Mondim de Basto
- Núcleo Histórico – a vila desenvolveu-se à volta de uma Capela, a do Santíssimo Sacramento e da Paixão do Senhor e não da Igreja Matriz, como seria natural. Este núcleo alberga, nas suas ruas antigas, belas casas em granito, belos portões em ferro forjado. Ali vivia todo o género de artífices, do alfaiate ao sapateiro, canteiro, ferreiro, que também ali tinham as suas oficinas. São dignas de nota as Ruas Velha, de Vila Cova, das Lages e outras.
É neste espaço que ficam os Paços do Concelho e o Jardim Público, as Casas do Casal, do Conselheiro e do Balcão, para além do edifício da Stª Casa da Misericórdia.

- Capela de Stª Quitéria – séc. XVIII, com fachada pouco habitual, na região, tendo um nicho sobre o portal, tudo encimado por cornija arqueada. No interior tem retábulos em talha, um barroco e um maneirista. Embora fizesse parte de uma casa particular, tinha uma porta lateral que permitia que a população da zona lá assistisse ao culto.
Nas fotos a Capela e os dois edifícios adjacentes, um deles o da Câmara Municipal

- Santuário de Nª Srª da Piedade
- Igreja Matriz de S. Cristóvão – reconstrução do séc. XVII/ XVIII
- Capela de Nª Srª da Piedade – séc. XVIII
- Capela do Senhor da Ponte – séc. XVIII – está prevista a sua demolição por causa da construção de uma barragem. Fica no lugar de Montão, pertencente à freguesia de Mondim de Basto
- Capela de S. Sebastião
- Capela de S. Bartolomeu – fica no lugar de Pedra Vedra, da freguesia de Mondim de Basto
- Capela de Santa Luzia – fica no lugar de Vilar de Viando, da freguesia de Mondim de Basto
- Capela do Sr. da Cruz – fica no lugar de Vilar de Viando, da freguesia de Mondim de Basto
- Capela de Nª Srª da Conceição – Carrazedo
- Cruzeiro da Ponte

- Cruzeiro de S. Sebastião
- Cruzeiro da Independência
- Alminhas de Barrio
- Monumento do Imaculado Coração de Maria do Barrio

- Alminhas do Eirô

- Relógio de Sol da Capela do Senhor

- Relógio de Sol da Capela de Nª Srª da Piedade

- Casa do Eirô

- Casa da Igreja

- Solar dos Azevedo Mourão
- Casa do Olival do Senhor e seu brasão
- Casa do Retiro, também com brasão, visível ao cimo das escadas
- Casa do Balcão
- Casa do Conselheiro
- Casa da Via Cova

- Museu Municipal de Mondim de Basto ou Núcleo Museológico Azenha da Casa da Igreja – fica na Tatada do Ladário, propriedade da Casa da Igreja, onde fica situada a Capela da Srª da Piedade. O museu ocupa três edifícios que foram construídos ao longo do séc. XX e que eram lagar de azeite e de vinho e o terceiro albergava um alambique, onde era destilado o bagaço das uvas.
O Museu tem patente, achados arqueológicos, encontrados no Castro do Castoeiro e elementos de geologia – rochas, minerais e fósseis. Tem também, num dos outros edifícios, maquinaria do lagar de azeite e também alfaias agrícolas.

- Biblioteca Municipal de Mondim de Basto – fica localizada numa área mais afastada do centro histórico, onde já estão outros equipamentos culturais e onde serão instalados outros. Será o polo de atração em que o livro tem lugar de destaque.
- Jardins e Camélias – como em Celorico, também aqui a cameleira ocupa um lugar de destaque nos vários jardins que existem pela vila e não só. Também em Mondim de Basto encontramos os arbustos bem torneados…Como prova, aqui está uma foto do Jardim Municipal

E outra do jardim da Casa da Igreja, com os arbustos, possivelmente de cameleira, bem esculturados.

ALDEIAS DE MONTANHA – espalhadas pelas montanhas do concelho, podem ser encontradas aldeias pitorescas como:
- Aldeia de Travassos – fica na freguesia de Bilhó, que integra a Rede Nacional de “Aldeias de Portugal” – fica próxima do Parque Natural do Alvão, tem casas de granito, fontanário, espigueiros, as alminhas e lavadouro público, que lhe dão um cunho característico. Fica muito próxima de Bilhó.

