Vila do Bispo
- Igreja Matriz de Vila do Bispo – data de finais do séc. XVI, dedicada a Nª Srª da Conceição, embora inicialmente tivesse como orago Stª Maria do Cabo. Tem uma só nave assentando a decoração em azulejos e talha dourada, já do séc. XVIII. A capela-mor, é encimada por uma abóbada, podendo lá ser encontradas duas tábuas de finais do séc. XVI, que representam os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo. Tem outras Capelas, como a de Nª Srª do Carmo, decorada com talha dourada de muito boa qualidade, tal como o Altar que lhe fica em frente. O teto é em caixotões pintados, com motivos espirituais. Na sacristia existe um Arcaz do séc. XVII.
- Museu – instalado em sala anexa à Igreja Matriz, apresenta várias alfaias religiosas, paramentos e ainda alguns achados arqueológicos.

- Fonte do séc. XIX
- Monumento “Celeiro do Algarve” – até há 3 décadas, sensivelmente, Vila do Bispo era o concelho que mais cereais produzia

- Monumento “Homem do Mar” – para realçar que este é um concelho voltado para o mar

- Menires e Necrópole - no Monte dos Amantes
- Igreja de Nª Srª de Fátima – em Hortas do Tabual

Freguesia de Barão de S. Miguel
- Igreja Matriz de Barão de S. Miguel – data do séc. XVI. Tem uma só nave e torre sineira – o elemento mais notável da Igreja é o seu Altar-Mor, barroco, consagrado a S. Miguel Arcanj

Freguesia de Budens
- Igreja Matriz de Budens – data do séc. XVI, de uma só nave, tem como orago S. Sebastião. O interior, infelizmente perdeu a sua decoração de talha dourada desapareceu completamente depois de um sismo. Em 1969, depois de ter sido já destruída pelo de 1755 e depois reconstruída, tendo tido, posteriormente outras obras de restauro, antes de 1969. Possui, no entanto, algumas imagens em madeira, antigas, de que se destacam as de Nª Srª do Rosário, de S. Pedro, do Senhor Morto e de S. Sebastião, padroeiro de Budens

- Capela de Stº António – data do séc. XVII, com altar em talha, em que se destaca uma imagem do padroeiro, Stº António, escultura, em Madeira datada do séc. XVIII

- Ermida de S. Lourenço, em Vale de Boi - data do séc. XVII. No interior existe um belo painel de azulejos, setecentistas, embutido no Altar-Mor – nele é reproduzida uma grelha, elemento de tortura em que morreu S. Lourenço.
- Capela de Stª Elizabete – está reduzida a ruínas, que podem ser vistas na “Boca do Rio”. Teria sido construída na Idade Média.
- Casa típica, caiada, com barra azul e duas pedras que servem de degraus com elementos de decoração manuelinos
- Moinho – numa das ruas de Budens
- Fonte, antiga e muito afamada, localmente
- Boca do Rio – é um dos locais interessantes desta freguesia, onde se encontram três ribeiras – Budens, Vale de Boi e Vale Barão. Em tempos, aqui se cultivava arroz e aqui se vinha lavar a roupa e também se vinha a banhos.
Junto à praia, existem restos de construções do séc. XVIII, da Real Companhia das Pescarias do Algarve e, dentro delas, um interessante Balneário romano. Junto, encontram-se outros vestígios deixados pela civilização romana.

- Forte de S. Luis de Almádena – construído em 1632, foi uma das mais importantes fortificações desta costa que, no séc. XVIII chegou a ter três canhões. Foi abandonado militarmente em 1861 e encontra-se, neste momento em ruínas..

- Pegadas de dinossauros, em dois trilhos, próximo da praia de Salema
- Necrópole, próximo da localidade de Figueira – é composta por lajes de pedra ruiva, datará dos séc. X e IX a.C. Perto, fragmento de um menir do IV-III milénios a.C. Também aqui foi descoberta uma estela, que se pensa ter sido funerária, evocativa de um guerreiro. Está visitável no Museu de Lagos
- Forte de Stº Inácio do Zavial – séc. XVII, em ruínas
- Forte de Vera Cruz – em Figueira, também séc. XVII, em ruínas
- Forte do Burgau – séc. XVII, em ruínas
Freguesia de Raposeira
- Igreja Matriz da Raposeira – data do séc. XVI e tem como orago Nª Srª da Encarnação. Tem uma só nave e torre sineira, apresentando ainda um Portal Manuelino. Tem Capela-Mor abobadada e o arco triunfal, tripartido, é assente em colunas com capitéis decorados com arenitos vermelhos. Nas capelas laterais pode ver-se boa talha dourada do séc. XVIII Na parede virada a nascente tem uma porta manuelina.

