Paredes (Castelões de Cepeda)
- Cadeia – Edifício construído nos anos 40 do séc. XX, seguindo a arquitetura característica do Estado Novo, era uma prisão destinada a presos preventivos ou com penas curtas

- Casa da Estrebuela, respetivos anexos e jardins – foi construída no séc. XIX, sendo visível um frontão e balaustrada, ao longo da fachada. Esta é revestida de azulejo.

Freguesia de Aguiar de Sousa
- Torre do Castelo de Aguiar de Sousa – é o que resta hoje de um lugar fortificado, junto ao rio Sousa, e de interesse estratégico para a defesa daquela região. Este castelo era já referido no séc. X e, no seguinte, Aguiar de Sousa passa a ser “julgado”, o centro administrativo da região. No séc. XIV começa a dar-se a decadência da fortificação que, no séc. XVIII está já em ruínas. Foi objeto de restauração no final do séc. XIX e em 1940. Faz parte da Rota do Românico e continua a ser considerado um importante testemunho histórico-arqueológico

- Mamoa de Brandião – esta mamoa é referida nas Inquirições de 1258 e, posteriormente, em 1651 relativamente ao Mosteiro de Paço de Sousa, como elemento que indicava o limite de propriedade e de denominação de localidade /concelho. Tem sido atacada, tem este testemunho da presença do homem pré-histórico passado a um conjunto de esteios fragmentados e a entrada passou a ser uma cratera…

Freguesia de Baltar
- Dólmen do Padrão – é um dos mais importantes do noroeste da península Ibérica, pelas pinturas existentes nos seus esteios, pelo facto de serem a vermelho e preto e também porque são linhas onduladas, representando a figura humana e a do sol. O que restou, depois de vandalização, em 1926, altura em que foi visitado por Mendes Corrêa, estão depositados no Museu de História Natural da Faculdade de Ciências do Porto

- Castro de S. Silvestre ou Castro do Muro de Vandoma - proto-histórico, fica a 519 m de altitude, com uma apreciável vista panorâmica, muito útil à defesa. A designação de Serra do Muro é devida à existência de uma muralha com 4m de largura e cerca de 4 km de perímetro. Na área circunscrita pela muralha foram encontrados restos de cerâmica e tégula.

- Mamoa de Ramos - fica no lugar de Ramos, em zona de pinhal e que, como os outros, foi violado, encontrando-se pedras soltas
- Necrópole do Calvário – da época romana, fica no lugar do Calvário, tendo sido descoberto nos anos 60 do séc. XX ao ser arroteado um quintal apareceram fragmentos de cerâmica. Mais tarde, em 2000 apareceram outros vestígios, ao ser aberta vela para a construção de um muro. Dos fragmentos encontrados foram colados e constituídos um copo, um pratel, quatro pratos, uma tigela, gargalo de bilha , fragmentos de asas verticais (de ânfora?) e fragmentos de vaso pintado
- Necrópole do Tanque – também da época romana, fica no lugar de Tanque e foi descoberta em 1982, ao serem abertos os caboucos para a construção de uma casa. Os fragmentos encontrados permitiram reconstituir uma tigela e uma cantarinha.
Freguesia de Bitarães
- Igreja de S. Tomé – no lugar da Igreja, terá sido construído na época medieval, como o provam os sarcófagos antropomórficos, existentes fora da igreja. Foi reconstruída no séc. XVIII tendo a fachada ficado com um frontão semi circular, rematado por dois plintos com uma urna e encimado por uma cruz. É decorado com motivos florais e apresenta também a imagem do santo padroeiro, uma janelão e dois óculos circulares. No interior, o teto é axadrezado, com pinturas de figuras religiosas. Nas paredes laterais vêem-se grandes telas figurando a morte, o purgatório, o inferno e o paraíso. Tem altar mor de talha dourada e um presépio , escultura miniatural barroca.

