Grândola
- Ruínas Romanas do Cerrado do Castelo – data dos séc. I, III/IV a.C. e fica no pátio da escola primária. Conjunto de estruturas, certamente termas formando compartimentos entre si, com muros pavimentados com “opus signium”, o betão dos romanos, constituídas por quatro pequenos tanques, uma piscina e duas salas.

- Barragem Romana do Pego da Moura – data dos séc. I/III a.C. e fica a 2 km a sul de Grândola, num pequeno afluente do rio Davino. A barragem tem, agora altura de 3,30m e 34m de comprimentos, sendo que a área da bacia hidrográfica atinge os 2,3 km2. Os muros apresentam também o “opus signium”. Fica no local de Pego da Moura.

- Igreja de S. Sebastião - séc. XVI, foi construída em 1578, em homenagem ao santo e ao rei do mesmo nome. Fica no Largo de S. Sebastião, onde era o limite de Grândola, no séc. XIX. É simples, de estilo maneirista, com duas portas na fachada, uma pequena janela, uma torre sineira, duas cornijas e uma cruz de ferro encimando o pináculo. O interior é de uma nave.
-Museu de Arte Sacra, está instalado na Igreja de S. Sebastião e dispõe de uma vasto e variado património religioso, que vem desde o séc. XIII, altura da reconquista aos mouros e da entrega, por parte do rei, das terras às ordens religiosas – no caso a entrega das terras de Grândola à Ordem de Santiago da Espada. A localização de Grândola, numa encruzilhada de caminhos, deu-lhe grande importância no final da Idade Média
- Igreja Matriz de Grândola – fica na Praça Marquês de Pombal. É barroca, neoclássica, simples, de interior também barroco, com talha em altares laterais, com colunas rematadas por arquivoltas concêntricas. Retábulo-mor neoclássico, séc.XV.

- Ermida de Nª Srª da Penha de França – fica na Serra de Grândola e é um edifício religioso do séc. XVIII cujas paredes são cobertas por painéis de azulejos azuis e brancos. Os da capela-mor são historiados.
- Igreja de S. Pedro – na rua de Melides, é dedicada a S. Pedro e é um edifício pobre, com capela lateral no estilo gótico alentejano, do séc. XVI. Junto à igreja existem ainda as casas onde se recolhiam as freiras da Ordem do Carmo.
- Igreja de S. Barnabé – fica na margem direita do rio Davino, a poucos km de Canal Caveira. Data do séc. XVII e foi construída pelo prior de Grândola, Barnabé Afonso Barradas, que também pagou pelas obras. É um edifício simples, térreo, com alpendre à frente, amparado por duas colunas e um telhado de três águas. Após o 25 de Abril, foi vandalizada e, em parte, destruída.
- Antigos Paços do Concelho – datam do séc. XVII / XVIII e ficam na Praça D. Jorge. Neste edifício, funcionaram os serviços municipais, o tribunal, a cadeia e o registo civil. Tem dois pisos, um telhado de três águas e um campanário com pináculo. A fachada tem onze janelas, as do primeiro andar com grades de ferro forjado. No campanário, vê-se um relógio e um sino. Ainda na fachada, a oeste, há uma escadaria que tem, no final, duas portas - uma, com um brasão, dá entrada para o primeiro piso, a outra dá acesso ao campanário

- Chafariz de Apaulinha – fica em Grândola, junto à estrada Grândola / Tróia e data do séc. XIX. Foi mandado construir pelo município, para aumentar os locais de abastecimento de água. É constituído por uma parede de linhas direitas, um brasão com a data de construção, um pequeno pináculo, no cimo, dois bebedouros e um tanque redondo e 17 colunas, para além das bicas, hoje substituídas por torneiras ligadas à rede de abastecimento.
- Coreto de Grândola – data de 1927, foi construído por subscrição pública, tem gradeamentos em ferro forjado.
- Estátua do Dr. Jacinto Nunes – inaugurada em 1980, construída por subscrição pública para homenagear este republicano e democrata
- Estátua do Dr. Evaristo de Sousa Gago – também construída por subscrição pública, para homenagear o excelente médico. Data de 1981.
- Memorial ao 25 de Abril – data da comemoração dos 25 anoas do 25 de Abril, fica na entrada norte e consta de uma parede curva encimada, ao centro, por um círculo no qual está desenhado um cravo

