Chaves

Terra de contrastes

Concelho de Chaves foi habitado desde o Paleolítico, de que poucos vestígios restam, contrariamente ao que foi deixado por romanos e mesmo muçulmanos. Foi, sem dúvida a ocupação romana a que mais vestígios deixou, nomeadamente a ponte de Trajano e o nome – Aquae Flaviae, relacionado simultaneamente com as suas águas termais e a família de um imperador romano. 
Hoje, a cidade de Chaves, moderna, preserva a sua História e cultura, que procura ter patente a quem a visita.

Por todo o País e na região, os Romanos, que dominaram os anteriores habitantes e se instalaram preferencialmente no vale fértil do Tâmega, construíram defesas, aproveitando os antigos castros. Para facilatar as deslocações e ser parte da via Braccara – Asturiga, construíram a famosa Ponte de Trajano, que lá continua, firme. Aproveitaram as fontes de águas quentes, minero-medicinais, para os seus complexos termais, e outras riquezas do subsolo, como as minas de ouro.

  • Onde?

    O Concelho de Chaves, no Distrito de Vila Real, é um dos que fazem fronteira com a Espanha e que, no presente tem belíssimos acessos quer para as regiões próximas, espanholas, quer para Lisboa, Porto e restante País, claro, pela A24 que lhe passa mesmo ali ao lado e liga Chaves e restante concelho às grandes vias que com ela estão interligadas.
    O Concelho de Chaves é atravessado pelo rio Tâmega e o seu vale, fértil e de grande beleza. À volta, podem ver-se as serras, algumas de 1000 m de altitude, graníticas e xistosas.

    Chaves - A cidade e o rio

  • O quê?

    Foi tal a importância da localidade ali construída, que ela foi elevada à categoria de Município, no ano de 79, em que dominava Vespasiano, o primeiro César da Família Flavia – daí o nome antigo de Chaves - Aquae Flaviae
    Aquae Flaviae tinha, como qualquer cidade romana, um Forum, um Capitólio e o balneário, que os romanos não dispensavam. No Museu da Região Flaviense podemos encontrar os vestígios desta ocupação.
    Seguiram-se outros povos, que ocuparam o território e a região em particular, mas nenhum deles deixou uma marca tão profunda como os romanos. Aquae Flaviae foi também centro religioso e sede de bispado cristão, no final do Império Romano. Idácio, o Límio, foi bispo de Chaves desde 427 d.C. e descreveu, no seu “Chronicon” a invasão sueva da Península Ibérica. Foi feito prisioneiro por Frumário, rei bárbaro, que arrasou a cidade. Viu ainda a sua igreja ser demolida pelos Visigodos.

    Chaves  Castro da Curalha - Curalha

     

  • Património a descobrir

    Chaves
    - Torre de Menagem do Castelo de Chaves - foi D. Dinis que mandou reconstruir o Castelo de Chaves, para reforçar as defesas da nossa fronteira, e porque ele tinha elevado Chaves à categoria de vila, por ser uma terra com condições e localização privilegiada para essa mesma defesa.
    Hoje resta somente a Torre de Menagem. O recinto onde está implantadas, ajardinado e delimitado por muralhas construídas na altura da Guerra da Restauração, para reforçar a defesa da vila, tem expostas algumas peças do Museu da Região Flaviense.

    Chaves - Torre de Menagem

    - Igreja de Santa Maria Maior – é a igreja Matriz, medieval, com imponente torre sineira; tem portal românico. Sofreu alterações sensíveis, no séc. XVI, sobretudo nos portais e na abóbada estrelada da capela-mor, em que se destaca a Capela do Santíssimo, a ela ligada, pelo lado do Evangelho, com painéis de azulejos do estilo rococó. Merecem ainda menção a pia baptismal, o lavabo da sacristia, maneirista, e um pequeno retábulo que encima o arcaz da sacristia, em talha dourada, com elementos maneiristas e barrocos.