Freguesia de Cête
- Igreja de S. Pedro do Mosteiro de Cête – é Monumento Nacional. O Mosteiro foi fundado nos séc.. X/XI – pertenceu inicialmente à Ordem de S. Bento e, posteriormente, no séc. XVI à Ordem de S. Agostinho e a atividade do mosteiro estendeu-se até 1758, altura em que os frades prestavam assistência espiritual às populações.
A Igreja, romano/gótica, era parte do Mosteiro, tendo sido reformada nos séc. XIV e XVI e, também no séc. XX. É de nave única, de planta longitudinal, capela-mor circular, abóbada com dois arcos torais, reforçados no exterior por oito botaréus e três frestas. No interior, a abóbada é rodeada de arcadas cegas. A fachada tem um portal ogival encimado por uma pedra de armas esquartelada e uma rosácea gótica. A norte vê-se uma torre quadrada, quatrocentista, com ameias, merlões de perfil recortado e dois algerozes zoomórficos. Na entrada existe um botaréu rodeado por uma corrente de granito, característica do estilo manuelino. De realçar também
um portal de arco quebrado, tal como o arco triunfal. Este monumento faz parte da Rota do Românico e o seu enquadramento continua a ser rural

- Capela da Srª do Vale – é uma pequena capela românica, com nave e abside ligadas por um arco triunfal. Na fachada, um portal ogival, com duas arquivoltas, circundadas por uma moldura decorada. As colunas onde assentam os arcos têm capitéis decorados. A preceder a entrada está uma galilé onde está um púlpito de pedra lavrada. Também faz parte da Rota do Românico. Também o cruzeiro, em frente à capela, com a Cruz de Malta é de salientar

- Sepultura da Quinta da Coca – foram encontrados, em 1989 dois vasos pré-históricos nesta quinta, quando era arranjado o jardim.
- Casa e Jardim da Quinta de Cête – casa em estilo vitoriano, construída no final do séc. XIX, com grande jardim.
Freguesia de Cristelo
- Casa Espessande – fica no lugar de Espessande, data do séc. XVIII, mantendo as características, apesar de algumas obras de restaura e de adaptação.

- Castro do Monte do Crasto – fica no lugar de Monte do Castro, sobranceiro ao vale do Rio Sousa. Ali existem vestígios de habitações castrejas.
Freguesia de Duas Igrejas
- Casa da Agrela – data de final do séc. XVII, início do séc. XVIII, tem pátio interior. A fachada principal tem escadaria de acesso ao andar nobre foi acrescentada em finais do séc. XVIII. Na linha do beiral tem um frontão em arco com bela pedra de armas com o brasão feminino concedido por D. José I, em 1774.
Em seguimento a esta fachada temos a Capela da casa, de invocação de Nossa Srª do Carmo, que foi saqueada e incendiada durante as invasões francesas.

Freguesia de Lordelo
- Torre dos Mouros ou dos Alcoforados – data da Idade Média, é uma torre quadrangular, com dois pisos, para além do r/c. Mantém a estrutura original, com pequenas frestas ogivais, amplas e, no piso térreo uma porta encimada por um arco de volta inteira. Esta torre, pensa-se, foi essencialmente uma habitação, como muitas outras torres senhoriais de Entre o Douro e Minho, na Idade Média.

- Casa dos Dias da Silva ou Casas Altas – são duas casas que se enquadram na definição de “Casa de Brasileiro” – forma uma unidade, dominando a paisagem não só pela arquitetura como pela arte decorativa.

- Casa do Ribeiro – data de final do séc. XIX e enquadra-se também, arquitetonicamente falando na designação de Casa de Brasileiro”
- Ponte das Penhas Altas – data da Idade Média, fica no lugar de Pedras Altas, sobre o rio Ferreira, tem dois arcos redondos. O tabuleiro, as guardas e o cavalete são de aparelho irregular cujo blocos não são esquadriados.

Freguesia de Louredo
- Igreja de S. Cristóvão, Matriz de Louredo – data de 1715, comprovado pela escritura para a construção do retábulo da capela mor. A fachada tem um frontão triangular, é ladeada por duas torres sineiras. O portal é encimado por um nicho, com a imagem do padroeiro e ladeado por janelas ao nível das quais se encontram duas gárgulas de granito. No interior, tem retábulos em talha dourada, sendo que os dois colaterais são da mesma época do da capela mor.