- Monumento à Liberdade – no Largo Catarina Eufémia, data de 1999 e é uma escultura antropomórfica, uma forma a nascer da terra, com três ângulos diferentes, uma vez que fica na confluência de três ruas
- Monumento a José Afonso – estátua do próprio cantor e autor
- Antigas Minas de Canal Caveira - extracção de pirites

- Estação de Caminho de Ferro de Canal Caveira

Freguesia de Azinheira de Barros e S. Mamede de Sádão
- Pata do Cavalo, Monumento Megalítico – fica no alto de um outeiro, isolado, junto a um eucaliptal e domina as cercanias. É constituído por galeria rectangular e cripta poligonal de 6 m de diâmetro, com orientação E/O e acesso pelo lado nascente. A galeria é marcada por 4 esteios em travessão, não muito grandes e a cripta por 8 esteios, alguns deles de grandes dimensões.

- Ruínas da Igreja de S. Mamede - data de princípios do séc. XVI e está completamente em ruínas. Era de propriedade privada e ficava na antiga aldeia de S. Mamede de Sádão, da qual restam somente vestígios.

- Igreja de Nª Srª da Conceição – em Azinheira de Barros, data do séc. XVI e é, no presente, um edifício de piso térreo, telhado de duas águas, com um corpo r3ectangular e altar-mor, um baptistério e uma sacristia laterais e ainda uma torre sineira quadrangular, com um só sino.

- Ermida de Stª Maria do Viso – no lugar de Viso, data de finais do séc. XV, de arquitectura tradicional alentejana, é de piso térreo, constituído pelo corpo da igreja, uma sacristia, uma torre sineira, independente. O portal é de mármore. O interior tem uma nave, sem Capela-mor, capelas laterais e imagens – tem apenas um pequeno altar.

- Restos de um Moinho, no lugar do Viso

- Complexo Mineiro do Lousal - A faixa Ibérica, subterrânea, de pirites estende-se do Vale do Sado a Sevilha, com cerca de 250 km de extensão e 40 de largura. A Mina do Lousal, explorou esta mesma faixa, entre 1900 e 1988, data em que encerrou a extracção de minério.
A História destas minas começa com a descoberta, por um lavrador de nome António Manuel, da jazida do Lousal, em 1882, para a qual se apressou a requerer o respectivo diploma ao Ministério das Obras Públicas e Minas. A mina foi registada em seu nome e, tendo obtido a concessão provisória em 1885. Esta mesma concessão foi transmitida ao Eng. de minas Alfredo Masson, que a explorou até 1899, data em que cessou a exploração. Seguiram-se outros detentores da mesma mina, ao longo dos anos, tendo outras concessões sido obtidas e exploradas ao longo dos anos. Foi, no entanto, nos anos 30 do Séc. XX, que se assistiu a uma exploração mais intensa das Minas do Lousal, devida à crescente importância e valor económico das pirites cupríferas, em virtude do ácido sulfúrico. Várias fábricas consumiam as pirites, não só do Lousal como de Aljustrel.

Nos finais dos anos 50, inícios dos anos 60 foram iniciados estudos para a mecanização das minas do Lousal, tendo sido efectuados contactos com outras minas estrangeiras, nomeadamente as de Montevechio, na Sardenha, cujo chefe de serviços tinha sido o inventor das pás carregadoras pneumáticas e dos camiões pneumáticos, ambos auto-transportadores. Estes transportam os entulhos e ficaram depois denominados “dumpers”. Este processo, da mecanização, foi concluído cerca de 1962 e, de seguida procedeu-se à ligação à rede rodoviária nacional, trabalho efectuado por trabalhadores que, por força da mecanização, passaram a excedentários. Seguiram-se acções de carácter social, como a construção de habitação para o pessoal, posto médico, casa de saúde, farmácia, salão de festas e casas comerciais.