    Chaves - Igreja de Stª Maria Maior

    - Igreja da Misericórdia
    – fica próxima do Castelo e da Matriz. Foi construída no séc. XVII, barroca, com fachada de granito. No interior, que é de uma só nave, podem ver-se painéis de azulejos do séc. XVIII. O altar-mor é de talha dourada. A parede posterior da igreja assenta na cerca urbana medieval

    Chaves -Igr. da Misericórdia   Chaves - Igreja da Misericórdia

    - Ponte Romana de Trajano
    – esta ponte é o que de mais importante os romanos deixaram na cidade Aquae Flaviae e, desde há muito tempo o seu ex-libris. Foi construída entre o final do séc. I e o início do séc. II d.C., no tempo do Imperador Trajano. A ponte tem cerca de 150 m de comprimento – por isso, pelos 12 arcos que tem e pela maneira como foram construídos, ela é uma grande obra de engenharia. No meio, a ponte tem dois marcos honoríficos, louvando os flavienses e os outros povos que ajudaram na construção. Foi o principal acesso à cidade, até aos anos 50 do século passado, altura em que se tornou necessária uma outra, mais ajustada às necessidades. Hoje é ponte pedonal.

    Chaves - Ponte de Trajano

    - Paço do Duque de Bragança
    - fica no centro histórico de Chaves, junto à Torre de Menagem. Foi mandado construir por D. Afonso, filho ilegítimo de D. João I, quando se casou com D. Beatriz, filha de D. Nuno Álvares Pereira. A construção terá sido iniciada em 1410 e foi aí que nasceram os três filhos do casal. Foi posteriormente modificado, para aí ser instalada a Guarda Principal de Trás-os-Montes e, posteriormente, outras funções militares. Do traçado inicial do Paço não se vislumbra praticamente nada. Hoje é lá que funciona o Museu da Região Flaviense.

    Chaves -Paço do Duque de Bragança

    - Museu da Região Flaviense- como dito acima, está instalado no Paço construído para residência de D. Afonso e D. Beatriz. Curiosamente, D. Afonso era dedicado às artes e às letras, sendo um homem muito culto.
    O Museu tem expostas peças comprovativas da ocupação da região por vários povos – pré-romanos, romanos, suevos e árabes. Merecem destaque as aras romanas, votivas e os marcos miliários.

    Chaves - Ara (altar) romana        Chaves - Marcos Miliários

    Encontram-se ainda, no Museu, outros testemunhos, de outras épocas anteriores, como pontas de lança, punhais, esculturas e objetos de adorno, alguns em ouro, como o da foto, que provam também a riqueza aurífera do subsolo cujas minas de ouro, já na altura, eram exploradas. Muitas peças encontradas na região de Chaves estão expostas em museus nacionais como o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Martins Sarmento e até no British Museum, em Londres.

    Chaves - Adorno em ouro

    - Forte e Convento de S. Francisco – tendo sido fundado como Convento de S. João da Veiga, da Ordem dos Templários, veio mais tarde a consagrar-se à Ordem da Soledade de S. Francisco, cujo Capítulo decidiu, em 1629 construir um novo Forte, em Chaves, junto à Igreja de Nª Srª do Rosário. D. João IV, deu grande apoio a esta construção que desempenhou papel importante nas lutas pela Restauração da Nacionalidade e durante as Invasões Francesas. Hoje no perímetro do Forte funciona um hotel.

    Chavesw - Forte e Convento de S. Francisco

    - Igreja de Nª Srª do Rosário – a existente capela foi reconstruída e transformada em Igreja, aquando da construção do Forte. Pertence atualmente ao Hotel S. Francisco.

    Chaves - Igr. de Nª Srª do Rosário

    - Capela de Stª Catarina – séc. XIII, é uma capela de planta longitudinal, com coro alto, de arquiteturta maneirista e barroca.
    - Capela - Hospital Real e Igreja de São João de Deus - O Hospital Real foi construído no séc. XVII., para assistir os soldados e oficiais do Regimento de Infantaria de Chaves. Sendo dirigido por frades, foi mandada erigir uma igreja que, após a extinção das ordens religiosas foi profanada várias vezes, tendo também sido sujeirta a várias obras de restauro

