Passaram 60 anos, mas o Aston Martin DB6 continua a ser um dos automóveis mais admirados de sempre, devido à elegância da sua silhueta. Apresentado oficialmente no London Motor Show de 1965, cativou de imediato uma mão cheia de personalidades como o atual rei Carlos III de Inglaterra, Paul McCartney, Mick Jagger, a modelo Twiggy ou o ator Peter Sellers.

Portador das iniciais DB, de David Brown, que adquiriu a Aston Martin em 1947, este modelo era uma evolução dos DB4 e DB5 embora reforçasse o aspeto aerodinâmico, tão importante para um veículo de elevado desempenho. Entre outras alterações que o distinguiam dos seus antecessores, contavam-se o spoiler traseiro Kamm - para melhorar a estabilidade a elevadas velocidades -, os para-choques dianteiro e traseiro divididos ou a linha de teto mais alta.

O DB6 também apresentava uma distância entre eixos mais longa (258,5 cm), quase 10 cm mais que o DB5, e um comprimento da ordem dos 462 cm, que permitia integrar transportar quatro passageiros, num habitáculo também construído com materiais caros para a época como couro alumínio e madeira.

Sob o capôt havia um motor de seis cilindros em linha alimentado por três carburadores, fabricado pela mesma empresa que concebeu os carburadores do famoso caça Spitfire da II Guerra Mundial. Embora tenha herdado componentes do DB5 como o motor, suspensão e transmissão (manual ZF de cinco velocidades ou Borg-Warner automótica de três velocidades), no DB6 era possível optar por direção assistida hidraulicamente e ar condicionado. A suspensão traseira de molas helicoidais era ajustável a partir do interior.

Produzido entre 1965 e 1971, foi o Aston Martin a ter o período de produção mais longo da história da empresa, com 1.967 unidades fabricadas. Ainda há 60 anos foi construída uma versão mais potente do DB6: o conversível “Volante”. Designação que deriva da palavra italiana para “voador”.