PATRIMÓNIO A VISITAR
UNIÃO DE FREGUESIAS DE LOUSÃ E VILARINHO
FREGUESIA DE LOUSÃ
Arquitetura Religiosa:
- Igreja Matriz da Lousã – a sua construção foi iniciada ainda no séc. XIX, mas foi concluída em 1921, já no séc., altura em que foi construída a Torre Sineira. No lugar desta, existia uma outra igreja, mais antiga e pequena, que estava em ruínas.

- Capela da Misericórdia – a capela foi construída em 1568. Pertencia à Irmandade da Misericórdia, que tinha alvará de D. Sebastião de 1566. Esta foi uma das primeiras capelas desta grande instituição de caridade fundada por D. Leonor de Lencastre.

Arquitetura Civil:
- Edifício da Câmara Municipal – foi construído no séc. XX, de acordo com a arquitetura do séc. XVIII, pelo arquiteto Moura Coutinho. No interior tem painéis de azulejos da fábrica de Stª Ana e, no Salão Nobre, quadros de Carlos Reis e João Reis, deste o quadro denominado Família, Religião e Trabalho e, do primeiro, a representação da Lenda da Lousã.

- Pelourinho da Lousã – fica frente à Câmara Municipal este pelourinho que assenta numa base de três degraus e é constituído por uma coluna de grés vermelho de Alveite, no cimo da qual está uma pinha em que podem ser vistos rostos humanos, pegados uns aos outros. Foi reconstruído mediante representações gráficas antigas recolhidas por Álvaro Viana de Lemos

- Palácio dos Salazares ou da Viscondessa do Espinhal – é uma imponente casa brasonada, construída no séc. XVIII e foi sujeito a obras em 1818. Hoje está transformado em hotel.

- Museu Municipal Prof. Álvaro Viana de Lemos – tem o epíteto de Museu da Comunidade para a Comunidade. Tem, em exposição, de cerca de cinquenta obras de artistas locais e regionais, espólio arqueológico, também elementos de arqueologia industrial, numismática, armaria, estatutária, metrologia. É, assim, um museu que apresenta, a quem o visita, o antigo e o moderno, como as obras dos artistas locais.


- Museu Etnográfico Dr. Louzã Rodrigues ou Ecomuseu da Serra da Lousã – a maioria dos objetos expostos, foram adquiridos a colecionadores e particulares e trazidos pelo Dr. Louzã Rodrigues de vários pontos do País, arquipélagos da Madeira e Açores incluídos. Tem, no entanto alguns outros doados por entidades e privados à autarquia. Tem alfaias agrícolas e necessários sistemas de transporte, artigos relacionados com pastoreio, apicultura, olaria, cestaria e de outras atividades similares.

- Casas de Cima e de Baixo, dos Almeida Serra – são duas imponentes casas nobres e brasonadas, do séc. XVIII, com janelas barrocas, ao gosto da época.

- Casa Furtado Mesquita ou Quinta do Cano – foi construída no séc. XVIII e, no brasão que apresenta, ostenta as armas de várias famílias, entre elas os Furtados e Mesquitas. Pertenceu ao Conde de Foz de Arouce.
- Monumento à Família – monumento da autoria de Fernando Pedro, inaugurado em 1999 composto por uma fonte e um conjunto escultórico, pensado para homenagear a Família. Foi construído no local onde se realizava a Feira dos Bois. À volta do conjunto podem ver-se painéis de azulejos com cenas das freguesias e da vida quotidiana da Lousã.

- Casa do Fundo de Vila – data do séc. XVIII, é conhecida por Casa do Capitão-Mor. Tem uma larga fachada, com janelas com verga curva e com cornija.

- Fontanário da Rua Dr. Pires de Carvalho – conhecida também como Fonte do Fundo de Vila é uma das construções marcantes da Lousã, projetada pelo Mestre Carlos Reis, em 1932. Foi mandado executar pela Câmara Municipal.