Toda esta zona, afecta à exploração mineira, passou a ter um aspecto de abandono e degradação, após o fim da exploração das minas, que deixaram, naturalmente, restos visíveis e inevitáveis. No entanto, cerca de dez anos após o fim da exploração mineira, o antigo proprietário, aliado à Câmara Municipal, decidiram reabilitar toda a zona, económica e socialmente, juntando ainda uma componente cultural – prende-se com a criação de equipamentos hoteleiros – hotéis, turismo rural, parques de campismo, restaurantes – e criação de micro-empresas que suportem a realização da dita parte cultural, assente na transformação em Museu da Mina do Lousal, que passou a chamar-se “Museu Mineiro”. Este Museu tem patente a história mineira, mediante a reabilitação do património e respectiva exposição, oferece a facilidade de consulta dos arquivos, e ainda uma possibilidade de tomar contacto com o universo das minas, da mineração e dos mineiros.
Tem também a “Mina de Ciência – Centro de Ciência Viva do Lousal” – Centro moderno e fascinante, com conteúdos interactivos e espaços dedicados às Ciências Naturais e Exactas – Geologia, Biologia, Física, Química e Matemática e às Ciências do Virtual e Computação Gráfica.

Este complexo tem também um Centro de Artesanato do Lousal onde podemos encontrar trabalhos em ferro forjado, tecelagem, mobiliário em madeira pintada, pintura em cerâmica, trabalhos em pele, rendas e bordados.
- Monumento Megalítico do Lousal – monumento funerário, também do eneolítico e datado de 2000 a.c. Fica localizado no Monte Lousal, 900 m a SW do marco geodésico de Barros. Era inicialmente coberta por mamoa, de que ainda se vêem vestígios.

Freguesia de Carvalhal
- Ruínas Romanas de Tróia – ficam no extremo de Península de Tróia, mesmo em frente a Setúbal. Foi um dos mais interessantes conjuntos fabris de conserva de peixe, do Império Romano na Península Ibérica, cuja construção data do séc. I d.C. e que deve ter tido actividade até finais do séc. IV, inícios do séc. V d.C.

Para além dos tanques de salga de peixe e marisco, “cetárias”, onde era produzido o “garum”, apreciado condimento do tempo dos romanos, existiu uma área habitacional, com residências de um e dois pisos, com mosaicos e pinturas murais ou frescos. Existiam também, como não podia deixar de ser, as termas, com caldário e frigidário, tinas de banho e sala de convívio, cujo solo era coberto por mosaico.

Existiam ainda três necrópoles e um templo Paleocristão, chamado a capela Visigótica, que preserva ainda o revestimento com pinturas a fresco. Desde o séc. XVI que esta este conjunto arqueológico tem passado por várias intervenções, intercaladas por períodos de abandono o que terá levado a grande perda de elementos arqueológicos.
Freguesia de Melides
- Igreja de Santa Marinha – pensa-se que data do séc. XV. É um edifício térreo, com telhado de duas água, três botaréus a sul, uma pequena torre sineira, sem sino, na parede sul, e a sacristia fica no lado norte. O interior é de uma nave com a base de um púlpito, à esquerda e, à direita, um nicho e a capela-mor , esta com três nichos e uma porta de acesso à sacristia.
- Pedra Branca – Vale Figueira – monumento funerário, data do calcolítico. Os corpos encontrados, nas escavações de 1972 estavam rodeados de muitos objectos de carácter, tanto utilitário como ritual, como vasos, contas de colar, machados de pedra polida, etc.
- Necrópole das Casas Velhas – lugar de Casas Velhas – monumento funerário, da Idade do Bronze, entre 1500 e 700 a.c. Necrópole com sepulturas tipo “cistas”, de reduzidas dimensões, inseridas em recinto tumular
- Igreja de S. Pedro de Melides – data do séc. XVII. É de piso térreo com campanário saliente rematado por cinco cornijas, quatro janelas sineiras, três sino e um relógio com dois mostradores em mármore – um na fachada principal e outro na lateral direita. No interior existe um coro alto e, na cabeceira o altar mor.
- Olaria de Melides – de arquitectura rural é constituída por uma oficina e um forno de tipo romana. É térrea, tem duas divisões, uma delas, a principal, onde o oleiro trabalha, secam as peças e estão as duas rodas de oleiro. Na outra, está o forno, redondo e abobadado.

Freguesia de Stª Margarida da Serra
- Igreja de Stª Margarida da Serra – data da 2ª metade do séc. XV. De piso térreo, tem galilé e arquitectura maneirista. No interior, altares de talha dourada.