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China duplicou o número de elétricos exportados

| Revista ACP

Entre Janeiro e Agosto deste ano a China aumentou a exportação de veículos a bateria em mais de 100%, confirmando domínio mundial. 

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As exportações de veículos elétricos pela China mais do que duplicaram (+110%), entre janeiro e agosto, segundo dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM), revelando assim o enrome crescimento e ponderação do país asiático no setor automóvel, em especial no setor dos elétricos. Os dados mostram que os fabricantes de automóveis chineses exportaram cerca de 727 mil veículos elétricos, nos primeiros oito meses do ano.

Os veículos elétricos puros registaram um aumento anual de 120%, para 665.000 unidades, enquanto as exportações de modelos híbridos aumentaram 73,5%, para 62.000.

Se se incluir o total de carros movidos a motor de combustão interna, então a China exportou 2,94 milhões de veículos para o exterior, até agosto, o que representa um aumento homólogo de 61,9%, em relação ao ano anterior.

A imprensa oficial chinesa sublinhou que o crescimento das exportações de automóveis de passageiros (+69,8%) é superior ao aumento das vendas de veículos comerciais (+31,1%).

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira a abertura de uma investigação aos subsídios que a China concede aos seus fabricantes de veículos elétricos, cujos preços são "artificialmente baixos", devido a estes apoios públicos, o que causa prejuízos às empresas europeias.

No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos - mais do que em todos os outros países do mundo juntos.

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A dimensão do mercado chinês e generosos apoios estatais propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o 'status quo' de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas.

Em 2014, o líder chinês, Xi Jinping, afirmou que o desenvolvimento de carros elétricos era a única forma de a China se converter numa "potência do setor automóvel". O país estabeleceu então como meta que os carros elétricos deviam representar 20% do total das vendas até 2025. Esse valor foi ultrapassado no ano passado, quando um em cada quatro veículos vendidos na China era elétrico.

Cinco das dez marcas de veículos elétricos mais vendidas no mundo são agora chinesas. A maior é a BYD, que fica apenas atrás da norte-americana Tesla. O domínio chinês alarga-se também à indústria de baterias. As chinesas CATL e BYD são os maiores fabricantes mundiais. Pequim mantém ainda forte controlo no acesso a matérias-primas essenciais, incluindo terras raras.

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