- Aldeia de Varzigueto – fica na freguesia de Ermelo. Pode ver-se, na foto abaixo, entre montes, vales e o rio a dar o seu toque refrescante…

- Aldeia do Bobal – freguesia de Bilhó

PARQUE NATURAL DO ALVÃO
- O Parque Natural do Alvão - é uma das áreas protegidas de Portugal, que fica localizada no Distrito de Vila Real e engloba várias freguesias do concelho de Mondim de Basto. Este Parque, que pode ser visitado quer de carro, quer a pé, em trilhos definidos e com o apoio da entidade responsável pelo Parque, tem um grande património natural e cultural, de grande interesse para quem gosta do contacto com a natureza.

O lugar de maior destaque é, sem dúvida, o designado por Fisgas do Ermelo, quedas de água de grande beleza, no rio Olo, um pouco a Norte de Ermelo. As Fisgas do Ermelo são uma das mais altas quedas de água da Europa, cerca de 400 m – em rochas com quartzo, entre outros elementos e com cerca de 500 milhões de anos. Foi a fratura destas rochas que permitiu a formação das fisgas, pelo rio Olo.
Mas não são só as Fisgas e a sua beleza selvagem que levam os turistas a este local – nas rochas podem ver-se marcas fósseis, deixadas por organismos marinhos.
Quer antes quer depois das Fisgas do Ermelo é possível encontrar, no rio Olo, lagoas naturais, de águas cristalinas e puras, denominadas “piocas”, que permitem banhos refrescantes, sempre que o tempo convida.

Em todo o Parque abundam os matos baixos e afloramentos rochosos e, a espaços, os baldios ocupados por floresta de pinheiros, que tem proliferado desde os anos 40 do século passado.
A população dedica-se, claro, à agricultura e criação de gado.
Para além de proteger a flora, também a fauna – lobos, águias, falcões, morcegos, cobras, lagartos, sapos – é preservada, tal como a truta marinha, habitante dos rios e riachos.

Freguesia de Atei
- Igreja Matriz – data provavelmente do séc. XIV, românica tardia, tem nave e cabeceira simples, retangular. Foi alvo de reforma, no séc. XIX, tendo sido acrescentadas duas capelas colaterais, com altares de talha polícroma, neoclássicos.
- Cruzeiro – junto à Igreja Matriz
- Praça da antiga Vila de Atei – no séc. XIV, Atei era vila, uma Casa da Câmara e uma Casa da Tulha – estas casas datam dessa altura e estavam localizadas na Praça da Vila. Hoje em dia, a antiga Casa da Câmara alberga, no 1º andar, a Assembleia de Freguesia e, no rés-do-chão, a sala de reuniões do clube de futebol local – AFC.
- Quinta d’Ónega – casa brasonada, construída no séc. XVIII.
- Capela das Almas – no lugar da Praça
- Capela de Stº Amaro – no lugar de Bormela
- Ponte Romana ou Ponte do Cabresto – fica localizada no lugar de Bormela e é a única romana do concelho. É Monumento Nacional.

- Vestígios Arqueológicos – em Cividaia, onde terá existido um castro romano, no qual foram recolhidos fragmentos de cerâmica, tégula, vidro e mós manuais.
- Capela de Stº António – no lugar de Parada
- Solar de Vila Pouca – solar em ruínas, no lugar de Vila Pouca. O projeto para a sua recuperação está concluído falta, no entanto, a verba.
Freguesia de Bilhó
- Igreja de S. Salvador do Bilhó – construída em 1773, na sede da freguesia
- Capela de S. Bartolomeu – é uma igreja composta por alpendre e nave única, qualquer deles retangular, sendo que as fachadas laterais têm, cada uma o seu janelão, também retangular. No interior, tem o retábulo do altar-mor em talha polícroma, onde estão instaladas as imagens de S. Bartolomeu e de Nª Srª de Lurdes. Esta capela foi benzida a 8 de Agosto de 1758
- Capela de Stº António – em Bilhó
- Capela de S. Bento – fica no lugar de Cavernelhe e foi benzida por licença de 13 de Fevereiro de 1755
- Capela de Nª Srª do Amparo – fica no lugar de Pioledo e data de 1753
- Capela de S. Jorge – fica no lugar de Anta e foi benzida em 18 de Fevereiro de 1753
- Capela de S. Bernardino
- Capela de Stª Bárbara – data de 1733 e tem a seguinte inscrição, no campanário “HONOR POPULI”
- Capelinha do Sr. do Bom Caminho – foi mandada construir por um galego, em 1823, dse acordo com inscrição que tem
- Capela de Nª Srª do Pilar
- Existem vários cruzeiros – nos lugares de Bilhó, Travassos e Pioledo – para além do já referido, na sede de freguesia há outros cruzeiros, na aldeia de Bilhó, que constituem a Via Sacra.
- Fontanário de S. Bartolomeu – chafariz mandado construir por um abade, o Abb Jozelino, em 1758. O fontanário tem patente uma inscrição que diz isso mesmo.
- Ponte Romana – de arco de volta perfeita, sobre o rio Cabril

