Matosinhos
- Monumento ao Sr. do Padrão – data do séc. XVIII, também é conhecido por “Senhor do Espinheiro ou da Areia”, e foi construído no local onde, de acordo com a lenda, apareceu a imagem do Bom Senhor das Bouças, mais tarde denominado Senhor de Matosinhos. Este monumento era visível de muito longe, quer em terra, quer no mar – foi perdendo essa faculdade, claro, com o desenvolvimento e o surto de construção. Continua, no entanto, a ser objeto de grande devoção, o que é visível pelo grande nº de velas que ali é acesa, por volta do dia de finados, em intenção dos pescadores mortos no mar.

- Edifício da Câmara Municipal de Matosinhos – faz parte do conjunto de arquitetura moderna, que abunda em Matosinhos, obras de filhos da terra – neste caso – Alcino Soutelinho

- Igreja do Bom Jesus de Matosinhos – esta igreja foi construída para albergar a imagem do Bom Jesus de Bouças, até aí na Igreja do Mosteiro de Bouças, em degradação. Foi construída no séc. XVI, por iniciativa da Universidade de Coimbra, à qual Tinha sido concedido o padroado de Matosinhos, por D. João III. No séc. XVIII realizaram-se importantes obras de ampliação da igreja, a cargo do arquiteto italiano Nicolau Nasoni, obras essas devidas à crescente devoção à Bom Jesus de Matosinhos, por parte de todos os que demandavam o mar – na altura muita gente se aventurava a seguir para o Brasil,m de onde vinha muito ouro.
De destacar o altar-mor, em talha dourada, que tem, ao centro, um nicho com uma imagem de Cristo Crucificado, em madeira oca, que data do séc. XII. Esta imagem, tem cerca de dois metros de altura e é notável por causa do olhar da imagem – o olho esquerdo está dirigido para o Céu e o direito para a Terra, querendo simbolizar a ligação entre Deus e o Homem

- Escultura Anémona – outra das esculturas modernas em Matosinhos

- Marginal de Matosinhos – a reinvenção da marginal de Matosinhos deve-se a Souto Moura

- Monumento ao Pescador -

- Museu da História da Escola Gonçalves Zarco – a coleção é constituída por objetos utilizados diariamente na Escola, que completou 50 anos em 2005 – equipamento administrativo, audiovisual, material das aulas práticas de mecânica, eletricidade, administração e comércio, formação feminina e educação física
- Museu da Misericórdia – mostra paramento, alfaias litúrgicas. Pintura
- Museu dos Bombeiros - fica em Matosinhos, na sala da Associação Humanitária de Matosinhos e Leça da Palmeira (Bombeiros Voluntários – tem mais de 800 peças expostas, muitas de combate a incêndios.
- Núcleo Museológico do Mar – O Núcleo de Amigos dos Pescadores instalou este núcleo museológico numa antiga escola primária do Bairro dos Pescadores, em Matosinhos
- Sala Museu Guilherme Ferreira Thedim – Guilherme Ferreira Thedim foi um escultor de imagens sacras. As imagens que produziu foram levadas para os quatro cantos do Mundo. Na sala Museu estão expostas peças que retratam as várias fazes da conceção de uma imagem. Para além disso, tem muitos documentos, nomeadamente correspondência com a Irmã Lúcia, vidente de Fátima.
Leça da Palmeira
- Casa de Chá da Boa Nova – a inventiva de Siza Vieira, ligada com a rocha existente

- Piscina de Marés – outra obra de Siza Vieira, uma piscina instalada entre as rochas e delas fazendo parte e que funciona com a água do mar

- Igreja Matriz de Leça da Palmeira –

- Capela da Boa Nova

- Capela do Corpo Santo

- Capela de Santana

- Forte de Nossa Senhora das Neves – como todas as outras fortalezas, foi construída para defesa da costa e do País contra espanhóis e corsários. Com os Fortes de S. João da Foz e de S. Francisco Xavier (Castelo do Queijo) constituía a linha defensiva da cidade do Porto

- Farol de Leça da Palmeira

- Quinta da Conceição –

- Quinta de Santiago – foi construída no final do séc. XIX, ficando próxima da Quinta da Conceição, Foi adquirida pela Câmara de Matosinhos, nos anos 60 do séc. XX e está hoje transformada em Museu.

