ACP-BP

Pub

E vão três para Sainz no Dakar

| Revista ACP

O espanhol tornou-se no mais velho piloto de sempre a vencer o Dakar, batendo Al-Attiyah e Peterhansel.

Dakar-Carros-Final

Chegou ao fim mais uma edição do Rally Dakar, a primeira na história disputada em terras asiáticas, na Arábia Saudita, com o regresso das longas extensões de areia e dunas a trazerem consigo navegação difícil e emoções até final.

Carlos Sainz, que já tinha ganho em 2018 e 2010, entrou forte, assinando o terceiro tempo e depois o segundo logo na segunda especial. Mas isso não bastou para o piloto da Mini. Um dos favoritos à partida, o antigo bi-Campeão do Mundo de Ralis subiu a fasquia e passou para a liderança na terceira especial.

A partir desse momento o espanhol tratou de dilatar a vantagem na frente e controlar os rivais. Até final não mais perdeu a primeira posição da prova, mas esteve perto, com Nasser Al-Attiyah sempre muito atento a chegar a reduzir o atraso para apenas 24 segundos na nona especial.

Um sinal de aviso ao qual Sainz prestou toda a atenção, pois no dia seguinte deu um passo de gigante rumo ao terceiro triunfo absoluto ao garantir mais de 18 minutos de vantagem para o qatari. Daí até final foi apenas uma questão de gerir a margem e garantir o cruzar da meta em Qiddiya.

Enquanto isso, Nasser teve de correr atrás do prejuízo ao longo de todo o Rally. Vencedor no ano passado, e em mais duas edições antes disso, o homem da Toyota começou por ser quarto e depois terceiro antes de subir a segundo na terceira especial. Nasser bem que deu tudo o que tinha para tentar o tetra, mas acabou por não encontrar os argumentos necessários para suplantar um Sainz que este ano se apresentou muito forte e concentrado.

A fechar o pódio ficou Stéphane Peterhansel. Pela primeira vez a ser navegado por um não falante de francês, o Sr. Dakar por várias vezes salientou essa dificuldade, mas o desenrolar da prova parece ter mostrado que os receios eram infundados. Paulo Fiúza, um dos mais experientes navegadores portugueses de Rally Raid, foi peça chave nas quatro vitórias em especiais da dupla da Mini. Contudo, os resultados menos positivos na segunda, terceira, oitava e décima especiais foram determinantes. No final, mesmo assim, a dupla terminou a 9:21s da frente e a 3:37s de Nasser.

Filipe Palmeiro, que acabou por navegar Benediktas Venagas, ficou-se pelo 15º posto, a mais de sete horas da frente.

scroll up