    Chaves - Hospital Real e Ig. de S. João de Deus

    - Capela de Nª Srª da Lapa
    – foi construída no séc. XVII, apresentando, na fachada portal, janelas e óculo com decoração vegetalista em que se destaca a que ladeia o portal, impressionante trabalho de canteiro, a imitar os trabalhos de talha, em madeira. Numa ombreira da porta da sacristia pode ver-se uma caixa de esmolas muito fora do comum – em madeira pintada

    Chaves-Capela de Nª Srª da Lapa

    - Capela de Nª Srª do Loreto –foi construída no final do séc. XVII (1696), pelo abade de Monforte, que nela fez depositar as relíquias de S. Bonifácio Mártir. É uma capela maneirista, com coro alto, e fachada interessante. No interior, cobertura em falsa abóbada de berço abatido, em caixotões pintados e retábulo em talha dourada, barroco.

    Chaves - Capela de Nª Srª do Loreto         Chaves - Capela do Loreto -interior

    - Pelourinho de Chaves – data do séc. XVI, o pelourinho, símbolo de autonomia judicial. Foi retirado em final do séc. XIX e recolocado em 1910, embora não tivesse sido essa a última vez que foi mudado. O capitel, constituído por pirâmide invertida e truncada, lavrada, tem um brasão numa das faces. No topo tem cinco colunelos, nos cantos e um no centro, este encimado por uma esfera armilar.

    Chaves -Pelourinho de Chaves   Chaves - Pelourinho-Capitel

    - Forte de S. Neutel – forte seiscentista, tipo Vaubun, com duas linhas de muralhas e fosso interno, semelhante ao de S. Francisco, que lhe fica próximo. Tem belo portal armoriado, com inscrição de que consta a data de construção, uma bela fonte de mergulho, e a Capela de Nª Srª das Brotas, em estilo maneirista.

    Chaves - Forte de S. Neutel

    - Edifício da Câmara Municipal-
    pertenceu ao Morgado de Vilar de Perdizes. No séc. XIX o então presidente da Câmara propôs a sua compra, para lá serem instalados os serviços camarários. Assi m foi feito.

    Chaves - Edifício da Câmara

    - Museu de Arte Sacra da Região Flaviense
    - está localizado num edifício anexo à Igreja Matriz e reúne o acervo de arte sacra da cidade e do concelho, com especial destaque para elementos ligados a Idácio o Límico, bispo de Chaves, que se notabilizou pelo seu “Chronicon” – escritos em que narra a invasão da região pelos bárbaros, de que foi vítima, ao ser preso por Frumário, o rei suevo que arrasou a cidade Flaviense.
    Outro dos pontos de interesse é o painel dedicado à Serra do Larouco, cuja massa “disforme e abrupta que irrompe no horizonte” fascinou o imaginário do Homem desde a Pré-História, que lhe deu uma essência mais divina que terrena, como provam os altares em louvor da “serra e do deus que dela emana, o deus Larouco”

    Chaves -Museu Arte Sacra-Altar Serra (deus) Larouco

    Podemos ver também, no museu, o baú “sepulcro domino” e estátuas de vários santos, como Nª Srª de Fátima, Stª Bárbara, Stª Ana, Menino Jesus de Praga e S. Joaquim e outros e um conjunto de objetos litúrgicos, como crucifixos, castiçais, cálices, galhetas, missais, paramentos e outros.

