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Volvo recolhe 750 mil carros por falha nos travões

| Revista ACP

Centro de testes da Dinamarca detetou falha grave nos travões automáticos de emergência, já confirmada pela Volvo, e que afeta todos os carros produzidos desde janeiro de 2019. 

A FDM (Federação dos Automobilistas da Dinamarca) revelou, através do seu centro de testes, uma grave falha de segurança nos novos modelos da Volvo, que se refere ao funcionamento do Travão de Emergência Automático (TEA), uma assistência de condução que visa monitorizar e precaver situações de perigo inesperadas, com especial benefício para ciclistas e peões. 

A marca sueca está agora a recolher cerca de 750.000 veículos em todo o mundo. Milhares de proprietários da Volvo em todo o mundo vão ser notificados em breve para levar os seus carros  aos locais indicados para corrigir a situação. Ao todo, são 736.340 veículos a precisar de intervenção.

A FDM encontrou um defeito no referido sistema de travagem no decorrer de testes mais alargados aos sistema avançados de ajuda à condução (advanced driver-assistance systems - ADAS) com um Volvo XC60. Foram detetadas falhas frequentes do sistema de travagem automático quando o XC60 era colocado em frente a uma almofada de testes, que deveria obrigar o veículo a imobilizar-se por "sua" decisão. A Volvo foi notificada da falha e enviou uma equipa à Dinamarca para analisar o caso. Mais tarde, o carro foi levado às instalações de testes da Volvo em Gotemburgo, na Suécia, onde a falha foi confirmada. O erro no sustema de travagem automática é causado por um sensor de temperatura colocado na câmera do pára-brisas em quase todos os modelos da Volvo, incluindo V90/S90, V60, XC90, XC60 e XC40. 

Os engenheiros da Volvo descobriram que a falha está presente em todos os modelos da Volvo produzidos a partir de 21 de janeiro de 2019. A Volvo alega tratar-se de um erro de software e decidiu fazer um "recall" a todos os veículos afetados para uma atualização e verificação de sistema.

Lone Otto, chefe do aconselhamento técnico da FDM revelou: "entramos em contato com a Volvo no final de 2019 e, embora nos levassem a sério, tivemos apelar com alguma insistência para responderem às nossas preocupações. Como organização de direitos do consumidor, estamos totalmente confusos ao lidar com uma falha crítica de segurança dessa maneira. A Volvo pode e deve fazer melhor".

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