Ao quinto dia de prova o vencedor do Dakar do ano passado, Toby Price, voltou a mostrar tudo o que sabe. O australiano não deu qualquer possibilidade aos rivais e tirou bom partido da sexta posição em que largou para os 353 km cronometrados de hoje.
Ao cabo dos primeiros 51 km o homem da KTM era já terceiro, saltando depois para a liderança ao km 103 para não mais a perder até ao final, garantindo a segunda vitória em especiais neste Dakar 2020, hoje com 1:12s de vantagem sobre Pablo Quintanilla.
Aos comandos de uma moto “irmã”, uma Husqvarna, o chileno levou a cabo um dia de subida regular e gradual na classificação para subir de 14º à partida ao intermédio do pódio e, com isso, garantir também o seu melhor resultado até ao momento em especiais.
A surpresa do dia acabou por ser Andrew Short. O norte-americano, que depois do 10º posto na especial de abertura perdeu muito terreno, aproveitou bem o 13º lugar à partida para beneficiar das linhas que foram traçadas pelos que arrancaram à sua frente e garantiu o terceiro posto. Short terminou assim a 2:31s da frente e fez com que fossem duas as Husqvarna entre no Top 3.
Atrás deles surgiu Ricky Brabec. Depois de dois dias de domínio quase absoluto da Honda, a marca nipónica não conseguiu melhor que o quarto posto de Brabec neste quinto dia de competição. O líder da geral optou por um andamento mais tranquilo, ainda assim, cedeu apenas 3:03s para o vencedor.
Um resultado que em nada o afeta na geral. Bem pelo contrário já que Kevin Benavides, que ontem era segundo, hoje perdeu muito tempo ao terminar em nono, a 12:05s de Price. O argentino teve de abrir a pista com o colega de equipa José Ignácio Cornejo e isso teve um preço, com ambos a perderem muito tempo logo nos primeiros quilómetros. Cornejo, que ontem se estreou a vencer uma especial no Dakar, hoje não foi além de 13º, a 14:57s da frente.
Com tudo isto, Brabec continua na liderança da geral, agora com 9:06s de vantagem sobre Price, enquanto Benavides caiu para terceiro, a 11:32s, e Quintanilla subiu uma posição, para quarto (+16:01s). Cornejo seguiu caminho inverso e caiu de terceiro para quinto, a 20:25s de Brabec.
Em relação aos portugueses, Paulo Gonçalves foi o mais rápido ao terminar em 10º, o que lhe permitiu voltar a subir na geral, ocupando agora o 58º lugar. Sebastian Bühler foi o segundo melhor, com o 21º tempo, enquanto António Maio recuperou do tempo perdido ontem ao terminar em 33º, com Mário Patrão a ser 36º e Fausto Mota 46º. Na geral Bühler é agora o porta-estandarte entre os portugueses com a 19ª posição, seguido de Maio em 32º, Mota em 36º e Patrão em 39º.