- Quedas de Água do rio Cabrão – ficam a 19 km da sede do concelho, já depois de passar Bilhó. No cruzamento a seguir, toma o caminho da esquerda e aparecem outras espetaculares quedas de água. Segundo a fonte, o acesso à retaguarda das quedas, por Pioledo é fácil e a paisagem é também de tirar a respiração…

- Casa do Capitão, brasonada – é referida num dos livros de registo de Brasões da Nobreza de Portugal, em Dezembro de 1748. Foi restaurada há uns anos atrás e, esse restauro, retirou-lhe originalidade.
Freguesia de Paradança
- Igreja Matriz – data de 1776 e foi construída em pedra da região, tendo sido remodelada há poucos anos. É dedicada a S. Jorge.
- Capela da Senhora do Monte – assentava, inicialmente, em quatro colunas de pedra, era coberta por zinco e tinha uma grade em volta. Hoje em dia, a grade foi substituída por um muro de tijolo e o zinco por telha. A Capela está situada em pleno Monte, onde acorrem os devotos, na festa em honra do patrono, no dia 15 de Agosto.
- Relógio de Sol, na torre da Igreja
- Alminhas
- Lagar de Azeite
- Moinhos, na margem do rio e no lugar dos Moinhos

Freguesia de Vilar de Ferreiros
- Igreja Matriz de Vilar de Ferreiros – o edifício tem, como data de construção, 1669 mas, deverá ter sido construída muito antes, uma vez que aparece referenciada nas inquirições de 1220 e 1258
- Santuário de Nª Srª da Graça – templo dedicado a Nª Srª da Graça, erguido no cimo do Monte Farinha, mais conhecido por Srª da Graça e que é o ex-libris da freguesia e do próprio Concelho. O Santuário foi construído no séc. XVI e reedificado em 1875
- Capela de S. Sebastião – fica no lugar de S. Sebastião. Tem um belo alpendre assente em sete colunas. No interior é de notar o altar-mor com retábulo de talha polícroma, que apresenta um nicho onde está instalada a imagem do padroeiro. Pensa-se que terá sido construído no séc. XVII ou XVIII.
- Cruzeiro de Vilar de Ferreiros – foi construído no séc. XVIII e apresenta um brasão e uma espécie de moldura com motivos vegetais.
- Vestígios Arqueológicos - encontram-se, na freguesia de Vilar de Ferreiros vestígios de vários povoados fortificados
- Capela de S. Gonçalo – Campos
- Capela – nos lugares de Vilarinho e Vila Chã
- Lenda do Monte Farinha e da Srª da Graça – em tempos que já lá vão um pobre moleiro andava de terra em terra, com o seu moinho que levava numa carroça puxada por um jerico. Ia de povoado em povoado e, mal chegava, os habitantes traziam os cereais para serem moídos. Num dia escaldante, ia uma senhora a caminhar na mesma direção que o moleiro e este, com pena, chamou-a, para que ela fosse na carroça. E prosseguiram, até que avistaram mouros, vindo na sua direção – o moleiro tentou fazer com que o jerico andasse mais depressa mas este entalou a pata numa pedra e os mouros chegaram ao pé deles. O moleiro foi morto e a senhora saltou da carroça e gritou “abre-te pedra, faz-me essa graça!” A pedra abriu-se, a senhora entrou e ela voltou a fechar-se com rapidez. De seguida os mouros, com medo, fugiram a sete pés, deixando farinha e cereais. O moinho, descontrolado, não parou de moer – tanto moeu que a farinha formou um monte muito alto. As pessoas dos lugares em volta aproximaram-se e, espantados, exclamaram “que montes de farinha!” Assim ficou conhecido o Monte.
A senhora ficou dentro da Pedra Alta… O povo atribuiu este episódio a Nossa Senhora e construiu uma capelinha no cimo do Monte, para agradecer a ajuda dada à Senhora da Pedra Alta que depois denominou de Srª da Graça. Ainda hoje o Monte da Srª da Graça é também conhecido pelo Alto do Monte Farinha. A Capelinha foi transformada em Santuário da Srª da Graça.
