Porquê Mortágua?
O charme de Mortágua é sentido assim que chega a esta pequena vila do Distrito de Viseu. Grandes paisagens naturais — de montes, vales, rios e florestas — abrem as portas para uma terra onde a natureza habita de mãos dadas com as pessoas. As aldeias históricas espalhadas por ruas e ruelas são um perfeito exemplo. O estado de calma proporcionado por uma experiência mortaguense é dificilmente replicado noutras regiões do país. Os refúgios florestais, os longos cursos de água e os famosos percursos pedestres são motivos suficientes para umas férias passadas na Beira Alta, longe da agitação urbana e perto do ar puro das serras do Caramulo e do Buçaco.
A natureza em multicolor
As famosas quedas de água de Mortágua
O céu que não acaba
As terras férteis da região
Conhecer a história
O povoamento destas terras remonta à pré-história; a comprová-lo está o facto de se terem encontrados, espalhados pelos concelhos vizinhos, vestígios arqueológicos do Paleolítico, como a presença das “Cabeças de Castro”. A conquista da Península Ibérica pelos Romanos fez de Mortágua palco de numerosas lutas contra os Lusitanos, deixando marcas na administração territorial.
Séculos mais tarde, durante a Reconquista Cristã, pressupõe-se que Mortágua terá sido reassumida como terreno cristão entre 1058 e 1064, datas também associadas às reconquistas de Coimbra e de Viseu. A zona recebeu o primeiro foral em 1192, pela rainha Dulce de Aragão, esposa de D. Sancho I.
Em 1810, com as Invasões Francesas, a terra foi vítima de pilhagens, incêndios e saques provocados pelos soldados franceses, que pernoitavam em Mortágua enquanto preparavam a batalha do Bussaco.
No século XX, foi inaugurada a Barragem da Aguieira, que originou o desenvolvimento turístico da albufeira e do concelho. A energia hidroelétrica começou a ser um ponto forte para Mortágua e um símbolo de reconhecimento a nível nacional. Atualmente, o progresso económico e industrial é visto como uma prioridade para a região.
Mas, afinal, quem matou o juiz?
Esta é uma pergunta a que todos os mortaguenses saberão responder, mas muitos escolherão não o fazer – talvez por ser uma tradição da zona, um equívoco histórico ou até mesmo uma forma de baralhar turistas. A verdade é que, durante a passagem por Mortágua, vai ouvir falar de um juiz e da sua morte.
Tudo começou durante o reinado de D. Afonso IV. Um juiz de fora foi indicado para exercer justiça em Mortágua, mas, devido ao seu hábito em abusar dos poderes atribuídos, ficou à mercê de uma população descontente.
Um dia tocou o sino a rebate. Sem demoras, os populares aprisionaram-no e conduziram-no para os limites do concelho – além das margens do Rio Criz – e mataram-no com o auxílio de forquilhas, sachos e outras alfaias agrícolas.
O Rei tentou investigar o caso, perguntando quem havia cometido o crime. A pergunta era simples – “quem matou o juiz?” – à qual o povo respondia sem hesitação – “foi Mortágua”. Esta resposta espalhou-se pelo país e tornou-se popular e ainda bastante comum. É normal haver versões com detalhes diferentes e pormenores característicos. No entanto, o misticismo destes contos tradicionais continua a captar o interesse.
Em busca dos sabores
Sabores fortes, paladares inesquecíveis e aspetos irresistíveis: assim se descreve a gastronomia de Mortágua desde os tempos imemoriais. A Lampantana, confecionada com carne de ovelha assada em forno de lenha, é a joia da mesa. Acompanhada de batatas “fardadas”, grelos e pão cozido. Há, no entanto, a presença de um elemento secreto, que surgiu aquando da passagem das tropas napoleónicas pela região e foi escondido durante várias décadas: o vinho. Um prato de excelência, forte e suculento, cuja confeção passou de geração em geração.
O Borrego de Mortágua é outro prato típico. Esta carne sempre teve um lugar especial à mesa, especialmente entre famílias cujo rendimento principal provinha da agricultura e da pastorícia. O borrego é cozinhado no forno com batatas e grelos, apesar de haver quem opte pelo borrego grelhado, ensopado ou em caldeirada.