- Hospital de S. João – O início da construção teve lugar no ano de 1865, por iniciativa do Comendador Montenegro e outros beneméritos que se lhe associaram. Foi objeto de grandes obras de adaptação às necessidades, em 1985.

- Estação de Caminho de Ferro – data de 1906 a inauguração da linha férrea Coimbra Lousã. Como muitos edifícios das estações de caminho de ferro, esta tem painéis de azulejos da autoria de Jorge Colaço.

- Castelo de Arouce – o nome resulta do facto de ele se encontrar no Vale de Arouce. Não se conhece a data exata da sua construção, sendo que certo que é já referido em documentos, no séc. XI. Não teria, nessa altura a constituição que hoje apresenta, em alvenaria, mas seria uma construção em madeira, uma simples torre. Desempenhou importante papel, no referido século, defendendo a região de invasores e assegurando assim o desenvolvimento da área onde hoje se situa a Lousã.
- Ermida de Nª Srª da Piedade – é um importante santuário Mariano, localizado no morro frente ao Castelo de Arouce. Tem três capelas, a maior e mais antiga é a de S. João, que data dos séc. XIII e XIV. Dentro podem encontrar-se um conjunto de esculturas, em pedra de Ançã, dos séc. XV e XVI, representando S. João Baptista, S. João Evangelista e S. Paio. Tem também um frontal de altar em azulejos seiscentistas. Para além desta, tem a Capela da Agonia, do séc. XVIII e a Capela de Nª Srª da Piedade, esta no alto do morro, com as paredes bem caiadas de branco, estabelecendo um belo contraste com a paisagem.
Nesta última Capela está a imagem de Nª Srª da Piedade que só era trazida à vila em ocasiões de calamidade pública e na comemoração da criação da Irmandade de Nª Senhora. A partir de certa altura a imagem passou a permanecer durante um Mês na Igreja Matriz e regressar depois, em procissão ao seu Santuário.
Em 1912 foi acrescentada uma nova Capela ao Santuário – a do Sr. dos Aflitos, em estilo neo-romântico, com um altar revivalista do escultor conimbricense João Machado.

Natureza:
- Praia Fluvial Srª da Piedade – esta praia, na Ribeira de S. João, está rodeada por paisagem deslumbrante em que estão incluídos o Castelo de Arouce e o Santuário de Nª Srª da Piedade… que mais se pode desejar para um descanso reparador.

FREGUESIA DE VILARINHO
Arquitetura Religiosa:
- Igreja de S. Pedro – data de 1750, sendo o elemento mais chamativo a torre sineira, de grés vermelho, com três sinos. Na fachada, tem três nichos, com as imagens de Nª srª com o Menino, de S. Pedro e de S. Paulo, todas do séc. XVI e em pedra d’Ançã e de uma oficina de Coimbra.

Arquitetura Civil:
- Núcleo de Gastronomia e Doçaria Regional – Lagar Mirita Sales – o lagar em que outrora era produzido azeite foi recuperado e musealizado no ano de 2000, como maneira de prestar homenagem à Professora Palmira Sales. O espaço fica no lugar de Sarnadinha e as visitas efetuam.

UNIÃO DE FREGUESIAS DE FOZ DE AROUCE E CASAL DE ERMIO
FREGUESIA DE FOZ DE AROUCE
Arquitetura Civil:
- Casa do Conde de Foz de Arouce – data de finais do séc. XVIII, em estilo tardo-barroco. Tem, ao centro, um portal onde se pode ver o brasão da família. Na fachada, podem ver-se dois renques de janelas, sendo as do andar nobre de tipo neo-clássico. Tem capela privativa, com torre visível do exterior.

- Ponte de Foz de Arouce – data de finais da Idade Média, sendo uma das mais antigas da região centro. Os pilares em que assenta mostram fortes quebra-mares. Sofreu algumas modificações ao longo dos tempos.
- Obelisco em Memória do Combate de Foz de Arouce – foi durante as Invasões Francesas, a 3ª, no ano de 1811. Foi um combate renhido, entre as forças anglo-lusas e o exército Napoleónico, comandado pelo Marechal Ney.

