O W16 foi um marco na história dos roadsters da Bugatti. Surgido pela primeira vez em 2005 no Veyron, a marca queria algo especial para se despedir deste motor que marcou alguns dos seus modelos em termos de performance. Para isso, criou o Bugatti Mistral de 1.600 cv do qual vão ser apenas produzidas 99 unidades.

Inspirado no Bugatti Type 57 Roadster Grand Raid de 1934 , que está em exposição no Museu Louwman em Den Haag, o design do novo Bugatti Mistral destaca-se, entre outras coisas, pelo pára-brisa curvo que se funde com as janelas laterais criando uma viseira e para as duas novas entradas de ar do motor localizadas atrás dos apoios de cabeça, que são uma referência, além do Type 57, ao Veyron 16.4 Grand Sport, o primeiro conversível da era moderna da Bugatti.

Na frente, não passa despercebida a grade em forma de ferradura, mais profunda e mais larga que a do Chiron, e os faróis dispostos verticalmente seguindo a linha marcada pelas últimas criações da marca, o Divo e o Voiture Noir. Já na traseira, as luzes X foram retiradas do Bugatti Bolide, um modelo experimental que finalmente entrou em produção após o seu bom acolhimento.

Menos inovador é o seu interior, aliás, parecido com o do Chiron, apesar de exibir alguns detalhes exclusivos como a manete de velocidades com detalhes em madeira e uma inserção em âmbar com a famosa escultura "elefante dançante" desenhada por Rembrandt Bugatti que, na época, era exibido no capot do Quíron, lendário Type 41 Royale.

A escolha das cores preto e amarelo para sua estreia não foi um acaso, pois faz reviver a combinação de cores aplicada no Type 57 há 88 anos. A mesma que o próprio Ettore Bugatti escolheu para muitos de seus carros pessoais. Quando saírem de fábrica, cada unidade vai custar cinco milhões de euros, um valor ao nível da exclusividade e da história que este modelo vai representar na trajetória da marca.