ESTREMOZ
- Conjunto Monumental da Alcáçova de Estremoz, Muralhas Medievais e Porta de Santarém – a cerca é mandada construir por D. Afonso III e melhorada pelos seus sucessores, principalmente D. Dinis, que aí mandou construir o Paço. Tem duas Portas principais, estrategicamente colocadas, uma a Este – a do Sol ou da Frandina e outra a Oeste – a de Santarém. Esta, aberta para o Bairro de Santiago, tem uma torre cilíndrica e outra quadrangular, sinal de uma maior necessidade defensiva elevando a crer que seria esta a entrada para a vila medieval. As duas portas referidas, ostentam placas, uma dedicada a Nª Srª da Conceição e outra assinalando o final da obra.
- Castelo de Estremoz, com a sua Torre de Menagem no centro da Vila Medieval, construída em finais do Séc. XIII, inícios do Séc. XIV é o que resta da alcáçova primitiva, juntamente com o edifício dos Paços do Concelho, da mesma época, hoje ocupados pela “Pousada da Rainha Stª Isabel”, ponto de entrada para a visita à Torre de Menagem.
- Torres da Couraça – a Couraça tem uma função defensiva, foi trazida pelos mouros, no Séc. XII e, posteriormente adaptada pelos cristãos às construções militares – é constituído por um caminho muralhado que, saindo da cerca urbana, se dirige a um ponto de recolha de água, protegido por torres. Permitia, assim, um acesso mais seguro a água potável, em caso de um cerco prolongado. A Couraça de Estremoz, da mesma altura que a Torre de Menagem e parte integrante da muralha medieval, foi destruída em finais do Séc, XVII, existindo apenas um lanço da muralha.
- Ermida de Nª Srª dos Mártires – foi mandada construir por D. Nuno Álvares Pereira, calculando-se, pela sua arquitetura, que data do Séc. XIV. Fernão Lopes refere-se a ela em 1493; outaras referências aparecem em documentos da Confraria de Nª Srª dos Mártires, em 1379, embora não seja seguro que ela já estivesse construída.
- Tanque dos Mouros – antigo reservatório de água, romano, donde parte um canal subterrâneo que passa junto da Ermida de Nª Srª dos Mártires, que fica a 500 m de distância. Vários outros vestígios romanos existem na zona, como material de construção e sepulturas, descobertas há alguns anos nas moradias próximas daquela Ermida.
- Pelourinho de Estremoz – data do Séc, XVI, do reinado de D. Manuel I, tendo sido removido, em 1698, da frente do Paço Real de D. Dinis, para o terreiro fronteiro aos Paços do Concelho. Entre 1867 e 1871 foi retirado e disperso por sítios desconhecidos. Em 1916 foi reconstruído, mantendo, do original o fuste, o capitel e o coruchéu de remate, todos estes elementos em estilo manuelino.
- Portas e Baluartes da Fortificação – Na Guerra da Restauração D. João IV mandou construir fortificações, tanto nas zonas fronteiriças como nas de 2ª linha, caso de Estremoz, para defender o País da ofensiva espanhola. Foram construídas no Séc. XVII e restam as seguintes Portas:
-Porta de Évora, com uma ponte levadiça, que dá acesso ao ancestral Bairro de Santiago
- Porta de Stª Catarina , com um nicho dedicado à padroeira e uma guarita em forma de canhão estilizado
Com o escudo régio de Portugal
- Porta de Stº António, também com um nicho dedicado ao orago e lápide descritiva da empreitada
- Porta dos Currais, monumental e artística, com uma águia e grifos sobre peças de artilharia
- Cadeia Manuelina – data do reinado de D. Manuel I, em estilo manuelino e passou a cadeia comarcã, no Séc. XX.
- Calçada Portuguesa de Estremoz – junta à arte da calçada portuguesa o facto de ser em mármore da zona, o que
acontece com todas as calçadas portuguesas na região dos mármores. Os vários “painéis” foram colocados já no
Séc. XX e é a baixa da cidade que detém os desenhos mais artísticos.
- Capela dos Passos – Séc. XVIII, erigida pela Irmandade do Senhor Jesus dos Passos, de rara beleza devidos aos
mármores, brancos e raiados de negro, que foram utilizados na sua construção. Realce para os frescos
representando a Paixão de Cristo.
- Fonte das Bicas – pensa-se que foi construída no Séc. XVI, com inserção de mármores brancos e negros no topo.
Foi também designada por Fonte Redonda
- Igreja de Santiago – embora o edifício denote elementos seiscentistas, sabe-se que já existia no reinado de D.
Afonso III, Séc. XIII. Na fachada, a torre sineira e, sobre a porta, a cruz da Ordem de Avis.