FREGUESIA DE CASAL DE ERMIO
Arquitetura Religiosa:
- Igreja de Santo António – embora se possa encontrar, à entrada, uma escultura quinhentista de S. Sebastião, o mais conhecido é que esta igreja foi restaurada no séc. XVIII, exibindo, no exterior, painéis de azulejos de interesse religioso, embora relativamente modernos. O interior é amplo, com o altar barroco, do tempo de D. Pedro II, bem como as esculturas de Stº António e de S. Caetano, barrocas, do séc. XVIII. O teto da igreja é constituído por painéis pintados e o baptistério é também digno de nota.

Natureza:
- Praia Fluvial da Bogueira – local muito agradável, para um bom banho refrescante num local redeado de vegetação.

FREGUESIA DE GÂNDARAS
Arquitetura Religiosa:
- Igreja de Santa Luzia – foi construída há 200 anos, no local onde existia uma anterior, muito antiga. Desta, pode ver-se o altar que, tendo resistido à passagem do tempo, foi restaurado em 1998.

Arquitetura Civil:
- Miradouro de Manuel Vaz – local privilegiado, de onde se pode ver a Lousã e, em fundo, a Serra.

FREGUESIA DE SERPINS
Arquitetura Religiosa:
- Igreja de Nª Srª do Socorro – foi reconstruída na 2ª metade do séc. XVIII e apresenta uma torre sineira de três andares. O interior, amplo, de uma nave, é revestido a madeira. Lá se pode ver uma escultura renascentista da Virgem com o Menino. Os altares têm talha dourada e gravuras policromáticas de datas diferentes mas, a maioria é neoclássica.

Arquitetura Civil:
- Pelourinho de Serpins – Foi construído no séc, XVI e, muito mais tarde, restaurado pela Câmara Municipal da Lousã. É constituído por coluna sobre três degraus e encimada por um capitel em que é visível ainda o escudo nacional.

- Ponte Velha – Foi construída no séc. XIV, aproveitando os pilares da antiga ponte medieval que, possivelmente, dataria da época da ocupação romana. Os materiais empregados para a construção foram pedra rolada, xisto e argamassa.

Natureza:
- Praia Fluvial da Srª da Graça – fica em plena localidade de Serpins, à beira do rio e com vários equipamentos de apoio.

- Cabril do Ceira – local impressionante, na localidade de Cabril, com as rochas a pique sobre o rio Ceira.

ALDEIAS DO XISTO E ALDEIAS SERRANAS
A visita às Aldeias de Xisto, sendo muito aliciante, não só pelas aldeias elas próprias, como por toda a paisagem envolvente de todas e cada uma delas, e do percurso entre elas, aproveitando para passar pelo Castelo e o Santuário de Nª Srª da Piedade. No fundo, percorrendo o que os antigas habitantes dessas aldeias tinham de calcorrear, repetidamente…
- Casal Novo (Aldeia de Xisto) – a aldeia é praticamente uma escadaria, íngreme, ladeada de casas, através da qual se chega às eiras, donde se tem uma vista deslumbrante sobre a Lousã – no dia em que o último habitante estava de “malas aviadas” para abandonar a aldeia, farto de lutar pela construção de uma estrada e instalação da eletricidade, chegavam pessoal e material para a instalar…

- Talasnal (Aldeia de Xisto) – está bem conservada e é das que maior número de turistas atrai. Tem dois lagares de azeite, que funcionam com recurso à água. Era uma aldeia onde havia homens que transportavam a neve da Serra, acumulada em poços e já como gelo, Para Lisboa, desde o séc. XVII – os neveiros.
O gelo resultante do armazenamento da neve, em poços, em Stº António das Neves, no alto da Serra, era envolvido em fetos ou em palha e seguia em carros puxados por mulas, ou somente nas mulas, para a capital. Esta atividade cessou quando se começou a produzir gelo artificialmente…

- Chiqueiro (Aldeia de Xisto) – de todas as aldeias de xisto, é a mais pequena, tendo ainda currais e pastor, que continua a pastorear as suas cabras. Oferece uma paisagem magnífica e terá sido e mais importante das aldeias deste tipo, uma vez que existem sepulturas na capela e também porque terá tido pároco residente.