    Chaves - Museu de Arte Sacra   Chaves - Museu Arte Sacra

    - Museu Militar de Chaves – está instalado na Torre de Menagem, e foi criado em 1978, altura em que foram comemorados os 19 séculos do Município de Chaves. Tem quatro pisos, cada um com temas diferentes, dentro da história militar de Portugal e sempre mostrando armas, espadas, uniformes, bandeiras, peças de artilharia e outras que foram sendo usadas pelo nosso Exército. Assim, em pisos diferentes são expostas peças usadas na época da Reconquista, entre elas um elmo e espada de D. João I, uma bandeira da fundação de Portugal e da Ordem de Avis, e armaduras e espadas do séc. XVII. Outro dos pisos é dedicado às Guerras Peninsulares (1808-1815), com armas e uniformes – não esqueçamos que a 2ª Invasão Francesa, liderada por Soult, entrou em Portugal pela região de Chaves.  
    O 3ª piso é dedicado à I Guerra Mundial – 1914/18 – com o espólio do General José Celestino da Silva que, não tendo participado na 1ª Grande Guerra, foi um distinto militar flaviense que, durante 14 anos foi Governador da então Província de Timor, lugar que exerceu com saber e inteligência, procurando a pacificação e boa relação com os locais, preservar espécies botânicas como o sândalo e introduzir culturas, como a do café, mandar construir o primeiro porto acostável do território … Quando, o rei D. Carlos – que foi subalterno do General no Regimento de Infantaria Nº 2 do Príncipe D. Carlos - morreu, no regicídio de 1908, o General, até aí protegido pelo Rei, foi destituído e, para regressar a Portugal, contou com a ajuda pecuniária de um malaio. O café de Timor é um dos melhores do Mundo…
    No 4º piso, a exposição é dedicada à Guerra Colonial (1961-1974) e mostra sobretudo material capturado às forças inimigas, como canhangulos, metralhadoras, azagaias, catanas e outras. A paisagem que se desfruta do cimo da Torre é magnífica.

    Chaves - Museu Militar

    - Núcleo de Chaves do Museu Ferroviário
    – está instalado numa antiga “cocheira “ de carruagens e o edifício da estação é um espaço sócio cultural – o caminho de ferro, inaugurado, em Portugal, em 1856, com o percurso Lisboa – Carregado, chegou a Chaves em Agosto de 1921.

    Chaves -Museu Ferroviário

    - Barragem Romana da Abobeleira
    – foi construída pelos romanos, para abastecimento da cidade de Aquae Flaviae, na embocadura da Ribª de Sanjurge, próximo da localidade de Abobeleira. Os muros da barragem teriam 5m de largura e 20m de altura, construídos com blocos graníticos, ligados por “opus caementicium”, o cimento inventado pelos romanos, bastante duradouro. O escoamento da água, para a cidade era feito por um aqueduto, de que só resta um tramo inicial.

    Chaves - Barragem da Abobeleira

    - Complexo Termal de Chaves – os romanos, usuários na instalação dos seus balneários, com águas quentes e frias, desfrutaram desta água termal única, há mais de 2000 anos.
    Hoje, as Termas de Chaves providenciam um alargado leque de serviços não só terapêuticos como de beleza e recuperação do corpo e logo, da mente.
    As Termas de Chaves ficam em plena cidade, na margem direita do Rio Tâmega, numa belíssima paisagem, em que se pode encontrar a Fonte do Povo e a Buvete, em que os visitantes podem saborear a água das Caldas de Chaves, a título gratuito.

    Chaves - Termas

    - Parque Botânico e Zoológico da Quinta do Rebentão – neste parque promove-se o contacto com a natureza, os animais – gamos, póneis, javalis, cabras, aves - numa zona verde, em que se preserva a paisagem típica da região. O Parque Biológico existente proporciona também a possibilidade de os visitantes se abstraírem do ruído normal de uma cidade, absorvendo o ruído natural de um parque como este, com animais, aves, árvores, ribeiro e o seu marulhar… Existe, também, no Parque uma Quinta Pedagógica que passa às crianças o contacto com a vida no campo e os seus afazeres.

    Chaves - Parque Quinta do Rebentão

    Freguesia de Águas Frias
    - Castelo de Monforte de Rio Livre- o castelo foi construído entre os séc. XIII e XIV, altura em que Monforte de Rio Live era um senhorio do Príncipe D. Francisco, irmão de D. João V. Era um concelho, medieval, que foi já extinto. Quase todo o conjunto edificado foi-o no final do séc. XIII início do séc. XIV. No interior do castelo existia a Casa da Câmara, Igreja Paroquial e a Capela de Nª Srª do Prado, construções que se mantiveram até ao séc. XVIII. A Torre de Menagem, que dá ao castelo o seu cariz militar, foi construída em 1312.

    Chaves-Castelo Monforte de Rio Livre -Águas Frfias

    Freguesia de Cimo de Vila de Castanheira
    - Igreja de S. João Baptista
    – data dos séc. XIII/XIV. É uma pequena igreja de nave única, capela mor mais baixa e estreita que a nave, a que está ligada a sacristia. Tem também, junto à sacristia, uma torre, que terá sido sineira. Nas paredes laterais podem ver-se pinturas murais do séc. XVI. Logo à entrada há uma pia batismal, em granito.

