Depois dos telemóveis Xiaomi aposta nos automóveis

| Revista ACP

SU7 é o primeiro modelo da marca chinesa. Apresenta-se como concorrente de propostas como o Tesla Model S e Porsche Taycan.

Xiaomi-SU7

Há muito anunciado e fruto de um investimento na ordem dos 1,277 mil milhões de euros, o Xiaomi SU7 é o primeiro automóvel da marca de telemóveis e a prova de que são poucas as áreas nas quais este gigante chinês da tecnologia não está presente.

Contrariando a «moda» em voga na indústria, o primeiro automóvel da Xiaomi não é um SUV mas sim uma berlina 100% elétrica com cerca de 5 metros de comprimento e dois de largura.

Estas dimensões generosas colocam-na, automaticamente, em «rota de colisão» com dois dos modelos que a Xiaomi definiu como os seus principais rivais: os Tesla Model S e Porsche Taycan.

Para enfrentar rivais tão célebres o Xiaomi SU7 conta com uma série de argumentos a seu favor. O primeiro de todos é um coeficiente aerodinâmico referencial: 0,195. Este valor é melhor, por exemplo, que o alcançado pelo Mercedes-Benz EQS (0,20) e permite à Xiaomi afirmar que o SU7 é o carro de produção mais aerodinâmico do mundo.

Além disto, o SU7 conta ainda com diversos sistemas de segurança e ajuda à condução, não dispensando um LiDAR, vários radares, sensores ultrasónicos e câmaras que lhe permitem até ser autónomo no futuro.

Quanto à mecânica, esta berlina 100% elétrica apresenta-se em duas versões — SU7 e SU7 Max — e vê as suas motorizações adotarem uma designação no mínimo peculiar: HyperEngine V6, HyperEngine V6s e HyperEngine V8s.

O Xiaomi SU7 tem tração traseira graças à instalação do HyperEngine V6 no eixo posterior. Este motor é capaz de atingir as 21 000 rpm e debita 299 cv (220 kW) e 400 Nm de binário, «empurrando» o SU7 dos 0 aos 100 km/h em 5,28s.

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Esta versão é alimentada por uma bateria LFP de 400V e 73,6 kWh que permite à Xiaomi anunciar uma autonomia de 668 km no menos exigente ciclo de homologação chinês (CLTC).

Quanto à versão de topo, a SU7 Max, esta conta com tração integral graças à instalação do HyperEngine V6s no eixo dianteiro e do HyperEngine V8s no eixo traseiro. A potência máxima combinada do conjunto chega aos 673 cv (495 kW) e 823 Nm de binário. Tudo isto permite cumprir os 0 aos 100 km/h em 2,78s e os 265 km/h de velocidade máxima.

Nesta versão a bateria passa a ser NMC (níquel, manganês e cobalto) com 875 V e 101 kWh de capacidade, prometendo cerca de 800 km de autonomia de acordo com o ciclo chinês.

Com o arranque da produção previsto já para o primeiro semestre, o Xiaomi SU7 ainda não viu revelada a sua data de lançamento, os seus preços e nem sequer se vai estar disponível noutros mercados além do chinês.

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