Pelo sexto ano consecutivo o governo voltou a disponibilizar verbas para subsidiar a compra de veículos elétricos, sejam eles automóveis ou bicicletas. Este ano há mais 10 milhões de euros para os veículos de zero emissões, mas olhando para o global das vendas de automóveis com todos os tipos de motorizações estas verbas continuam insuficientes para dar expressão à quota de mercado da mobilidade elétrica.

Ainda assim é uma boa notícia para aqueles que querem comprar um automóvel elétrico e não sejam excluídos pelo Fundo Ambiental, já que o subsídio subiu para 4 mil euros. Para os veículos ligeiros de mercadorias 100% elétricos, o valor do apoio mantém-se nos seis mil euros. Mas para se candidatar a estes fundos, convém ter em atenção alguns aspetos, como o teto máximo de 62.500 euros de valor e a obrigatoriedade de permanecer com a viatura por dois anos. 

Depois de dois anos de pandemia e de um forte retrocesso nas vendas globais de automóveis, o segmento dos carros elétricos naturalmente regista valores elevados de crescimento nas vendas, mas na verdade continua a representar só 9% dos cerca de 147 mil automóveis novos vendidos em 2021, o que significa 13 mil novos elétricos a circular nas estradas portuguesas. Em seis anos de subsídios do Estado, apenas foram apoiados 5 mil novos ligeiros de passageiros de zero emissões.

Uma das principais novidades é o apoio à instalação de carregadores para veículos elétricos em condomínios. Benefício que é limitado a 270 carregadores e que tem que ter ligação obrigatória à Mobi.E

Também a mobilidade suave está de novo contemplada no programa de apoios. Para a compra de bicicletas elétricas de uso citadino, o incentivo é de 50% do valor de aquisição até ao máximo de 500 euros, mas exclui bicicletas destinadas a uso desportivo, nomeadamente para circuitos de cross ou montanha, trotinetes ou velocípedes de outro tipo.