Por fim, o Bolo de Cornos é a sobremesa de eleição. Também conhecida por Bolo de 24 Horas ou Bolo Doce da Páscoa, trata-se de um bolo amassado em alguidares de barro vidrados, a que aos poucos se vão juntando ingredientes, de modo a obter uma massa doce e espessa. Depois, deverá ser aconchegada num alguidar com azeite e repousar durante 12 horas. O processo seguinte é mais complicado: envolve cortar a massa, estendê-la e dar-lhe finalmente o formato de “corno”. Com isto tudo feito, basta colocá-la no forno de lenha e...bom apetite!
O vinho da Adega Boas Quintas
O famoso Bolo de Cornos
Onde ficar
Sereno, prático e perto da natureza. A Casa do Moleiro é ideal para se desligar completamente da cidade e mergulhar no descanso terapêutico do campo. Pode contar com piscina, terraço, cozinha e muito conforto. A Casa fica apenas a 47 quilómetros do centro da cidade, o que permite passear durante o dia e regressar mesmo a tempo do jantar.
Seguindo este estilo mais bucólico, a Casa de Santo António, rodeada de uma paisagem natural, apresenta paredes de pedra exposta, pisos de madeira e espaços aquecidos por lareira. Todas as acomodações disponibilizam cozinha totalmente equipada, onde pode preparar as próprias refeições.
O Hotel Monte Rio Aguieira, localizado no centro do concelho e apenas a 25 quilómetros de Coimbra, é a opção certa para relaxar após um dia pleno de atividades, com todo o conforto.
Os sócios ACP têm até 10% de desconto nas reservas em booking.com.
A Casa do Moleiro
A Casa de Santo António
O Hotel Monte Rio Aguieira
Mortágua: onde a natureza cresce, corre e transforma-se
A floresta de Mortágua é vista como o “ouro verde” da região, cuja importância se tem estendido do turismo para o setor industrial. Uma vila com um património ambiental de excelência, onde as infinitas paisagens de cores leves dão a conhecer um mundo ligado ao ambiente.
- Quedas de Águas das Paredes
Um percurso com cerca de 7.1 quilómetros de extensão. Conheça a imponência da queda da água, que começa no cimo da serra e desagua em pequenas lagoas perfeitas para a prática de desportos radicais. Logo no início deste trilho, junto à ponte das Laceiras, é possível avistar um pequeno moinho que, apesar de não funcionar foi, noutros tempos, o ponto de refúgio de Tomás da Fonseca, poeta e escritor local que, na altura era procurado pela PIDE.
- A Barragem da Aguieira
Numa localização privilegiada, esta barragem é uma das mais importantes do país, com cerca de 90 metros de altura. A sua localização deu origem à praia fluvial Senhora da Ribeira, na região de Santa Comba Dão. Rodeada por um bosque verdejante, a praia proporciona um ambiente de descontração mesmo na natureza. É a oportunidade perfeita para um piquenique à beira-rio, ou banhos de sol.
- Parque Verde da Ponte
Junto à Ribeira de Mortágua, o Parque Verde da Ponte faz jus ao nome por apresentar quilómetros de espaços verdes, onde reinam alamedas e comandam as águas. Ideal para estender uma toalha, deitar-se e desligar-se do mundo. O Parque está ainda equipado para a prática de despostos, como futebol, voleibol, basquetebol e ténis.
Um dia em Mortágua
Conheça Portugal bem preparado: com os melhores descontos e o melhor apoio em férias
Quando planear os seus destinos de férias tenha em conta que, se for sócio ACP, tem acesso a uma rede de descontos em alojamento e restauração que vão facilitar o seu acesso a experiências que ficam para a vida.
Para umas férias ainda mais inesquecíveis, o ACP Viagens coloca ao seu dispor um conjunto de programas e de pacotes com percursos e alojamento facilitados, para que não tenha que se preocupar com mais nada, a não ser fazer as malas.
SAIBA MAIS