- Museu da Quinta de Santiago – está a funcionar na casa mãe da quinta, e tem patentes coleções de mobiliário, pintgura e escultura
União das Freguesias de Perafita, Lavra e Stª Cruz do Bispo
Perafita
- Igreja Matriz de Perafira

- Necrópole Medieval de Montedouro – é constituída por 5 sepulturas não antropomórficas, escavadas na rocha granítica e que se supõe datarem da Alta Idade Média, séc. VII a XI. Do conjunto, destaca-se a sepultura que fica no alto de um outeiro, de forma ovalada e com rebordo. Pensa-se que haveria outras sepulturas que terão sido destruídas aquando da recolha de pedras para a construção do porto de Leixões. Se bem que as sepulturaas sejam datadas da Alta Idade Média, têm sido encontrados diversos objetos que são da época romana – ânforas, tegula

- Obelisco da Praia da Memória – foi construído para assinalar a chegada de D. Pedro IV e do seu exército, para definitivamente acabar com o absolutismo em Portugal. É em granito e tem referências ao desembarque.Em baixo temos foto do obelisco e, em separado, da praia.

Lavra
- Tanques romanos de Angeiras e Villa do Fontão – enterrada nas areias da praia de Angeiras pode encontrar-se uma das mais importantes estações arqueológicas, romanas, do norte – conjuntos de tanques, denominadas cetárias. A villa, ou o que dela resta, fica entre a Igreja do Lavra e a praia.

- Cruzeiro de Lavra

- Igreja Matriz de Lavra

-Museu da Escola de Lavra (EB 2,3) – tem uma vasta coleção de etnografia, em grande parte doada pelos familiares dos alunos
- Museu do Padre Silva Lopes – é tutelado pela paróquia do Lavra e tem um belo espólio de arte sacra
- Casa do Mar e Tanques Romanos – fica na Praia de Angeiras – preserva estruturas que serviam para guardar os barcos e utensíios de pesca que, outrora pertenciam às casas de lavoura.
Santa Cruz do Bispo
- Quinta de Santa Cruz do Bispo – foi criada no séc. XVI pelo Bispo do Porto, para dispor de um lugar de repouso e também de recreio, para si próprio e seus sucessores

- Igreja Matriz de Stª Cruz do Biso -

- Capela do Monte S. Brás

- Homem da Maça – é uma escultura de grandes dimensões, incompleta, que se tornou conhecida pelo “Homem da Maça” e que representa, pensa-se, um antigo guerreiro, ou herói mítico. Próximo tem a escultura do que parece um leão, embora com traços fora do comum. Está colocada no topo de Monte S. Brás, embora tivesse já estado na base do mesmo monte.

- Ponte do Carro – data dos séc. XVII/XVIII, é uma ponte de cavalete, com um arco de volta perfeita, em alvenaria de granito e muito irregular

União das Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões
Custóias
- Ponte de D. Goimil – apresenta também um tipo de construção característico na Idade Média séc XIII/XIV. Estava inserida numa via, provavelmente romana e de alguma importância, Via Veteris (Estrada Velha) que começava junto ao Douro, na zona da Arrábida passava em Santiago de Custóias e seguia para o estuário do Rio Ave

- Museu do Linho e do Milho – é propriedade do Rancho Folclórico de Padrão da Légua e dispõe de objetos que serviam para a exploração/tratamento do linho e do milho
Leça do Balio
-Ponte da Pedra – está integrada na estrada romana que ligava Olissipo (Lisboa) a Bracara (Braga) e que ia por Cale (Porto). Foi construída no séc. II d.C. Embora tenha sido alvo de várias reparações, continuam visíveis as “pedras almofadadas” características da arquitetura romana.

- Ponte dos Ronfes – esta ponte integrava uma via regional, cuja origem terá sido uma estrada secundária romana. Esta via vinha de Cedofeita para a região da Maia, passando por Padrão da Légua

- Mosteiro de Leça do Balio – fica no lugar de Recarei, junto ao rio Leça e próximo de uma via romana que ligava o Porto a Braga. O Mosteiro já existia no séc. X e passou por várias vicissitudes até que, no séc. XII, D. Teresa doa à Ordem Militar Religiosa dos Cavaleiros do Hospitalários. O Mosteiro foi, na altura a 1ª casa mãe, em Portugal, daquela Ordem Religiosa.
Posteriormente, D. Afonso Henriques amplia, com mais terrenos, a doação de sua mãe. Esta Ordem Militar dependia do Papa e tinha como missão proteger e prestar assistência aos peregrinos. Foi abandonado e vendido em hasta pública, após a extinção das Ordens Religiosas, em 1834.
Todos os elementos góticos foram introduzidos no séc. XIV, em obras de remodelação e também de ampliação.