    Chaves-Ugr. de S. João Baptista-Cimo de Vila de Castanheira

    Freguesia de Curalha
    - Castro da Curalha
    – é um povoado fortificado, circundado por três linhas de muralhas, que se pensa ter sido ocupado entre os séc. VIII/VII a.C. e I/II d.C.
    Tem planta elipsoidal e, internamente a disposição das habitações, quadradas, ao longo de um arruamento. Existem também habitações, do mesmo tipo, encostadas à muralha. O espólio do Castro da Curalha está patente no Museu da Região Flaviense e é composto, entre outras coisas, de moedas, contas de colar, tégulas, outro tipo de cerâmicas, mós redondas e objetos de bronze e escórias.

    Chaves - Castro da Curalha - Curalha       Chaves - Castro da Curalha - Curalha

    Freguesia de Eiras, S. Julião de Montenegro e Cela
    - Igreja Paroquial de S. Julião de Montenegro
    – séc. XIII, românica, que, como a de Stª Leocádia, teve a fachada modificada, no séc. XIX. Na capela existe um grande retábulo de talha dourada, muito decorado.

    Chaves - Igr. Matris - S- Julião de Montenegro

    - Cruzeiro de Eiras - Séc. XVII. Uma inscrição diz que foi construído em 1650.

    Chaves - Cruzeiro de Eiras

    Freguesia de Mairos
    - Casa do Abade de Baçal
    – casa singular, construída no séc. XIX, onde viveu este abade que foi pároco de Mairos e, simultaneamente, se dedicava à investigação, nas áreas da história e sobretudo da arqueologia. A ele se devem alguns achados arqueológicos importantes. Em 1925 o Abade de Baçal foi designado director-conservador do Museu Regional de Bragança que, desde 1935, se chama do Museu do Abade de Baçal.

    Chaves - Casa Abade Baçal -Mairos

    - Estação de Arte Rupestre do Tripé de Mairos
    - vários penedos graníticos estão inscritos motivos variados, antropomorfos, círculos simples, ferraduras, paletas, covinhas dispersas, duas figuras de equídeos, uma delas montada, um atleta exibindo a sua força, pegadas gravadas na rocha – uma de adulto e duas juvenis, uma laje esculpida nas duas faces – numa delas representa um casal a caminhar, na noite, ele com um archote de palha, aceso e apoiado num varapau. Pensa-se que datará do Calcolítico e Bronze Inicial.

    Freguesia de Nogueira de Montanha
    - Igreja Paroquial -
    séc. XIII, românica, tendo a fachada sido modificada no séc. XIX, por construção de campanário. O corpo é formado por duas naves, de épocas diferente, separadas por dois arcos. A Capela-mor, mais baixa que a nave, tem dois altares laterais.

    Chaves - Igreja Matriz - Nogueira de Montanha

    Freguesia de Outeiro Seco
    - Igreja de Nª Srª da Azinheira
    - séc. XIII, uma das igrejas mais originais do período tardo-românico da região de Chaves. Tem nave única e capela–mor quadrangular com teto de madeira. A porta principal é ornamentado por capitéis com decoração vegetalista e zoo-antropomórfica.

    Chaves-Igr. Matris de Nª Srª Azinheira- Outeiro Seco

    Freguesia de Planalto de Monforte
    - Pedra Bolideira – Monumento Natural
    – fica próximo da povoação de Bobadela de Monforte, junto à EN103, a 18 km de Chaves. É um maciço granítico, como tantos outros que se observam, da Serra do Brunheiro que tem a particularidade de, apesar do seu peso brutal, de várias toneladas e das suas dimensões (3 m alt x 10m comprimento), oscila se se lhe dá um “empurrão” É de facto surpreendente.

    Chaves - Pedra Bolideira - Planalto de Monforte

    Freguesia de Redondelo
    - Solar do Visconde de Rosário

    Chaves - Solar do Visconde do Rosário - Redondelo

    - Quinta da Macieira
    – séc. XVIII, com portal, fachada da capela e varanda da fachada principal em estilo barroco.

