O fabricante britânico de automóveis de luxo Bentley revelou esta terça-feira ter atingido recorde de vendas em 2022, com uma forte procura que acabou por compensar, e ultrapassar, as perdas verificadas na China devido ao coronavírus, naquele um dos mercados que mais luxo consome no setor automóvel.

A marca, que pertence ao grupo Volkswagen, vendeu 15.174 veículos no ano passado, mais 4% do que em 2021, que já tinha sido um ano recorde para a Bentley.

"No que foi mais um ano de imprevisibilidade, o negócio ultrapassou barreiras e indicadores significativos e demonstrou grande resiliência para se atingir o terceiro ano consecutivo de vendas recorde", comentou Adrian Hallmark, CEO da Bentley.

A empresa relatou um crescimento das vendas em todos os mercados regionais, excepto China. Mas nas Américas, o maior mercado da Bentley, as vendas cresceram apenas a um ritmo modesto de menos de 1%.

O SUV de luxo Bentayga, que tem um preço inicial de cerca de 180 mil euros, continuou a ser o modelo mais vendido da Bentley em 2022, sendo responsável por 42% das vendas de veículos.

A Bentley tem-se concentrado cada vez mais na personalização, desde o couro cosido à mão até aos acabamentos que vão desde a nogueira à madeira de koa, ou mesmo a madeira com 5.000 anos de idade retirada dos pântanos baixos de Inglaterra. Isto elevou o preço médio de venda da Bentley antes de impostos de quase 30%, de 170.000 euros em 2018 para 220.000 euros por carro em 2022 . A Bentley comprometeu-se a ficar totalmente eléctrica até 2030.