais também têm necessidades específicas.
A preocupação em criar experiências acessíveis e seguras é hoje uma prioridade no seu trabalho como líder de viagens.
A paixão por desportos radicais é outro traço marcante da sua personalidade. Apesar do medo de alturas, Inês encontra liberdade e superação em atividades como parapente na Turquia ou rafting na Albânia.
Estas experiências, diz, são momentos em que se sente verdadeiramente viva e conectada com o presente.
Entre os destinos que mais a marcaram está São Tomé e Príncipe, onde participou num projeto de voluntariado e criou laços profundos com a comunidade local.
Chama-lhe “o país da sua vida”, um lugar onde encontrou não só paisagens deslumbrantes mas também uma ligação humana e cultural única.
Inês termina a conversa com os olhos postos no futuro. Fala da vontade de regressar à Jordânia e a Bali e do sonho de celebrar o aniversário no México durante o Dia dos Mortos.
A sua história é uma prova de que viajar com uma condição crónica não só é possível, como pode ser profundamente enriquecedor. Basta adaptar, planear e, acima de tudo, não desistir.
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