Numa era de partilha de plataformas e tecnologia e de grandes grupos que concentram inúmeras marcas, o design automóvel continua a ser um dos principais fatores diferenciadores na indústria. Foi este o mote para um podcast que teve como convidado Ricardo Santos, um conhecido ilustrador português que até já trabalhou com a marca italiana Pagani.
Fã confesso do design automóvel desde tenra idade, Ricardo Santos recorda que em criança desenhava automóveis "nos cadernos da escola". Ao longo da conversa, explica ainda que o processo de desenhar um automóvel conta com diversas fases e até que, se tivesse oportunidade, preferia desenhar o exterior de um automóvel.
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Já quanto ao formato "da moda", os SUV, Ricardo Santos está longe de ser um apreciador, acusando-os de estarem na base de uma era de uniformização do design automóvel. Porém, o ilustrador reconhece que há uma razão técnica por trás da adoção dos SUV por parte das marcas, pois é mais fácil instalar baterias de maiores dimensões neste tipo de veículos.
Fã confesso do Alfa Romeo 33 Stradale original, Ricardo Santos assume que os automóveis podem ser obras de arte "a partir do momento em que observamos intensamente" e que as marcas italianas são referências no design automóvel.
Quanto ao desafio de trabalhar com a Pagani, o ilustrador português explica que tudo começou graças à exposição que a internet permite. Afinal, terá sido assim que os responsáveis da marca italiana conheceram o seu trabalho.
Por fim, numa altura em que a Inteligência Artificial se está a tornar mais comum, não pudemos deixar de perguntar a Ricardo Santos se acha que esta tecnologia poderá colocar em risco o trabalho dos designers.
A resposta revela um misto de otimismo e apreensão, com o ilustrador a reconhecer que a Inteligência Artificial poderá ser uma boa ferramenta mas sem deixar de referir que pode ser algo "assustadora".
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