Outrora conhecido como o “Palacete de Tarouca”, o número 24 da rua Rosa Araújo é há muito sinónimo de Automóvel Club de Portugal. A 9 de junho de 1950, há precisamente 75 anos, este edifício assumiu as funções que desempenha até hoje: tornou-se na sede do ACP.
A inauguração marcou a concretização de um antigo desejo: o de dotar o clube de uma sede própria, à altura da sua missão e da importância que já então detinha.
Fundado em 1903, na Sociedade de Geografia de Lisboa, o ACP instalou-se inicialmente no Largo das Igrejas, no Chiado, partilhando o edifício com a companhia de seguros "A Mundial".
Com o crescimento do clube, no final da década de 1920, surgiu a necessidade de encontrar um novo espaço. A escolha recaiu sobre o Palácio de Palmela, no Calhariz, em Lisboa, que até então servia de sede à "Associação Naval de Lisboa".
A atual sede foi adquirida em 1947, mas a sua inauguração oficial só teve lugar três anos depois, numa cerimónia solene que contou com a presença do Presidente da República, General Carmona, membros do governo e do corpo diplomático, autoridades civis e militares, jornalistas, sócios – entre eles alguns fundadores – e outras personalidades.
Durante essa ocasião especial, o Presidente da República condecorou o ACP com a Comenda da Ordem de Cristo, em reconhecimento pelos serviços prestados e pelas iniciativas promovidas ao longo dos seus 47 anos de existência até então.
Desde essa data, o edifício da Rua Rosa Araújo não é apenas um marco arquitetónico, mas também um espaço dinâmico e ativo.
Ao longo de mais de 75 anos, tem acolhido assembleias, exposições, debates, homenagens e inúmeros eventos dedicados ao desporto automóvel e à mobilidade em Portugal.
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Curiosamente, quando se assinalam os 75 anos da sua inauguração como sede do ACP, o antigo Palacete de Tarouca recebeu a visita de Martin Vána, responsável pelo Palácio de Cechy pod Kosirem, na Chéquia, residência histórica que pertenceu à família Silva-Tarouca entre 1768 e 1945.
Esta visita teve como base a ligação histórica entre o edifício e a família Silva-Tarouca e decorreu no âmbito do desenvolvimento profissional e investigação pessoal de Martin Vána.