    Freguesia de Santa Leocádia
    - Igreja de Santa Leocádia – séc. XIII, românica, é já referida num documento régio, em 1264. É constituída por uma nave, a que está ligada a capela-mor. Foi modificada no final da Idade Média, mediante uma impressionante composição mural, terminada já no séc. XVI e englobando elementos renascentistas.

    Chaves - Igr. Matriz Stª Leocádia - Stª Leocádia

    Freguesia de Stº Estêvão
    - Castelo de Stº Estêvão
    – de acordo com os relatos, já existia uma grande propriedade rural, possivelmente fortificada, no séc. XI e, em 1212 o castelo existia, uma vez que foi conquistado por Afonso IX de Leão e Castela, a pretexto de defender os direitos da sua filha, a Infanta D. Teresa. Só em 1231, após o acordo de paz do Sabugal o castelo voltou para a coroa portuguesa. A sua localização levava a que se desse ali o encontro entre os reis português e de Castela, nomeadamente D. Afonso III foi ao castelo de Stº Estêvão, em 1253, para receber a sua futura esposa, D. Beatriz

    Chaves - castelo de Stº Estêvão - Stº Estêvão

    Freguesia de Calvão e Soutelinho da Raia
    - Igreja Paroquial de Soutelinho da Raia
    – séc. XVII/XVIII, barroca, dedicada a Santa Bárbara. No interior podem ver-se restos de frescos que teriam decorado as paredes, na primitiva feição renascentista da igreja e talha polícroma nos altares mor e laterais.

    Chaves - Igr. Matriz - Soutelinho da Raia

    Freguesia de Soutelo e Seara Velha
    - Outeiro Machado
    – conjunto de insculturas, num rochedo de 16m de comprimento por 6m de largura. As cerca de trezentas representações estão dispostas em orientações diferentes e constituídas por símbolos diferentes. A maior parte dos símbolos surge de modo isolado, sem ligação com os restantes.

    Freguesia de Vale de Anta

    - Capela da Granjinha – românica, construída no séc. XIII, é uma das mais interessantes igrejas deste estilo, em Trás-os-Montes, embora de construção e decoração muito simples. O povoado tem origem em tempo muito anterior ao da construção da igreja, pensando-se que terá sido uma “Villae” romana.

    Chaves - Capela da Granjunha - Vale da Anta

    Freguesia de Vidago, Arcossó, Selhariz e Vilarinho das Paranheiras
    - Igreja de Nª Srª da Conceição de Vidago -
     construída no séc. XX, com traça próxima das igrejas românicas

  • Gastronomia

    A gastronomia flaviense é excecional, a começar pelo presunto de Chaves, famoso desde sempre e, preparado por “cozinhas” e particulares. Também famoso é o pastel de Chaves, cujo surgimento aconteceu há 154 anos de uma maneira peculiar – tem início em 1862, altura em que uma vendedora desconhecida aparecia e vendia os seus pastéis com uma forma diferente do usual, mas muito bons. A vendedora não conseguia fornecer uma quantidade suficiente para toda a procura que os pastéis tinham. Como tal a fundadora da Casa do Antigo Pasteleiro ofereceu-lhe uma libra pela receita daquela iguaria… considerada dos melhores pastéis folhados de Portugal.
    Também famoso é o folar de Chaves, confecionado com os bons enchidos da região e presunto. Dos enchidos pode referir-se as alheiras, a linguiça, o chouriço da cabeça, o salpicão e a bucheira.
    De pratos característicos, podemos referir sopa de couve penca de Chaves, caldo de Feijão vermelho, arroz de fumeiro, palhada, casulas ou cascas, bexiga e paloio cozido com espigos ou grelos, cozido à transmontana, arroz de sanchas, coelho bravo à caçador, peixe do rio de cebolada, polvo cozido, sardinhas em filetes panados, roupa velha, espigos cozidos e arroz de espigos, chícharos cozidos, pão de centeio (em forno de lenha), leite-creme tostado, doce de cabaça, doce de gila, rabanadas, filhós de jerimu, sonhos de abóbora, aletria de leite e arroz doce.