- Pelourinho de Louredo – no lugar do Facho

- Casa da Venda (Antigo Sanatório) – no lugar de Venda, data do início do séc. XX. Foi inicialmente habitação e, posteriormente, adaptado a sanatório. Adotou estilos de arquitetura e decoração caraterísticos das mansões dos séc. XVII e XVIII. Entrou em degradação na década de 60 do séc. passado e está agora em ruínas

- Quinta de Louredo –fica no lugar de Herdade, data dos séc. XVIII, XIX e é constituída por um conjunto de edifícios, seguindo o tipo de casa rural nortenha, de Entre Douro e Minho

- Forca – apesar de ser conhecida por forca, não se sabe exatamente qual a sua função. Tem planta quadrangular, três corpos distintos sobrepostos e um remate em pirâmide. Data do séc. XIX.

Freguesia de Mouriz
- Casa e Quinta da Amoreira - , no lugar de Amoreira, data do séc. XVIII. Consta de edifício principal, capela, lagares, eira, espigueiro e tanque e ainda edifício destinado à habitação de caseiros, armazenamento de produtos e alfaias agrícolas e cortes para gado. A capela é em estilo barroco, com altar em talha dourada. Toda a quinta é murada, apresentando um belo portão principal, armoriado e encimado por duas estatuetas representando a “Amoureira” e “Mouriz”.

- Necrópole da Cruz – é de origem romana, no lugar de Cruz e foi encontrada na década de 60 do século passado, quando se procedeu ao arroteamento de um terreno de mato. Tinha várias sepulturas em cova, que continham vários vasos de cerâmica
Freguesia de Parada de Todeia
- Necrópole de Parada de Todeia – necrópole romana, no lugar de Igreja, foi encontrada em 1921 numa das encostas do cabeço onde fica a Igreja Paroquial, tendo o achado sido acompanhado por Mendes Corrêa. Nas escavações descobriram algumas sepulturas de inumação e incineração e vasos em cerâmica, uma fivela e um anel. Foram também encontrados vestígios de um povoado.
Freguesia de Sobreira
- Minas de Ouro de Castromil e Banjas – aqui se encontram vestígios de exploração de minas de ouro, no tempo dos romanos. Hoje, o Centro de Interpretação das Minas de Ouro de Castromil e Banjas divulga e valoriza o património Geológico, Arqueológico e Cultural de Paredes num espaço próprio, acolhedor e ponto de partida para visitas às Minas de Ouro de Castromil, promovidas pela Câmara Municipal, em parceria com o Departamento de Geociência, Ambiente e Ordenamento do Território da FCUP (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto)

- Aras de Santa Comba – no lugar de Stª Comba, aras ou altares talvez levados do Couto Mineiro de Banjas, para junto da Capela de Stª Comba, onde agora estão

- Couto Mineiro de Banjas – da época romana, o Couto Mineiro das Banjas,está inserido na Faixa Auroantimonífera do Douro e é constituído por seis concessões, seis poços, que vão de Sobreira a Melres, no concelho de Gondomar. Nestas minas foram explorados chumbo, antimónio e ouro, tendo os romanos explorado, sobretudo os filões de quartzo aurífero, como o provam os testemunhos, tanto a céu aberto, como subterrâneos e os espólio encontrado.
De finais do séc. XIX até meados do séc.. XX foi explorado muito antimónio e o ouro com sub produto. Das instalações antigas, ficou visível o local onde o minério era tratado.
- Ponte da Casconha – ponte da Idade Média, sobre o rio Sousa, no lugar de Casconha

- Necrópole de Vandoma – vestígios de ocupação romana, no lugar do Cabo. Foi descoberta em 1978/9, quando se procedia à construção de um depósito de água – ali foram encontrados vasos de cerâmica, um jarro de bocal trilobado e uma bilha, embora fragmentados.
Freguesia de Vila Cova de Carros
- Aqueduto e Tanques de Cima de Vila - séc. XIX, arquitetura de água – caleira escavada em blocos de granito, colocados horizontalmente, seguindo a morfologia do terreno, para levar a água às populações, a uma distância de cerca de 500 m

Freguesia de Vilela
- Carro Votivo e Espeto – este Carro Votivo, em bronze, data de meados do primeiro milénio a.C. Foi encontrado em 1920, na Bouça do Custódio, Monte da Costa Figueira – tem 38,5 cm de comprimento e, pela disposição das figuras relativamente ao carro, é muito revelador, em termos arqueológicos, dando elementos tecnológicos, sociais e religiosos de há mais de dois mil anos. Este carro votivo está no Museu da Sociedade Martins Sarmento.
