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Saiba que automóveis têm airbags "bomba"

| Revista ACP

Citröen, Toyota, BMW e Volkswagen são algumas das marcas afetadas pelos airbags da Takata. E ainda têm recalls em curso para substituir a tecnologia defeituosa.

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Dez anos depois do escândalo com os airbags defeituosos da japonesa Takata, que levou a um dos maiores recalls de segurança da indústria automóvel, ainda há milhares de carros em Portugal que as marcas não conseguem contactar

Após várias queixas e acidentes provocados pelo rebentamento deste tipo de airbags, há uma década, uma avaliação à tecnologia da Takata concluiu que o defeito estava relacionado com o insuflador. Como este precisava de nitrato de amónio como propelente constatou-se que, sobretudo em regiões de calor e humidade elevados, o propelente degradava-se e tornava-se instável. Resultado? O risco do insuflador defeituoso explodir era muito elevado.

 

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Desde a primeira denúncia surgiram vários relatos de airbags da Takata que, em caso de explosão, projetavam fragmentos metálicos perigosos para dentro do veículo, aumentando o risco de ferimentos graves ou morte para os ocupantes.

Ora, a empresa japonesa, em tempos uma referência como fornecedor de sistemas de segurança automóvel, viu-se obrigada a recorrer a um programa de apoio financeiro para evitar a falência nos EUA e no Japão, em 2017. No mesmo ano foi obrigada a fazer um recall de mais de 40 milhões de airbags. O impacto foi tal que não evitou a falência e acabou por ser adquirida pela Joyson Safety Systems, uma empresa de capitais chineses com sede nos EUA.

O recall ainda decorre para algumas marcas automóveis em todo o mundo, incluindo Portugal, segundo fontes do setor e representantes das marcas. No país, o caso visa sobretudo os Citröen C3 e DS 3, alguns modelos da Toyota, BMW e Mercedes-Benz.

Sabe que modelos estão em causa e como deve proceder, caso tenha um carro com airbag da Takata?

  • Honda (fabricados entre 2001 e 2015): Accord; Civic; CR-V; Pilot; Ridgeline; Odyssey; Fit; Insight; Acura MDX e Acura RDX;
  • Citröen e DS (fabricados entre 2009 e 2019 grupo Stellantis): C3; C-Zero; C3 Picasso e C3 Aircross (apenas em alguns países) DS 3;
  • Toyota/Lexus/Scion (fabricados entre 2003 e 2016): Corolla; Yaris; Rav4; 4Runner; Tundra; Sienna; Sequoia; Matrix; Lexus ES; GX; IS; SC430; e híbridos; Scion xB;
  • Nissan/Infiniti (fabricados entre 2001 e 2010): Sentra; Pathfinder; Maxima; Versa; Infiniti FX; I30; I35; M, QX4;
  • Ford / Lincoln / Mercury (fabricados entre 2004 e 2014): Ranger; Mustang; Fusion; Edge; Lincoln MKX; MKZ; Zephyr; Mercury Milan;
  • Chevrolet, Cadillac, GMC, Buick, Pontiac, Saturn (grupo General Motors): Silverado; Tahoe; Suburban; Avalanche; Cadillac Escalade; GMC Sierra; Pontiac Vibe; Saab 9-3/9-5; Saturn Astra;
  • Daimler/Mercedes-Benz (fabricados entre 2005 e 2017): Classe C; E; GLK; ML; R; SLK; SLS; (2005–2017);
  • BMW (fabricados entre 2000 e 2015): série 1; 3; 5; X1; X3; X5; X6;
  • Grupo Volkswagen (incluindo a Skoda, fabricados entre 2005 e 2017): Golf; GTI; Passat; CC; Eos; 
  • Audi (fabricados entre 2005 e 2017): A3; A4; A6; A5; Q5; TT; RS4;
  • Subaru (fabricados entre 2003 e 2014): Impreza (incluindo os WRX/STI); Forester; Outback; Legacy; Baja; Tribeca;
  • Mazda (fabricados entre 2004 e 2015): 6; CX-7; CX-9; RX-8; B-Series; MPV;
  • Mitsubishi (fabricados entre 2004 e 2017): Lancer; Lancer EVO; Raider; i-MiEV;
  • Chrysler, Dodge, Jeep, Ram (grupo Fiat Chrysler)Chrysler 300; Dodge Charger/Challenger; Ram pickups; Jeep Wrangler/Sprinter.

Em Portugal, a Toyota iniciou o recall em 2015 e propôs que os centro de inspeção apoiassem na identificação dos carros afetados, mas essa ideia não foi acolhida.

No caso das marcas da Stellantis, ainda só foram reparados 2.500 C3 e DS 3 num universo de cerca de 15 mil veículos afetados (na Europa estima-se terem sido afetados 415 mil carros). Em território nacional, os fabricantes apontam a desatualização dos contactos dos proprietários como principal dificuldade para concluir o recall.

Muitos veículos têm já vários anos e já mudaram de proprietário mais do que uma vez, pelo que os dados de contacto dos donos já não estar no registo da marca.


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