    Chaves - presunto               Chaves - folar de Chaves

    Chaves - Pastéis de Chaves        Chaves - Arroz de Espigos

    Chaves  Aletria de leite


  • Feiras, Festas e Romarias

    Das cerca de quarente freguesias do Concelho de Chaves todas têm, pelo menos, duas festas religiosas, divididas pelos vários meses do ano, embora com maior incidência nos meses de junho, julho e agosto. Este é o link do site da Câmara Municipal de Chaves, para consulta detalhada:

    - Freguesias e Festas Religiosas

    Referimos as seguintes Festas, por serem comemoradas só nestas freguesias:
    Freguesia de Redondelo – Festa em Honra de S. Martinho – 11 de novembro
    Freguesia de Santa Leocádia – Festa da Penitência de Stª Leocádia a Matosinhos – realiza-se de 7 em 7 anos
    Freguesia de Santa Maria Maior (a de Chaves) – Festa em Honra de Nª Srª das Brotas – domingo de Pascoela

  • Acessos e Distâncias
    LISBOA  435 km PORTO  152 km
    Aveiro  216 km Guarda  223 km
    Beja  568 km Leiria  303 km
    Braga  121 km Portalegre  407 km
    Bragança  107 km Santarém  366 km
    Castelo Branco  320 km Setúbal  468 km
    Coimbra  234 km Viana do Castelo  177 km
    Évora  506 km Vila Real   70 km
    Faro  671 km  Viseu  149 km
  • Itinerários Possíveis

    Itinerário 1
    Chaves (A) – Vale de Anta (B) – Curalha (C) – Redondelo (D) – Anelhe (E) – Vilarinho das Paranheiras (F) – Vidago (G) – Stª Leocádia (H) – S. Pedro de Agostém (I) – Chaves (J)
    Visita de Chaves, do seu património, como do das freguesias e lugares indicados. Para além do património, a paisagem e a gastronomia merecem atenção.

    Total de km – 63 km
    Tempo de percurso – 1 horas e 22 minutos, só o tempo de condução
    Estradas – por estradas nacionais e municipais

    Chaves - Itinerário 1

    Itinerário 2
    Chaves (A) – Nogueira da Montanha (B) – Eiras (C) – S.Julião de Montenegro (D) – Bobadela (E) – Águas Frias (F) – Stº Estêvão (G) – Outeiro Seco (H) – Chaves (I)

    Como o anterior também este itinerário passa pelas indicadas freguesias de Chaves, cujo património, merece visita demorada, para aproveitar, simultaneamente, a paisagem, o bom ar e a boa gastronomia.

    Total de km – 85 km
    Tempo de percurso – 1 hora e 38 minutos, só o tempo de condução
    Estradas – por estradas nacionais e municipais

    Chaves - Itinerário 2

    Itinerário 3
    Chaves (A) – Paradela (B) – Cimo de Vila da Castanheira (C) – Sanfins (D) – S. Vicente (E) – Lama de Arcos (F) – Vila Verde da Raia (G) – Chaves (H)
    Apreciar o património e a paisagem deste itinerário, desfrutando também da gastronomia local.

    Total de km – 84 km
    Tempo de percurso – 1 horas e 42 minutos, só o tempo de condução
    Estradas – por estradas nacionais e municipais

    Chaves - Itinerário 3

    Itinerário 4
    Chaves (A) – Vilarelho da Raia (B) – Ervededo (C) – Calvão (D) – Soutelinho da Raia (E) – Bustelo (F) – Sanjurge (G) – Chaves (H)

    Apreciar o património e a paisagem deste itinerário, muito próximo da linha de fronteira. Desfrutar também da gastronomia local.

    Total de km – 60 km
    Tempo de percurso –1 hora e 15 minutos, só o tempo de condução
    Estradas – por estradas nacionais e municipais

    Chaves - Itinerário 4

  • Parceiros ACP

    PARCEIROS ACP
    Abaixo estão os links para todos os parceiros existentes no Distrito de Vila Real a que o Concelho de Chaves pertence, e que oferecem descontos aos sócios, mediante a apresentação do cartão de sócio.


    - Hotéis
    - Solares 
    -Turismo Rural
    -Restaurantes

     

     

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