Lewis Hamilton e Valentino Rossi são dois nomes incontornáveis, dois monstros do desporto motorizado. O britânico conta com seis títulos de Campeão do Mundo de Fórmula 1, e prepara-se para tentar igualar o recorde de sete coroas de Michael Schumacher, enquanto o italiano totaliza nove títulos de MotoGP, sete deles na categoria rainha, e é um dos mais bem-sucedidos da história.

Viciados em velocidade, não é segredo para ninguém o quanto cada um deles gosta da máquina do outro e agora tiveram a oportunidade de trocar de posições.

Para Hamilton a estreia foi dura e exigente. “É muito difícil de pilotar a moto. A curva de aprendizagem é muito acentuada. Ainda apanhei um susto, mas a moto ficou inteira,” afirmou o britânico depois de pilotar a Yamaha YZR-M1.

Já Rossi, que em tempos chegou a ser dado como estando a caminho da F1 e que já pilotou um Ferrari no passado, sentiu-se mais à vontade ao volante do Mercedes W08, perdendo apenas 1,5 segundos para a marca de Hamilton no traçado valenciano Ricardo Tormo.

“Valência é uma pista complicada e estava vento. A dada altura pensei que ia ser difícil para o Lewis, mas ele esteve muito bem e assumiu uma boa posição na M1. Gostei muito de partilhar esta experiência com ele,” reconheceu Rossi.

Quem também se mostrou muito contente foi o Diretor Desportivo da Yamaha, Lin Jarvis. “Foi um dia excecional. Ter dois ícones do desporto connosco, o Lewis e o Rossi, foi mesmo incrível. Fiquei muito impressionado com a prestação do Lewis porque, quantos campeões das quatro rodas poderiam vir aqui, montar a M1, e ficar orgulhosos do que fizeram em pista?”, perguntou Jarvis no final.

Uma resposta para a qual ainda não há uma resposta nos “tempos modernos” de ambas as modalidades, mas que tem em John Surtees o único exemplo único do passado de que é possível ser Campeão do Mundo nas categorias rainhas das duas e das quatro rodas.