Ao volante do Yamaha YXZ 1000R SS, o piloto que já conquistou vitórias no Campeonato Nacional de TT, cumpriu 16 voltas ao Terródromo de Fronteira e deixou Nuno Ferreira, também em Yamaha, a 4m33,37s. O terceiro lugar ficou para o campeão nacional em título, João Dias, que partilhou a pilotagem do Polaris RZR XP com Pedro Carvalho.
No aquecimento para a grande maratona, as AFN 24 Horas TT Vila de Fronteira, 25 UTV/Buggy lançaram-se ao desafio para 3 horas de competição nos 17 quilómetros do circuito de todo o terreno em Fronteira. Bruno Martins, que saiu da pole position, não foi feliz. O piloto do Rage Comer R ainda se manteve na frente, mas um acidente com uma pedra obrigou-o a desistir.
Sem a equipa mais rápida dos treinos cronometrados em competição, António Ferreira, que tinha sido o segundo mais veloz na véspera, assumiu o comando com o Rage Sport. Contudo, durante o reabastecimento, o piloto atrasou-se e acabou mesmo por não se classificar. A sair da segunda linha da grelha, depois de ter sido quarto na qualificação, Ricardo Carvalho adotou um ritmo constante e isso valeu-lhe a liderança à passagem da primeira para a segunda hora de corrida. O antigo piloto de Quad não mais largou o primeiro lugar e sagrou-se vencedor da quinta edição desta prova organizada pelo ACP Motorsport.
“Foi um excelente resultado. Foi a melhor forma de terminar a época. É a prova de que o Yamaha tem enorme potencial. Queria passar para a frente logo no início para gerir a corrida de outra forma. Mas não consegui. E tive algumas dificuldades em acompanhar os Rage que têm mais velocidade de ponta. Optei por um andamento constante e a estratégia resultou”, explicou Ricardo Carvalho logo após ter subido ao pódio.
Para Nuno Ferreira, o segundo lugar alcançado nas 3 Horas TT UTV/Buggy foi excelente. “Correu tudo bem com este depósito que é de série e o combustível quase não chegava. A última volta foi realizada com o UTV sempre a falhar”, disse o piloto que teve um duelo tremendo com João Dias/Pedro Carvalho a quem se superiorizou por 23,1 segundos.
No último lugar do pódio, a dupla em que competiu o campeão nacional quase que podia celebrar como se de uma vitória se tratasse. Depois de ter capotado o Polaris na primeira volta dos treinos cronometrados, a equipa teve de fazer horas extra para se apresentar à partida da corrida. “Estivemos a trabalhar até às três horas da manhã”, explicou Carvalho. Com este problema, a formação nem sequer registou tempo e teve de partir da última posição da grelha. Em três horas de competição, recuperou 22 lugares até ao pódio. A dupla chegou mesmo a rodar em segundo, “mas o diferencial está a desfazer-se e foi impossível manter o ritmo nas últimas duas voltas”, explicou João Dias.