- Candal (Aldeia de Xisto) – Tem acesso pela estrada nacional, o que fez com que lá fossem construídas casas com outros materiais que não o xisto. Pela facilidade de acesso, desenvolve várias atividades lúdicas na serra. Do cimo, tem panorâmica deslumbrante.

- Cerdeira (Aldeia de Xisto) – esta aldeia é atravessada pela Ribeira de Cerdeira e tem, à entrada, uma pequena ponte. O terreno, acidentado cria, na aldeia, recantos encantadores que a tornam especial e permitem uma grande ligação com a Natureza. Do alto desta aldeia temos também uma belíssima paisagem. Ao longo da ribeira existem vários moinhos e um funcional sistema de rega.

- Vaqueirinho (Aldeia Serrana) – aldeia serrana, longe da estrada nacional, com casas separadas por vias estreitas. O nome deve derivar do facto de haver muito gado. É rodeada por castanheiros, cerejeiras bravas e… muitas borboletas!

- Catarredor (Aldeia Serrana) – de todas, é a maior aldeia – atravessada por vários trilhos pedonais, que servirão para as várias atividades de recreio, na Serra. Belo miradouro. Pensa-se que o nome de Catarredor vem do facto de a aldeia ficar num ponto alto, de defesa e beneficiar de uma vista abrangente e de grande beleza – dir-se-ia, para chamar a atenção – “cata redor” ou seja “olha em redor”

PERCURSOS PEDESTRES NO CONCELHO DA LOUSÃ
Existem vários percursos pedestres que atravessam o concelho da Lousã, percursos para todos os gostos, perfeitamente definidos e assinalados, que percorrem as paisagens da Serra e passam pelas Aldeias de Xisto e Serranas. São percursos de níveis de dificuldade diferentes, facto que é devida e previamente indicado a cada um dos caminhantes. Os painéis existentes ao longo dos percursos dá as devidas informações sobre o património existente nos mesmos. Simultaneamente, é dada informação relativa a restaurantes e hotéis.
Eis os links dos vários percursos, disponíveis no site da Câmara Municipal da Lousã:
APP das Aldeias de Xisto
Esta app, disponível para as versões iPhone e Android liga rapidamente os utilizadores à marca, auxiliando na preparação da viagem às Aldeias de Xisto a partir dos conteúdos interativos, organizados a partir de quatro rotas – Serra da Lousã, Serra do Açor, Zêzere e Tejo Ocreza. Dispõe de:
- Guia turístico de viagem;
- Visualização de pontos de interesse, georreferenciados
- possibilidade de acrescentar outros:
- Informação áudio sobre os locais de interesse
- Funcionalidade “Aqui Perto” e “Realidade Aumentada”, para
identificar pontos próximos.
Abaixo tem os links para descarregar a app:
Link - : App Aldeias do Xisto para IOS
Link - : App Aldeias do Xisto para Android
ROTA ESTRADA NACIONAL 2
(excerto 87ª EDIÇÃO DO MAPA ACP de 1988, altura em que a EN2 não tinha ainda sido intervencionada)

- Por iniciativa da Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião, está já constituída a Associação de Municípios da Rota da EN2 – a Mítica EN2, como também é denominada.
A Associação destina-se a, simultaneamente, preservar aquela que é a maior estrada, completamente construída do País – vai de Chaves a Faro, num percurso de 738,5 km, estes já dentro da área da cidade de Faro – que mantém um traçado praticamente intacto, que atravessa 31 municípios e promover turisticamente esses municípios, tornando cada um deles um polo de atração, não só pela EN2 em si, mas também pelo respetivo património cultural, paisagístico e gastronómico.
