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Nasser Al Attiyah em Toyota alcança a 4ª vitória no Dakar

| Revista ACP

O piloto do Qatar controlou tudo, da primeira à última etapa. Sébastien Loeb, terminou em 2º e foi a sua única sombra.

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Venceu o Prólogo e cedo deu sinais das suas intenções em vencer a 44ª edição do Dakar. Nasser Al Attiyah conseguiu controlar os seus principais adversários, especialmente Sébastien Loeb, que tudo tentou para chegar à vitória na Arábia Saudita, terminando a prova no 2º lugar a 27m46 de Nasser. O piloto da Toyota alcançou a sua 4ª vitória no Dakar, depois de ter vencido com a Volkswagen em 2011, com um Mini em 2015 e com a Toyota em 2019, repetindo este ano o triunfo com a Toyota Hilux Gazoo Racing.

Nos automóveis, a Toyota dominou o panorama, conquistando 3 lugares entre os 5 primeiros classificados. Para além de Al Attiyah, outra Hilux tripulada por Yazeed Al Rajhi alcançou a 3ª posição a 1h01m13 do vencedor e Geniel DE Villiers pbteve o 5º lugar final a 1h41m48 de Nasser. Os BRX Prodrive estiveram em excelente plano, com estes novos T1+ a conseguirem vencer quatro etapas e, para além do 2º lugar de Loeb, foi Orlando Terranova a conquistar o 4º lugar. Três Toyota e dois BRX Prodrive nos cinco primeiros lugares, não tiraram brilho aos novos híbridos da Audi, os RSQ e-tron que venceram etapas com Carlos Sainz, Stéphane Peternasel e Mattias Ekstrom, mas acumularam diversos problemas de juventude, causando atrasos irremediáveis na classificação geral.

Nasser Al Attiyah conquista assim 4 vitórias no Dakar, igualando Ari Vatanen, mas ficando ainda longe do “Senhor Dakar”, Stréphane Peterhansel, que obteve 8 vitórias nos automóveis, para além dos triunfos que obteve em motos. Em relação a portugueses nos automóveis, e depois do azar sofrido por Filipe Palmeiro, o outro navegador Paulo Fiúza, ao lado Vaidotas Zala, levou o Mini ao 11º lugar da geral, depois de ter conquistado a 5ª posição na derradeira etapa. Já em relação à dupla Miguel Barbosa e Pedro Velosa conquistaram a 35ª posição, depois de inúmeros problemas sofridos no Prólogo que colocaram a equipa lusa a partir atrás de uma longa caravana, com todos os problemas que isso origina em termos de progressão na classificação geral.

Ainda em quatro rodas, Luís Portela de Morais e David Megre estiveram em destaque nos SSV T4, conseguindo um fantástico 7º lugar final. Nesta categoria, onde triunfou Austin Jones, Rui Oliveira e Francisco Mota terminaram o Dakar no 16º lugar. Entre os SSV T3, Mário e Rui Franco conseguiram alcançar o 13º lugar na geral, numa categoria onde triunfou Chaleco López. Nos camiões, José Martins, fazendo parte de uma equipa francesa terminou a prova na 27ª posição, numa categoria onde a Kamaz tudo dominou e a vitória sorriu a Dmitry Sotnikov.

Mas foram as motos que demonstraram as capacidades dos motards portugueses, com uma vitória em etapas para Joaquim Rodrigues, lugares no pódio e diversas posições no top ten. Joaquim Rodrigues levou a Hero ao 14º lugar final, António Maio conseguiu o 21º lugar aos comandos da Yamaha, enquanto Rui Gonçalves foi 24º com a Sherco. Todos chegaram ao fim, com Mário Patrão a alcançar a 42ª posição, Alexandre Azinhais foi 69º, Arcélio Couto 80º e Pedro Bianchi Prata 105º, com missão especial de apoiar diversos concorrentes portugueses e Paulo Oliveira com licença desportiva de Moçambique, que também terminou no 116º lugar. Entre as duas rodas, o duelo pela vitória foi enorme, com Sam Sunderland a vencer e a dar à Gas Gas uma saborosa vitória. No 2º lugar terminou Pablo Quintanilla numa Honda e a 3ª posição foi ocupada pela KTM de Mattihas Walkner.

Terminou em Jedda a 44º edição do Dakar, a primeira de todas as provas de 2022, com as areias da Arábia Saudita a criarem inúmeros problemas aos concorrentes, para já não falar nas grandes dificuldades de navegação. Balanço positivo para os portugueses em prova, onde apenas Filipe Palmeiro não atingiu os seus objetivos. Nasser Al Attiyah e a Toyota foram os grandes vencedores, mas há sérias promessas competitivas com os novos T1+, tanto da Audi como da BRX Prodrive.

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