Se a vitória da Peugeot até pareceu fácil, a dificuldade de Stephane Peterhansel em bater Sebastien Loeb foi por certo muito maior. Durou quase até ao fim e foi necessário Peterhansel pressionar muito Loeb para na penúltima etapa saltar para o comando e fazer a festa hoje à chegada a Buenos Aires. Na última etapa de consagração, entre Rio Cuarto e a capital da Argentina, com poucos quilómetros ao cronómetro, a vitória até foi de Loeb, que promete voltar para vencer a tão apetecida maratona do todo terreno. Para o nove vezes campeão do mundo de ralis, foi fatal o furo sofrido na penúltima etapa, entregando o comando ao seu colega de equipa Peterhansel que, aos 51 anos vence pela 13ª vez o Dakar, tendo obtido hoje o seu 7º triunfo em automóveis, depois de já ter conquistado seis vitórias em motos. E se o “Senhor Dakar” mostrou uma vez mais que a experiência ainda dá cartas, Loeb afirmou que vai voltar para ganhar, depois de ter conquistado 6 vitórias em 10 etapas disputadas.

Todo o domínio da Peugeot nesta edição do Dakar ficou sublinhado com os três lugares do pódio. Peterhansel venceu ao fim de 28h49m30 de condução ao volante do Peugeot 3008 DKR, seguido por Loeb a 5m13 e por Desprès a 33m28. Quanto à Toyota, depois de ter perdido o favorito Nasser Al-Attiyah, conseguiu colocar duas Hilux nos cinco primeiros lugares, com Nani Roma a registar o 4º lugar final a 1h16m43 de Peterhansel e Giniel De Villiers a ser o 5º classificado a 1m49m48 do vencedor. A Mini poderá ter sido a grande desilusão deste Dakar, com o azar de Hirvonen a fazer com que o argentino Orlando Terranova tenha sido o melhor piloto dos Mini All4 Racing ao conquistar a 6ª posição final. Em relação aos dois navegadores portugueses presentes, só um terminou. Paulo Fiúza a navegar o alemão Stephan Schott foi o 15º classificado, enquanto Filipoe Palmeiro que estava a fazer uma excelente prova ao lado do chileno Boris Garafulic, abandonou na 11ª e penúltima etapa, quando era o 7º classificado da geral, ambos em Mini All4 Racing.