Os quadriciclos, também conhecidos por “papa-reformas” são um sucesso de vendas. Associados no passado ao público sénior e ao meio rural, são hoje muito apetecíveis pelos mais jovens, seduzidos pela possibilidade de os poderem conduzir a partir dos 16 anos com a carta de categoria B1 e assim alcançarem uma independência que, normalmente, só teriam a partir dos 18 anos.

A sua eficiência em deslocações urbanas, fácil estacionamento pelas reduzidas dimensões e baixo custo de aquisição também estão entre os principais fatores que motivam esta crescente procura em Portugal, que começou a verificar-se desde 2018 e em outros países europeus. Nos EUA, a moda dos microcarros também está a ganhar expressão.

Uma tendência que não tem passado despercebida a alguns fabricantes. Atentos a esta mudança, têm lançado para o mercado diversas propostas, incluindo modelos mais tecnológicos e 100% elétricos. É o caso da Citroën, marca pioneira na reinvenção do conceito de microcarro com o seu Ami, que se revelou um êxito, também no mercado nacional.

O Opel Rocks-e é outro exemplo, bem como o Topolino, o novo quadricíclo elétrico da Fiat que vai chegar em 2024. Mas do outro lado do Altântico também chegam propostas para este segmento, como o Eli Zero que é comercializado pela Solmotor, empresa do grupo português Auto-Industrial que opera no mercado da mobilidade elétrica.

Aos clientes particulares que optam por este tipo de veículos para as deslocações diárias pela cidade, também algumas empresas estão a piscar os olhos aos microcarros. Recentemente, o Citroën Ami juntou-se à frota dos CTT e é usado pela Portway nos aeroportos nacionais e há muitos municípios que apostam nos quadriciclos pesados como veículos de apoio aos trabalhos de higiene urbana.