- Igreja do Mosteiro de Leça do Balio – a igreja é o que resta de todo o Mosteiro – tem planta cruciforme e é ladeada por uma torre, que apresenta balcões com matacães a meia altura e no topo. Tem também seteiras, o que dá à igreja um toque de fortaleza militar. No interior da Igreja está a campa de Frei Estêvão Vasques, encimada por uma placa de bronze. Com motivos decorativos e o epitáfio do defunto em caracteres leoneses.
De acordo com as descrições, haveria mais três torres como a agora existente, podendo encontrar-se os vestígios de uma delas na “Quinta do Mosteiro”, junto à cabeceira da igreja.
Guifões
- Castro de Guifões – o Castro do Monte Castêlo ou Castro de Guifões fica muito próximo da foz do Rio Leça. Esta Estação Arqueológica é uma das mais importantes da Idade do Ferro / romanização, no norte de Portugal – aqui foram encontrados vestígios do I milénio a.C., bem como do período da ocupação romana.
Pensa-se que o Monte Castêlo terá sido abandonado já depois do séc. V, sem se conseguir precisar a altura exata. Já nos séc. IX e X este local é referenciado em documentos, como Castelo – eventualmente terá sido construída fortaleza, em madeira, no alto do monte, como os achados de cerâmica cinzenta da Alta Idade Média poderá comprovar.

- Coreto e Igreja Matriz de Guifões
União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Srª da HoraS. Mamede de Infesta- Igreja Matriz de S. Mamede de Infesta
- Capela da Ermida
- Estação de Caminhos de Ferro de S. Mamede de Infesta - decorada com painéis de azulejos, versando a vida do campo. Na foto, um dos painéis
- Casa Museu Abel Salazar – fica em S. Mamede de Infesta. Abel Salazar, médico e cientista, dedicou-se a muitos trabalhos de investigação na área das ciências biológicas – na casa estão expostos alguns dos seus trabalhos, bem como, em andares separados, o ambiente em que vivia e os seus objetos.
Senhora da Hora- Igreja das Sete Bicas
- Fonte das Sete Bicas
- Relógio da Estação da Srª da Hora
- Museu de Jazigos Minerais Portugueses – as coleções são constituídas por minérios, minerais industriais e rochas ornamentais vindas de todos os locais de Portugal.
FIGURAS ILUSTRESMatosinhos foi lugar de nascimento de muitos ilustres, alguns contemporâneos, outros em tempos remotos, mas cujos nomes são bem conhecidos. Para além dos que lá nasceram, outros lá viveram:
- TERIXEIRA REGO - falecido em 1934, com 61 anos, foi investigador, grande estudioso da mitologia, pedagogo
e filósofo da história das religiões
- PASSOS MANUEL – viveu no final do séc. XIX e foi grande vulto das lutas liberais
- ÓSCAR LOPES – ensaísta, faleceu em 2013
- MÁRIO SOTTO MAYOR CARDIA – viveu entre 1941 e 2006, foi político, tendo ocupado vários cargos em
alguns governos
- MANUEL DIAS DA FONSECA – nascido em 1923, dedicou a vida à música e a dá-la a conhecer. Foi também
professor de física
- D. MANUEL DA SILVA MARTINS – nascido em 1927, é bispo de Setúbal
- ÁLVARTO SIZA VIEIRA – nascido em 1933, é arquiteto com obra espalhada pelo País e alguns edifícios em
Matosinhos
- ALCINO SOUTINHO – viveu entre 1930 e 2013, foi arquiteto, autor do edifício da Câmara Municipal de
Matosinhos
- AGOSTINHO SALGADO – pintor naturalista que viveu entre 1905 e 1967
- FLORBELA ESPANCA – faleceu em Matosinhos, em 1930, com 36 anos de idade esta poetisa originária de Vila
Viçosa.
- ÓSCAR DA SILVA – compositor, pianista que faleceu em Matosinhos, 1958 já com 88 anos
- FERNANDO TÁVORA – arquiteto e professor, ensinou Siza Vieira e Souto Moura. Nasceu no Porto e faleceu
em Matosinhos
- ANTÓNIO AUGUSTO DA ROCHA PEIXOTO – arqueólogo e naturalista, viveu entre 1866 e 1909, tendo
falecido em Matosinhos
- ABEL SALAZAR – viveu entre 1889 e 1946. Foi médico, professor catedrático, investigador, para além de desenhar, pintar, gravar, esculpir, tendo deixado imensos trabalhos artísticos. Nos últimos tempos da sua vida dedicou-se a estudos filosóficos, tendo chegado a uma interpretação original da evolução da arte, do pensamento e da História. Viveu, durante 30 anos na casa que hoje é a Casa-Museu Abel Salazar