Museus a Visitar:
- Museu de Arte Sacra, na Igreja dos Congregados
- Museu dos Bombeiros – inaugurado na década de 90
- Museu Ferroviário – fica na antiga estação, apresenta objetos utilizados na estação e locomotivas
- Museu Municipal – com artesanato
- Museu Rural – criado em 1951, com peças de barro e olaria
- Museu do Regimento de Cavalaria Nº 3 – um regimento que está ligado à cidade há três séculos.
EVORAMONTE
- Castelo de Évoramonte – a Torre ou Paço Ducal é de construção quinhentista, erigido após o terramoto de 1531, no reinado de D. João III, em que se notam ainda muitas características manuelinas. A cerca medieval de Évoramonte, construída no reinado de D. Dinis tem a forma de um triângulo isósceles e mantém hoje em dia, as quatro portas principais das quais, a porta de S. Brás, está orientada no sentido da ermida do mesmo nome e mantém as suas “munhoneiras” (encaixes para o eixo de um canhão). A porta de S. Sebastião tem também acesso direto, por estrada, à ermida do mesmo orago, do Séc. XV/XVI.
- Casa da Convenção – fica na Rua da Convenção, antigamente designada por R. Direitra. O nome advém do facto de lá ter sido assinada uma convenção entre Absolutistas e Liberais. É um edifício vulgar, de caris regional, com dois pisos, sem elementos dignos de nota.
Para além do Castelo, Évoramonte tem imensas Igrejas, Fontes, Cisterna, Capelas, Ermidas, Paços do Concelho, do tempo em que era um município, Celeiro Comum, com fachada do Séc, XVII/XVIII, hoje loja de produtos regionais, enfim, um nunca acabar de vestígios da nossa História.
SANTA VITÓRIA DO AMEIXIAL
Villa Romana de Stª Vitória do Ameixial – construída durante a romanização na província da Lusitânia, cuja capital era em Mérida, era já ocupada no Séc. I, embora os vestígios mais significativos datem de finais do Séc. III/Séc. IV.
Apresenta construções, pavimentação de mosaicos, tanques de abastecimento e uma rede de abastecimento, para além da divisão notória entre as áreas dos proprietários, dos criados e escravos. Nesta, encontramos os lagares, moinhos e celeiros. O achado de 3000 moedas e os originais painéis de azulejo mostram como os proprietários seriam ricos.
ESPINHEIRO – FREGUESIA DE S. DOMINGOS DE ANA LOURA
- Ermida de Nª Srª da Assunção – data do Séc. XVIII, pertencia ao hospício dos frades da congregação do Oratório, de Estremoz. Hoje é propriedade privada, embora tenha sido integrada nos bens nacionais, aquando da extinção das ordens religiosas
VEIROS
- Ermida de Nª Srª do Mileu –de origem incerta, mas remota
- Paços do Concelho – Séc. XVIII, barroco, com o brasão da vila de Veiros, que deixou de ser concelho em 1855,
- Igreja e Hospital da Misericórdia – é desconhecida a fundação da Stª Casa da Misericórdia de Veiros mas, em 1549 já havia exumações na sua igreja. O que hoje vemos data do Séc. XVIII, tendo substituído o edifício quinhentista.
- Ponte Velha de Veiros – a 1 km da povoação, sobre a Ribª de Ana Loura, é difícil de alcançar pelo caminho difícil. Foi ofuscada pela ponte nova, do IP2 e é uma obra quinhentista.
- Museu Casa Agrícola José M. Matos Cortes – na Vila de Veiros
A abertura deste espaço museológico deveu-se aos filhos de José Matos Cortes, e teve lugar aquando da comemoração dos seus 90 anos de vida. A família esteve décadas ligada à exploração agrícola e, a ideia foi mostrar a todo o público, às crianças em particular, todos os utensílios, ferramentas e alfaias usadas numa exploração agrícola. Nas várias salas, mostra-se ainda as várias profissões rurais, os trabalhos da mulher do campo e os trabalhos da lavoura. O Museu não tem propriamente um horário de funcionamento, abre a pedido dos visitantes, quer individualmente quer em grupo. As visitas são sempre guiadas.
SERRA D’OSSA – FREGUESIA DE S. BENTO DA CORTIÇA
É no Neolítico que surgem os monumentos funerários tais como as antas, sinal da transição das sociedades nómadas a sedentárias. Esta zona do Alentejo é rica nestes monumentos, sendo o Norte e o Centro Alentejanos a zona de maior concentração da Península Ibérica. Em Estremoz, as antas mais antigas pertencem ao Neolítico Médio/Final e apresentam já um corredor a seguir ao sepulcro. A maior concentração, encontra-se na freguesia de S. Bento do Cortiço, na zona Norte da Serra d’Ossa.