- Capela de Nª Srª de Guadalupe – fica 2 km a este de Raposeira. É românica-gótica, e terá sido construída no séc. XIII. Tem planta retangular, uma só nave, sustentada por potentes contrafortes. No exterior tem gárgulas e, na frontaria uma porta ogival com capitéis decorados por encordoados e um rosto humano, e encimada por uma rosácea. A Capela-Mor tem abóbada nervurada, com dois florões, assente em arcos ogivais, estes apoiados em colunas com capitéis ornados segundo o estilo românico - com ramos, folhagens, conchas e representações humanas e animais. As colunas laterais da capela–mor, em grés de diferentes cores são muito interessantes. Na parede do fundo pode ver-se uma janela geminada, de arco redondo e é ainda de salientar o arco triunfal. Por ter resistido ao terramoto de 1755, esta é uma das raras igrejas que podem representar a arte medieval, a única no Barlavento Algarvio – felizmente tem sido preservada…

- Menires dos IV e III milénios a.C – nas proximidades da praia da Ingrina, no Alto de Milrei e local de Padrão.

Freguesia de Sagres
- Fortaleza de Sagres - este foi o local estratégico escolhido pelo Infante D. Henrique para estabelecer um ponto para apoio aos navegantes e aos navios, em termos de material. Para tal, ele solicitou à Coroa a região pela nela construir a fortaleza. O Infante, nas suas viagens ao Norte de África tinha “marcado” este local como o ideal para as suas pretensões. Assim foi construída a Vila, dominando duas enseadas e preparada para a defesa, também.

- Capela de Nª Srª da Graça – fica na Fortaleza de Sagres, ao fundo. Pensa-se que foi construída no tempo do Infante D. Henrique, embora tenha, na fachada, um portal renascentista de construção posterior – séc. XVI. No interior, o altar-mor tem um retábulo de madeira e três pedras tumulares. Em nichos próximos da Capela-mor podem ver-se imagens de S. Vicente e de S. Francisco, dos séc XVII e XVIII.

- Padrão dos Descobrimentos – dentro da área da Fortaleza, foi inaugurado em 1960, quando se comemoraram os 500 anos sobre a morte do Infante D. Henrique – reproduz os marcos de pedra que os navegadores portugueses foram deixando nas terras que conquistaram

- Cabo de S. Vicente – imponente, com o farol e a respetiva estrutura. O pôr do sol aqui é indescritível

- Forte de S. Vicente – edificado no séc. XV/XVI
- Forte de Stº António – em Beliche, também edificado nos séc. XV/XVI
- Forte de Nª Srª da Guia – na praia da Baleeira
LENDA DO CABO DE S. VICENTE – de acordo com a lenda, o Cabo de S. Vicente deve o seu nome ao mártir S. Vicente – Vicente, natural de Zaragoza, crente, tornou-se diácono, pregador e fiel colaborador do Bispo de Valência , por alturas de 303 a. C, quando a Espanha era dominada pelos romanos. Por ordens do Imperador, Vicente e o Bispo foram presos, como todos os cristãos e torturado até à morte em 304 a.C. Vicente, por se recusar a renunciar à sua fé, tornanou-se mártir. O Governador, de nome Daciano, ordenou que o corpo do mártir fosse atirado para um campo e devorado por animais selvagens – estranhamente, um corvo apareceu e não deixou que os animais lhe chegassem… Então, o governador mandou que atassem o corpo a uma mó e a deitassem ao mar – ao entrar na água, a corda partiu-se e o corpo de S. Vicente foi arrastado pelo mar, dando à costa, junto do Cabo, no extremo ocidental da península, acompanhado por corvos. Os restos mortais do Santo, já como relíquias, foram guardados na Igreja do Corvo, referida por um autor, de nome Edrisi *, no séc. XII. Posteriormente o Bispo de Silves mandou construir um mosteiro para acolher os peregrinos, mosteiro esse que tinha uma torre iluminada que servia também de guia aos navegantes. Diz-se que os corvos se mantiveram, de vigília à sepultura até que o corpo foi transladado para a Catedral de Lisboa, após 1147, depois da conquista da cidade aos mouros – por isso, S. Vicente se tornou o patrono de Lisboa e os corvos fazem parte do brasão da cidade.
Após a extinção das Ordens Religiosas, o Mosteiro foi adaptado a farol, que está ainda em funcionamento.
*Edrisi foi um geógrafo, cartógrafo e botânico árabe que, entre outros trabalhos desenhou um mapa mundi
PRAIAS - este concelho, como a maioria dos do Algarve tem inúmeras praias, algumas protegidas por arribas, outras com restos de Fortes antigos, mas todas elas de águas e areias límpidas e com equipamentos de apoio – não só de alojamento e restauração como também de nadadores salvadores. Sendo que Vila do Bispo tem duas costas, como já referido, destacamos as praias de ambas:
- Costa Ocidental – Cordoama (foto abaixo) e Castelejo; - Beliche e Tonel, estão já entre as duas costas
- Costa Meridional – Mareta, Martinhal, Ingrina, Zavial, Salema (foto abaixo), Burgau, Murração, Barriga,
Ponta Ruiva, Telheiro, Barranco, Furnas, Figueira, Boca do Rio, Cabanas Velhas
